O agronegócio vive dois cenários em relação ao dólar. Para o diretor executivo da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Goiás (Aprosoja), Bruno Marques, é preciso entender como esse valor que, historicamente, não havia sido alcançado, vai se comportar e se vai durar. Por um lado, os negócios com a soja, uma commodity, podem se tornar mais atrativos num cenário a curto prazo. “Os produtores que exportam diretamente ou vendem para as empresas exportadoras conseguem num espaço de tempo uma boa negociação, principalmente quem se preparou para momentos de intempéries como esse”, diz. Mas, de forma geral, ele alerta que é preciso se preocupar porque o dólar alto reflete em toda a base econômica do país e os principais insumos do setor são importados, o que vai elevar os custos de produção, principalmente no momento de adquirir insumos e fertilizantes. Por isso, ele acredita que nunca é interessante ter o dólar alto, porque, nos momentos da safra de uma forma geral, isso pode impactar muito mais negativamente.