Mudanças de hábitos trazidas pela pandemia, como a busca por espaços mais aconchegantes em casa, impulsionaram o mercado de plantas ornamentais, que viveu um boom em 2021. Muitos novos hábitos foram mantidos e o setor continuou crescendo nos anos seguintes, a exemplo da maior demanda por projetos paisagísticos, em busca de maior bem-estar nos ambientes, o que têm ajudado a valorizar os imóveis. Hoje, consumidores endinheirados chegam a gastar milhões de reais nestes projetos.

Esta realidade foi apresentada em um estudo do Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor), que mostra que o faturamento do setor de flores e plantas ornamentais chegou a quase R$ 20 bilhões no Brasil em 2023, um crescimento de 8% sobre 2022. Isso depois de um verdadeiro boom em 2021, quando a movimentação cresceu 32% em relação ao ano anterior.

A grande procura nos viveiros atesta essa expansão. O empresário José Natalício Domingos Dantas, proprietário do Viveiro Goiás, ressalta que o paisagismo passou a ser um item de valorização dos imóveis, essencial para garantir uma boa venda futura. “Hoje, se você faz uma casa sem ele, tem muito mais dificuldade para vender. Se tornou um artigo de primeira necessidade nos projetos arquitetônicos. Uma cidade ou uma casa sem paisagismo fica com aspecto de falta de cuidado ou abandono. É como uma maquiagem para a mulher.”

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Para Domingos, houve uma mudança significativa no paisagismo desde a chegada da pandemia: a ostentação. Isso porque muita gente não quer mais só fazer um simples jardim, mas também colocar plantas raras e especiais, que são bem mais caras. “Hoje, as pessoas investem pesado. Um bom exemplo são artistas, como cantores e influenciadores digitais, que querem fazer o melhor projeto de jardim possível”, conta.&nbsp;

Por isso, há projetos paisagísticos que partem dos R$ 50 mil e chegam aos R$ 5 milhões. Isso porque há casos de pessoas que chegam a investir R$ 2 milhões na instalação de um lago e compram plantas ornamentais que custam mais de R$ 200 mil. “Somando todos os acessórios, o valor pode passar dos R$ 5 milhões”, destaca o empresário. Projetos paisagísticos feitos para os jardins das residências do cantor Gusttavo Lima e da influenciadora digital Virginia Fonseca teriam se aproximado destes valores.&nbsp;

Para Domingos Dantas, hoje a meta é ter um paisagismo de encher os olhos, que valorize muito o ambiente. Ele lembra que, depois da pandemia, a demanda por plantas ornamentais cresceu mais de 1000%. Depois, ela recuou um pouco, mas ainda mantém um bom nível.

“Goiás tem muitos condomínios fechados que investem muito em paisagismo”, lembra. Além disso, proprietários de chácaras e fazendas fazem projetos cada vez maiores e mais luxuosos. Com mais de mil variedades de plantas e 2,8 milhões de metros quadrados de grama plantadas em Goiás, o Viveiro Goiás chegou a vender 770 mil metros para uma única fazenda. “Este jardim deve ter custado mais de R$ 30 milhões”, estima o empresário.

Qualidade de vida

O mercado nacional absorve 97,5% da produção brasileira. O diretor do Ibraflor, Renato Opitz, lembra que a valorização de flores e plantas ornamentais é uma tendência que já existia, mas que foi acelerada na pandemia. “As pessoas passaram a se preocupar mais com qualidade de vida e os projetos paisagísticos ficaram importantes na concepção de condomínios e residências”, diz. Para ele, o paisagismo se tornou um argumento de venda, por isso os empreendedores começaram a investir mais em ambientes verdes.

Projetos paisagísticos passaram a ocupar desde minúsculas varandas de pequenos apartamentos até mansões luxuosas em condomínios fechados ou fazendas, por isso as plantas ganharam maior importância. Não apenas as folhagens verdes, mas também plantas aromáticas e medicinais, que passaram a ser mais desejadas por pessoas cozinhando em casa. “Isso incorporou novos hábitos. Muita gente quer ter uma hortelã para um chá ou uma cebolinha colhidos na varanda de casa”, diz. Alguns projetos contemplam árvores frutíferas que atraem pássaros e outros animais.

Se, há alguns anos, projetos de reforma ou construção só incluíam o paisagismo quando sobravam recursos, hoje ele se tornou uma das prioridades no orçamento da obra. Com isso, os empreendedores passaram a contratar profissionais cada vez mais qualificados e a optar por ornamentos mais completos e luxuosos. É o caso da renomada paisagista Fabiana Bellini.

Há 20 anos neste mercado, ela atende clientes de classes mais altas, que buscam projetos diferenciados, e acredita que as pessoas passaram a ter outro olhar para suas áreas externas e jardins, quando ficaram mais em casa. “Estes clientes passaram a procurar pessoas mais experientes no mercado para conceber seus projetos com um cuidado maior”, conta.

No Brasil, os projetos paisagísticos têm mercado há muito tempo, um movimento mais recente em Goiás. Para a paisagista, atualmente, fazer um projeto deste é fundamental para que a obra finalize com êxito. “Os projetos de arquitetura se voltaram muito para as áreas externas, com integração entre salas, cozinhas e áreas gourmet, que foram abraçadas pelo jardim da casa”, explica. Hoje, os projetos são amplos, com a casa toda integrada. “Você entra pela porta principal e já consegue enxergar a piscina no fundo do imóvel”, completa.

Até os corredores externos já são valorizados pelo paisagismo e o jardim foi integrado ao restante da casa, o que valorizou o trabalho destes profissionais. “Irrigação e iluminação, por exemplo, precisam de bons projetos de paisagismo para serem eficientes”, alerta Fabiana Bellini, que foi responsável pelo jardim da fazenda do cantor Gusttavo Lima e, hoje, executa o projeto paisagístico na mansão de Virginia Fonseca.

“Eles estão bem encantados com o paisagismo, cujos detalhes estão sendo muito exibidos nas redes sociais”, conta a paisagista. Ela lembra que há casos de clientes que pedem oliveiras para jardins ornamentais que chegam a custar R$ 300 mil. “Esta árvore tem todo um simbolismo religioso para muita gente, pela enchente da Arca de Noé, e representa esperança, prosperidade e persistência. “Estudos mostram que um bom projeto pode valorizar o imóvel em até 30% porque mostra um cuidado”, completa.

Paisagismo amplia influência na valorização de imóveis

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Matéria - Economia

Arquitetura

Os pagamentos do <a href="https://opopular.com.br/economia/saque-aniversario-do-fgts-13-salario-e-abono-do-pis-veja-as-verbas-extras-liberadas-ate-o-final-deste-ano-1.3200602" target="_blank">13º salário</a> e de outros benefícios de fim de ano, como participação nos resultados das empresas (PPR), estão ajudando a impulsionar o mercado imobiliário neste mês de dezembro. De olho neste recurso extra, as empresas do setor realizam várias ações promocionais oferecendo condições especiais para quem usar o abono natalino para dar entrada na compra de um imóvel e realizar o sonho da casa própria.

<a href="http://opopular.com.br/canal" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none; outline: 0px; outline-offset: -2px; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

Ronaldo Dantas, sócio-proprietário da My Broker Imobiliária, diz que as vendas de final de ano são sempre muito positivas por conta do dinheiro injetado na economia. Mas ele lembra que não se trata apenas do 13º salário, mas também de outros benefícios pagos, como plano de participação nos resultados (PPR) e a distribuição de lucros feita por algumas empresas.

Além disso, é um momento em que os clientes estão mais disponíveis para escolher um imóvel, pois muita gente está de férias ou em ritmo desacelerado.

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“Neste período, as incorporadoras costumam oferecer condições diferenciadas e ficam mais abertas a propostas porque precisam bater metas anuais”, ressalta o empresário. A própria My Broker realiza, neste fim de semana, uma rodada de negócios para venda de imóveis em condições especiais no estande do Buriti Shopping. Um dos objetivos é aproveitar este período de benefícios. “Lá, é possível encontrar apartamentos com entrada reduzida e desconto real de até R$ 120 mil”, garante.

Por isso, Dantas acredita que este seja um bom momento para realizar o sonho da casa própria, aproveitando este recurso extra e as condições especiais das incorporadoras. O recente lançamento do residencial Biografia, por exemplo, teve 100% das unidades vendidas em apenas quatro horas. O empreendimento, desenvolvido pela Legado Desenvolvimento Imobiliário, Joule Participações e Engeseg, traz um diferencial inédito no Brasil: uma quadra de beach tênis no rooftop. O decorado foi instalado no Buriti Shopping, outra inovação.

A chegada do 13º também ajudou a impulsionar as vendas do bairro planejado Jardim dos Pássaros, em Aparecida de Goiânia, neste mês. “Nossa meta era vender 100 lotes em 90 dias, mas apenas no final de semana do lançamento já alcançamos o objetivo”, conta Rodrigo Lima, CEO e sócio da Urbaniza.BR. O pacote da empresa tem parcela de R$ 272. “A ideia é facilitar o acesso do pai de família, da mulher que toma conta de casa, ou de qualquer pessoa para conseguir dar início à tão sonhada casa própria”, justifica.

Para o CEO, atrelar as vendas ao recebimento do 13º salário contribuiu para o sucesso, pois esta é uma renda adicional que faz muita diferença na vida das pessoas. “Ter esta reserva para entrada é sempre uma dificuldade para muita gente comprar seu imóvel. Alguns conseguem pagar a parcela, mas não a entrada. Por isso, atrelamos o pagamento da entrada ao recebimento do 13º”, destaca.

Além do pagamento de benefícios, o mercado imobiliário também é impulsionado pela maior movimentação econômica no período. Segundo Rodrigo Lima, o pequeno comerciante também tem mais facilidade para comprar porque vende mais em dezembro por conta desta injeção de recursos. “Vendemos todos os lotes comerciais. Só restam alguns residenciais”, diz.

A empresa também divide o pagamento da entrada e muitos clientes pagaram uma parcela com a primeira parte do 13º e outra será paga hoje, com a segunda parte do benefício. Com estas facilidades, o empresário informa que as vendas neste mês já estão entre 20% a 30% maiores que nos meses anteriores.

<h2>Abono dobrado</h2>

Neste mês de dezembro, a MRV está fazendo a campanha ‘Mania de MRV’, que oferece condições de pagamento especiais, com parcelamento da entrada de 20% em até 60 vezes. Os 80% restantes entram no financiamento. O gerente de vendas da MRV, Paulo Passos, informa que o cliente ainda pagará um sinal de apenas R$ 220. Segundo ele, a promoção também inclui um desconto chamado ‘13º em dobro’, onde o cliente tem o valor de seu benefício dobrado em forma de um abatimento de até R$ 3 mil na entrada. “Também baixamos os valores de tabela, com várias unidades promocionais”, destaca.

Passos lembra que os clientes ainda compram pelo programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), com taxas de juros a partir de 4,25% ao ano e até R$ 55 mil de subsídio. Além disso, é possível usar o FGTS para abater no valor da entrada. “Muita gente quer começar o ano realizando o sonho da casa própria e é uma oportunidade para aproveitar os preços, que podem subir de um ano para outro”, adverte o empresário.

A doméstica Luciana Campos usou o 13º e o FGTS para dar entrada em seu primeiro apartamento de dois quartos. “Era um sonho muito pedido a Deus e ele me honrou”, comemora ela, que é divorciada, mãe de duas meninas e mora de aluguel. Ela conta que irá pagar prestações de cerca de R$ 700, que se encaixaram bem no orçamento.

“A empresa facilitou muito. Ganhei um desconto de R$ 5 mil por eu estar usando R$ 10 mil de FGTS”, destaca. O imóvel, em Aparecida de Goiânia, será entregue em 2026, pois as obras já estão em andamento. “Aproveitei uma boa oportunidade que apareceu, pois eu estava pesquisando o mercado há algum tempo”, conta.

A EBM Desenvolvimento Imobiliário realizou, na primeira semana de dezembro, a Semana Zera Dívidas, uma ação do departamento ‘contas a pagar’ da empresa. A intenção era, justamente, aproveitar o fim de ano e o recebimentos do 13º salário para ofertar melhores condições para que os clientes com pendências pudessem quitar suas dívidas, recebendo as chaves de seus apartamentos ainda em 2024.

Segundo a coordenadora de Recebíveis da EBM, Luana Ferreira, responsável por conduzir a campanha, a iniciativa foi criada para proporcionar uma solução financeira prática aos clientes e permitir que eles comecem 2025 no imóvel próprio. “Foram 26 casos solucionados que resultaram na quitação de mais de R$ 1,1 milhão em dívidas. Essa ação reforça nosso compromisso em manter uma relação de confiança com nossos clientes, contribuindo para que iniciem o próximo ano com suas metas e sonhos realizados. Além disso, ajuda a fortalecer a saúde financeira da empresa”, explica a coordenadora.

Para Marcus Militão, diretor da URBS Meu Apê, agência da URBS especializada no segmento de imóveis econômicos e do programa MCMV, o pagamento do 13º salário, de fato, alavanca o mercado imobiliário, especialmente no segmento dos imóveis econômicos e para aquele público consumidor do primeiro imóvel.

Isso ocorre porque, além deste recurso extra do 13º no fim do fim de ano para o trabalhador, também existe um movimento por parte das construtoras e incorporadoras de cumprirem suas metas de vendas. “Com isso, elas passam a aceitar negociações mais flexíveis para o financiamento, com valores de entradas bem menores e possibilidade de parcelamento”, ressalta Militão.

Ele lembra que algumas construtoras estão aceitando o mínimo de R$ 200 de sinal e o parcelamento da entrada de 40 a até 84 vezes. O diretor da URBS avalia que o movimento de negociações para imóveis do MCMV aumenta em até 30% em dezembro, na comparação com os demais meses, justamente por conta desta injeção extra de recursos do 13º.

13º auxilia no sonho da casa própria

Mercado imobiliário

Dentre as lições trazidas pela pandemia, está o impulso quase instintivo que as pessoas tiveram em buscar a proximidade com a natureza, esse resgate a valorizar a vida e toda beleza que ela tem a nos oferecer. Ao contrário do que era antes disso, quando buscavam fazer tudo a um passo de casa, como supermercado, escolas, restaurantes, lazer e serviço de uma forma geral nas proximidades de casa, normalmente um apartamento bem localizado em um bairro nobre da cidade.

Hoje, e não por acaso, o contato com áreas verdes se tornou um novo lifestyle e um ativo valiosíssimo no mercado imobiliário. Os condomínios de chácaras que antes eram considerados uma opção de segunda moradia, se tornaram o desejo de muitas famílias para a primeira morada.

Até porque a tecnologia constantemente em evolução acabou consolidando as atividades profissionais remotas ou híbridas. Novos empregos e serviços realizados a distância, como arquitetos, psicólogos, mentores, profissionais de TI, entre outros, já possuem bastante representatividade.

Alguns anos atrás, morar bem significava apenas estar dentro da cidade, próximo de bons equipamentos, poder fazer tudo a pé, desfrutar de gastronomia e cultura no seu entorno. Atualmente eu incluiria nesse rol de lifestyle a natureza em abundância, o que vem sendo entregue pelas propostas imobiliárias em regiões mais afastadas e até mesmo em outros municípios.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de domicílios vagos particulares no país para uso ocasional, aumentou em 70% entre 2010 e 2022, para 6.672.912 de residências. Goiás apresenta números acima da média nesse aspecto. Enquanto no Brasil a porcentagem de imóveis não-ocupados de uso ocasional era de 7,38% do total de imóveis, no Estado ela sobe para 7,67%. Em números são 245.616 domicílios nessa categoria.

Neste contexto, os condomínios de chácaras próximos às cidades e com centralidades de serviços ao seu redor, outrora classificados como segunda moradia ou condomínio de lazer, agora estão se tornando a primeira e principal opção de seus proprietários. E os empreendimentos também perceberam esse novo momento e buscam oferecer melhores condições.

Os novos projetos de condomínios de chácaras vão muito além de ter uma boa portaria, ampla área comum, lazer farto, natureza e segurança. Passaram a incluir também tecnologia como item essencial, internet de alta qualidade e um ecossistema de serviços e conveniência no entorno e, assim, atender os moradores em sua rotina. O mercado imobiliário evolui em seus projetos, ressignificando o lifestyle e trazendo para o público aquilo que de fato importa às famílias.

Dessa forma, as pessoas estão ressignificando a própria vida, a busca pela natureza, o resgate daquilo que é de valor para elas. Assim, a segunda moradia é a primeira, a primeira é a segunda, estamos vivenciando esse novo processo de viver das pessoas.

Ricardo Teixeira, empresário e especialista em mercado imobiliário

Primeira ou segunda moradia?

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Ricardo Teixeira

O relatório do índice&nbsp;FipeZap, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), que monitora os preços de venda de imóveis apontou que um único bairro em Goiânia figura entre as 50 localidades&nbsp;com o metro quadrado (m²)&nbsp;mais caro do país. O estudo é feito a partir da análise do comportamento dos preços de venda de imóveis residenciais em 56 cidades brasileiras.&nbsp;

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O bairro goianiense com um dos m² mais caro do Brasil é o Marista, onde o valor médio do metro quadrado gira em torno de R$&nbsp;10.616. Ou seja, um apartamento de 100m² teria um custo aproximado de R$ 1,61 milhões.&nbsp;&nbsp;

Ainda falando dos bairros com o metro quadrado mais valorizado em Goiânia, segundo o índice FipeZap, aparecem o Bueno com R$ 9.291/m², Jardim Goiás com R$ 9.192/m², Oeste com R$ 8.595/m², Sul com R$ 8.508/m², Jardim América com R$ 7.780/m² e Nova Suíça com R$ 7.429/m².

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/goiania-tem-mais-que-o-dobro-de-casas-que-predios-e-condominios-fechados-1.3189906" target="_blank">Goiânia tem mais que o dobro de casas que prédios e condomínios fechados</a> 
<a href="https://opopular.com.br/economia/setor-bueno-lidera-procura-por-imoveis-para-vender-e-alugar-em-goiania-veja-lista-dos-bairros-1.3187327" target="_blank">Setor Bueno lidera procura por imóveis para vender e alugar em Goiânia; veja lista dos bairros</a> 
<a href="https://opopular.com.br/economia/mais-aquisic-es-de-imoveis-no-exterior-tornam-a-area-um-novo-nicho-1.3197359" target="_blank">Mais aquisições de imóveis no exterior tornam a área um novo nicho</a>&nbsp;</div>

De acordo com o relatório, o preço médio do metro quadrado de um imóvel localizado em Goiânia é de R$ 7.907. Para se ter uma ideia, a valorização dos imóveis no acumulado de 12 meses, em Goiânia registrou um aumento de 14,53%.&nbsp;

<h2>Ranking dos imóveis nas capitais brasileiras com o metro quadrado mais caro&nbsp;</h2>

<ol>
	<li>Leblon (RJ): R$ 23.846&nbsp;</li>
	<li>Ipanema (RJ): R$ 22.169&nbsp;</li>
	<li>Itaim Bibi (SP): R$ 18.081&nbsp;</li>
	<li>Pinheiros (SP): R$ 17.678&nbsp;</li>
	<li>Lagoa (RJ): R$ 16.776&nbsp;</li>
	<li>Jardins (SP): R$ 15.936&nbsp;</li>
	<li>Savassi (MG): R$ 15.588&nbsp;</li>
	<li>Batel (PR): R$ 15.506&nbsp;</li>
	<li>Santo Agostinho (MG): R$ 15.273&nbsp;</li>
	<li>Moema (SP): R$ 15.289&nbsp;</li>
	<li>Agronômica (SC): R$ 14.207&nbsp;</li>
	<li>Vila Mariana (SP): R$ 14.014&nbsp;</li>
	<li>Lourdes (MG): R$ 13.846&nbsp;</li>
	<li>Funcionários (MG): R$ 13.411&nbsp;</li>
	<li>Enseada do Suá (ES): R$ 13.311&nbsp;</li>
	<li>Praia do Canto (ES): R$ 13.288&nbsp;</li>
	<li>Praia do Vermelho (ES): R$ 13.262&nbsp;</li>
	<li>Mata da Praia (ES): R$ 13.209&nbsp;</li>
	<li>Barra da Tijuca (RJ): R$ 13.162&nbsp;</li>
	<li>Bigorrilho (PR): R$ 13.018&nbsp;</li>
	<li>Paraíso (SP): R$ 12.955&nbsp;</li>
	<li>Botafogo (RJ): R$ 12.525&nbsp;</li>
	<li>Córrego Grande (SC): R$ 12.519&nbsp;</li>
	<li>Perdizes (SP): R$ 12.371&nbsp;</li>
	<li>Setor Sudoeste (DF): R$ 11.936&nbsp;</li>
	<li>Bela Vista (SP): R$ 11.873&nbsp;</li>
	<li>Copacabana (RJ): R$ 11.738&nbsp;</li>
	<li>Flamengo (RJ): R$ 11.738&nbsp;</li>
	<li>Juvevê (PR): R$ 11.710&nbsp;</li>
	<li>Trindade (SC): R$ 11.625&nbsp;</li>
	<li>Ponta d’Areia (MA): R$ 11.620&nbsp;</li>
	<li>Pajuçara (AL): R$ 11.587&nbsp;</li>
	<li>Ahu (PR): R$ 11.334&nbsp;</li>
	<li>Cabral (PR): R$ 11.324&nbsp;</li>
	<li>Água Verde (PR): R$ 11.283&nbsp;</li>
	<li>Jardim Camburi (ES): R$ 10.820&nbsp;</li>
	<li>Asa Norte (DF): R$ 10.808&nbsp;</li>
	<li>Meireles (CE): R$ 10.791&nbsp;</li>
	<li>Jardim dos Estados (MS): R$ 10.764&nbsp;</li>
	<li>Saco dos Limões (SC): R$ 10.674&nbsp;</li>
	<li>Marista (GO): R$ 10.616&nbsp;</li>
	<li>Sion (MG): R$ 10.507&nbsp;</li>
	<li>São Marcos (MA): R$ 10.504&nbsp;</li>
	<li>Cabo Branco (PB): R$ 10.447&nbsp;</li>
	<li>Ponta do Farol (MA): R$ 10.359&nbsp;</li>
	<li>Santa Fé (MS): R$ 10.315&nbsp;</li>
	<li>Laranjeiras (RJ): R$ 10.255&nbsp;</li>
	<li>Barra (BA): R$ 10.202&nbsp;</li>
	<li>Gutierrez (MG): R$ 10.098&nbsp;</li>
	<li>Ponta Verde (AL): R$ 10.056&nbsp;</li>
</ol>

Pesquisa aponta bairro de Goiânia com metro quadrado entre os 50 mais caros do Brasil

MERCADO IMOBILIÁRIO

Os goianos também estão comprando e vendendo mais imóveis no exterior. A My Broker Soluções Imobiliárias abriu uma loja na cidade de Porto, em Portugal, há quase três anos, e outra em Orlando, nos Estados Unidos, no último mês de julho. “Temos clientes brasileiros que moram nos Estados Unidos ou Europa, além do que vivem no Brasil, e investem em imóveis lá fora”, diz Raphael Rios, diretor de Expansão da My Broker.

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O objetivo é atender os brasileiros no exterior que querem diversificar seus investimentos em multiplataformas, comprando imóveis em outros países. Segundo ele, o imóvel é uma forma de dolarizar o patrimônio para ter rentabilidade em uma moeda mais forte, como dólar ou euro.

A maioria compra para investimento em locação e pela alta valorização dos imóveis nos Estados Unidos, por exemplo, que atrai o comprador que procura uma boa rentabilidade, além de blindar o patrimônio em momentos de instabilidade econômica e política no Brasil. Mesmo com apenas 90 dias, a operação americana já realizou mais de 100 atendimentos, com uma média 10 clientes por dia.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/o-mundo-depois-dele-1.3197363" target="_blank">O mundo depois dele</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/definic-o-de-reforma-no-paco-fica-para-o-final-de-novembro-1.3197354" target="_blank">Definição de reforma no Paço fica para o final de novembro</a> 
<a href="https://opopular.com.br/economia/goianos-que-moram-no-exterior-investem-em-imoveis-em-goias-1.3197366" target="_blank">Goianos que moram no exterior investem em imóveis em Goiás</a></div>

Segundo Rios, são brasileiros que querem aprender a investir fora do Brasil. “Nossa previsão é vender R$ 500 milhões nos próximos seis meses”, estima o diretor. Cada imóvel residencial vendido lá custa, em média, US$ 700 mil, a grande maioria residenciais. Muitos compradores viajam até os Estados Unidos para conhecerem os imóveis. Entre os compradores, com idades na faixa dos 40 e 50 anos, estão muitos empresários e profissionais liberais, como médicos e advogados.

Sócia da My Broker EUA, a goiana Anielly Maia mora há 30 anos no país e há 28 anos trabalha no mercado imobiliário, com foco na venda para clientes no exterior, especialmente da América Latina. Com a parceria com a MY Broker, ela passou a atuar mais intensamente no Brasil e vendeu uma média de 30 imóveis para brasileiros por mês desde então. Anielly informa que tem muitos clientes em Minas Gerais, São Paulo e nos estados do Centro-Oeste.

Sobre o investimento dos brasileiros nos EUA, ela lembra que o interesse dos brasileiros por imóveis na Flórida sempre existiu, tanto que o brasileiro é o cliente número um das construtoras por lá. Mas o que se vê agora é um crescimento e ela acredita que a eleição de Donald Trump vai alavancar as vendas. “Tenho quatro clientes brasileiros que só aguardavam este resultado para investir, entre eles goianos”, destaca. Ela considera Goiânia e Goiás mercados fortes pelo agronegócio e o polo farmoquímico.

Junto com alguns amigos, o corretor goiano Clóvis Reis investiu US$ 600 mil na compra de uma casa de 5 quartos em Orlando. A compra do imóvel exigiu uma entrada de 30% e os 70% restantes puderam ser financiados em 30 anos.

Ele conta resolveu investir lá porque números jogam a favor do investidor. “É uma cidade que recebe 70 milhões de turistas por ano, 5 vezes mais que o Rio de Janeiro, e muitas pessoas estão mudando pra lá. Já existe déficit habitacional e uma grande demanda por parte de turistas”, justifica Reis.

Ele prevê uma boa rentabilidade com locações em plataformas, o que já pagará a parcela do imóvel. “Outra vantagem é dolarizar o patrimônio, que é a moeda mais forte do mundo, diversificando investimentos, além de poder usufruir com a família, deixando de pagar hotel. Nesta crescente populacional lá, a perspectiva é que o imóvel se valorize cada vez”, estima o corretor e investidor.