Os preços dos combustíveis começaram a subir nos postos da capital bem antes da definição do governo federal sobre a manutenção ou não da desoneração de PIS, Cofins e Cide. De acordo com a pesquisa semanal de preços feita pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), o preço médio do litro da gasolina passou de R$ 4,71 na primeira semana de fevereiro, para R$ 5,27 na semana seguinte, uma alta de R$ 0,56. Já o valor médio praticado para o etanol saltou de R$ 3,42 para R$ 3,97, aumento de R$ 0,55.

Neste mês, o Procon Goiás já chegou a notificar sete postos de combustíveis por suspeita de aumento abusivo de preços. Os estabelecimentos terão de apresentar notas fiscais que justifiquem o aumento recente. Vale lembrar que o impacto previsto com a desoneração dos impostos federais seria de R$ 0,69 sobre a gasolina e R$ 0,24 sobre o etanol.

Para o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado (Sindiposto-GO), Márcio Andrade, parte do reajuste se deve à própria expectativa do aumento nos valores praticados após o fim da desoneração, o que levou as distribuidoras a majorarem seus preços. Isso porque houve um aumento da demanda por combustíveis nas últimas semanas. “Temendo o reajuste, o consumidor passou a abastecer mais e os postos também passaram a pedir mais produto para reforçar seus estoques. Com aumento dos pedidos, as companhias começam a ficar com menos produto”, informa.

Essa maior demanda, segundo Márcio, já levou algumas distribuidoras a racionarem suas entregas de combustível, ou seja, os postos estão recebendo menos produto que os pedidos feitos. Outro motivo para o reajuste seria o próprio período de entressafra do etanol, que ficou mais caro nas usinas, elevando os preços do produto hidratado e do anidro, usado na mistura com a gasolina. “Em algumas distribuidoras, o litro da gasolina já subiu R$ 0,40 na última semana. Esta indefinição do governo sobre desoneração também acabou gerando muita especulação”, destaca o presidente do Sindiposto-GO.

Reoneração

Para o advogado tributarista Sidnei Pimentel, o governo estava tentando o que se chama de ‘fazer uma omelete sem quebrar os ovos’, ou seja, recuperar a perda de arrecadação sem perder a popularidade. Ele acredita que a decisão sobre a volta da tributação, mas com maior peso sobre a gasolina que o etanol, foi uma forma encontrada para deixar o etanol mais competitivo, aumentando a distância de preços entre os dois combustíveis. “É realmente uma forma de estimular mais o consumo do combustível renovável em detrimento do fóssil”, ressalta.

Com isso, segundo Sidnei, o governo também assume um discurso mais ambientalista para tentar reduzir o impacto negativo do fim de desoneração sobre a opinião pública. A ideia é mostrar que não vale a pena incentivar um combustível mais poluente, indo na contramão do mundo todo, além de dar um benefício para um setor menos ‘carente’ na sociedade.

“O problema é que combustível é um assunto que repercute diretamente na popularidade do governo, apesar dele não ter caixa para manter o incentivo”, afirma o advogado tributarista.

Por isso, a solução foi dar uma resposta com um foco mais ambiental, diante da preocupação com os impactos do reajuste dos combustíveis sobre os preços das cadeias produtivas em geral. “Embora o combustível que mais produz impactos sobre a inflação seja o diesel, que está fora deste pacote de impostos”, destacou Sidnei Pimentel.

Os preços dos combustíveis começaram a subir nos postos da capital bem antes da definição do governo federal sobre a manutenção ou não da desoneração de PIS, Cofins e Cide. De acordo com a pesquisa semanal de preços feita pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), o preço médio do litro da gasolina passou de R$ 4,71 na primeira semana de fevereiro, para R$ 5,27 na semana seguinte, uma alta de R$ 0,56. Já o valor médio praticado para o etanol saltou de R$ 3,42 para R$ 3,97, aumento de R$ 0,55.

Neste mês, o Procon Goiás já chegou a notificar sete postos de combustíveis por suspeita de aumento abusivo de preços. Os estabelecimentos terão de apresentar notas fiscais que justifiquem o aumento recente. Vale lembrar que o impacto previsto com a desoneração dos impostos federais seria de R$ 0,69 sobre a gasolina e R$ 0,24 sobre o etanol.

Para o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado (Sindiposto-GO), Márcio Andrade, parte do reajuste se deve à própria expectativa do aumento nos valores praticados após o fim da desoneração, o que levou as distribuidoras a majorarem seus preços. Isso porque houve um aumento da demanda por combustíveis nas últimas semanas. “Temendo o reajuste, o consumidor passou a abastecer mais e os postos também passaram a pedir mais produto para reforçar seus estoques. Com aumento dos pedidos, as companhias começam a ficar com menos produto”, informa.

Essa maior demanda, segundo Márcio, já levou algumas distribuidoras a racionarem suas entregas de combustível, ou seja, os postos estão recebendo menos produto que os pedidos feitos. Outro motivo para o reajuste seria o próprio período de entressafra do etanol, que ficou mais caro nas usinas, elevando os preços do produto hidratado e do anidro, usado na mistura com a gasolina. “Em algumas distribuidoras, o litro da gasolina já subiu R$ 0,40 na última semana. Esta indefinição do governo sobre desoneração também acabou gerando muita especulação”, destaca o presidente do Sindiposto-GO.

Reoneração

Para o advogado tributarista Sidnei Pimentel, o governo estava tentando o que se chama de ‘fazer uma omelete sem quebrar os ovos’, ou seja, recuperar a perda de arrecadação sem perder a popularidade. Ele acredita que a decisão sobre a volta da tributação, mas com maior peso sobre a gasolina que o etanol, foi uma forma encontrada para deixar o etanol mais competitivo, aumentando a distância de preços entre os dois combustíveis. “É realmente uma forma de estimular mais o consumo do combustível renovável em detrimento do fóssil”, ressalta.

Com isso, segundo Sidnei, o governo também assume um discurso mais ambientalista para tentar reduzir o impacto negativo do fim de desoneração sobre a opinião pública. A ideia é mostrar que não vale a pena incentivar um combustível mais poluente, indo na contramão do mundo todo, além de dar um benefício para um setor menos ‘carente’ na sociedade.

“O problema é que combustível é um assunto que repercute diretamente na popularidade do governo, apesar dele não ter caixa para manter o incentivo”, afirma o advogado tributarista.

Por isso, a solução foi dar uma resposta com um foco mais ambiental, diante da preocupação com os impactos do reajuste dos combustíveis sobre os preços das cadeias produtivas em geral. “Embora o combustível que mais produz impactos sobre a inflação seja o diesel, que está fora deste pacote de impostos”, destacou Sidnei Pimentel.

Preços de gasolina e etanol em Goiânia já começaram a subir

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COMBUSTÍVEIS

Caminhão-tanque carregado de etanol explode

Caminhão-tanque carregado de etanol explode, atinge casas e deixa quatro pessoas feridas

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Um caminhão-tanque carregado de etanol explodiu, atingiu casas e deixou quatro pessoas feridas, em Rio Verde, no sudoeste de Goiás, relatou o Corpo de Bombeiros Militar de Goiás (CBM-GO). O acidente aconteceu no Jardim Goiás, na segunda-feira (24), e, segundo o motorista, o veículo ficou sem freio ao descer uma ladeira, tombou sobre calçada e muro de casa&nbsp;(veja vídeo acima).&nbsp;

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De acordo com os bombeiros, ao capotar, o caminhão pegou fogo e atingiu uma residência. Foram socorridos o motorista, com escoriações leves; um morador da casa, com suspeita de fratura no abdômen; uma criança de 8 anos, com ferimentos leves; e uma mulher desmaiou após o acidente.&nbsp;

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O Corpo de Bombeiros informou que eles foram encaminhados para o hospital. Mas, como os nomes dos feridos não foram divulgados, o POPULAR não conseguiu informações sobre os estados de saúde deles até a última atualização desta reportagem.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/cine-teatro-de-niquelandia-e-destruido-por-incendio-video-1.3234361">Cine Teatro de Niquelândia é destruído por incêndio; vídeo</a> 
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<a href="https://opopular.com.br/cidades/homem-e-preso-suspeito-de-matar-colega-carbonizado-ao-colocar-fogo-em-casa-com-ele-dentro-em-aguas-lindas-de-goias-1.3223899">Homem é preso suspeito de matar colega carbonizado ao colocar fogo em casa com ele dentro, em Águas Lindas de Goiás</a> 
&nbsp;</div>

O CBM acrescentou que o veículo tinha 23 mil litros de álcool, que escorreu para o leito do córrego Barrinha. A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Rio Verde e questionou se há monitoramento do impacto ambiental para o local. Além disso, se a gestão irá autuar a empresa transportadora do líquido de alta periculosidade e se prestará algum atendimento para família vítima do acidente, mas não houve retorno.

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Casa fica destruída após acidente (Divulgação/Equatorial)

Os bombeiros ressaltaram que uma equipe permaneceu no local do incêndio até a chegada de representantes da empresa proprietária do caminhão-tanque. Conforme a corporação, a rua foi interditada e a eletricidade desligada pela concessionária Equatorial.&nbsp; 
 
A Equatorial Goiás informou, por nota, que equipes da distribuidora foram acionadas e estiveram no setor para avaliar a situação, garantir a segurança e recuperação da rede elétrica. A empresa destacou que a normalização do serviço esta programado para ocorrer na manhã desta terça-feira (25).

<cite>O incêndio causou danos em três ramais de ligação, afetando três unidades consumidoras. Por segurança, foi necessário realizar o desligamento imediato desses ramais, uma vez que a fiação foi danificada. No entanto, devido ao risco gerado pelas chamas e à necessidade de controle da situação pelos bombeiros, não foi possível restabelecer o fornecimento de energia no mesmo momento", cita comunicado.&nbsp;</cite>

A reportagem entrou em contato com a Polícia Civil de Goiás (PC-GO) para saber sobre a investigação desse acidente, mas não houve retorno.

<img attr-cid="policy:1.3234757" attr-version="policy:1.3234757:1740482173" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3234757/caminhão_pega_fogo_em_rio_verde.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Caminhão atingiu rede elétrica, informou Equatorial (Divulgação/Equatorial)

Íntegra da nota da Equatorial&nbsp;

A Equatorial Goiás informa que, devido ao incêndio ocorrido na tarde desta segunda-feira (24) no setor Jardim Goiás, em Rio Verde, equipes da distribuidora foram acionadas e estiveram no local para avaliar a situação e garantir a segurança da rede elétrica.&nbsp;O trabalho de recuperação da rede e normalização do serviço esta programado para a manhã dessa terça-feira (25).

O incêndio causou danos em três ramais de ligação, afetando três unidades consumidoras. Por segurança, foi necessário realizar o desligamento imediato desses ramais, uma vez que a fiação foi danificada. No entanto, devido ao risco gerado pelas chamas e à necessidade de controle da situação pelos bombeiros, não foi possível restabelecer o fornecimento de energia no mesmo momento.&nbsp;

A Equatorial enfatiza em caso de acidentes os clientes podem entrar em contato pelos canais de atendimento oficiais que funcionam 24 horas por dia:

<ul>
	<li>Aplicativo Equatorial Energia, disponível para download no Android e iOS; (novo aplicativo)</li>
	<li>Call Center 0800 062 0196;</li>
	<li>Agência virtual no <a href="https://www.equatorialenergia.com.br/">site da Equatorial</a> 
	&nbsp;</li>
</ul>

Caminhão-tanque carregado de etanol explode, atinge casas e deixa quatro pessoas feridas; vídeo

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Rio Verde

O ICMS sobre os combustíveis sobe no início de fevereiro em meio a um cenário de preços pressionados pela alta do dólar e pela recuperação das cotações internacionais do petróleo, o que pode dificultar ainda mais a queda das taxas de juros.

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Gasolina e diesel iniciaram o ano com elevadas defasagens, e, embora a Petrobras diga que ainda esperará para definir reajustes, as bombas já refletem alta nos custos de importações e no preço de venda da maior refinaria privada brasileira.

A alíquota do ICMS sobre a gasolina e o etanol vai subir R$ 0,10 por litro, de R$ 1,37 para R$ 1,47. A alíquota sobre o diesel e o biodiesel vai aumentar R$ 0,06, de R$ 1,06 para R$ 1,12 por litro. A gasolina é o componente com maior peso no IPCA e qualquer aumento tem potencial para pressionar a inflação.

Os produtos já vêm em alta nas bombas, refletindo a escalada do dólar nas últimas semanas. Segundo levantamento da Endered Ticket Log, o diesel S-10 encerrou dezembro com o maior preço de 2024: R$ 6,27 por litro, em média, alta de 2,79% no ano.

Gasolina e etanol subiram em dezembro, para R$ 6,29 e R$ 6,47 por litro, respectivamente. "As altas registradas no dólar têm afetado o mercado de combustíveis, assim como a maior demanda por transporte, tradicional nesta época do ano", avalia Douglas Pina, diretor-geral de Mobilidade da Edenred Brasil.

Os aumentos nas bombas ocorreram em um ano de poucos reajustes da Petrobras. A estatal elevou o preço da gasolina em suas refinarias apenas uma vez. No diesel, não fez nenhum reajuste.

Já a Refinaria de Mataripe, controlada pela Acelen, tem repassado as oscilações do mercado internacional com mais frequência. No dia 26 de dezembro, por exemplo, elevou seus preços de venda da gasolina e do diesel, já respondendo à escalada do dólar.

A pressão cambial arrefeceu nos últimos dias, mas a cotação do petróleo voltou a subir: entre o dia 20 de dezembro e esta sexta-feira (3), saiu da casa dos US$ 72 para cerca de US$ 76 por barril.

Preocupações com sanções ao Irã pelo governo eleito nos Estados Unidos tendem a manter certa tensão no mercado, diz o Goldman Sachs. O banco acredita em impacto pequeno, mas vê o petróleo a US$ 78 por barril em junho.

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse à Folha que a empresa ainda vai esperar para entender o comportamento do mercado. Em entrevista recente à Band, ela defendeu que a empresa tem registrado bons resultados mesmo tendo "abrasileirado" o preço dos combustíveis.

Nesta sexta-feira (4), porém, a defasagem do preço do diesel vendido pela estatal chegou a R$ 67 por litro em relação à paridade de importação medida pela Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis). Na média nacional, a diferença é de R$ 0,61 por litro.

É um valor próximo dos R$ 0,73 registrados no início de julho, quando a defasagem atingiu seu pico em 2024. No caso da gasolina, a defasagem estava nesta sexta em R$ 0,38 mas refinarias da Petrobras e R$ 0,37 na média nacional.

Mesmo que não defina por aumentos, a Petrobras não tem margem para reduzir preços em refinarias e aliviar a alta dos impostos, como fez no último reajuste do diesel, em dezembro de 2023, às vésperas da retomada integral dos impostos federais sobre o combustível.