A queda média de 23% no preço do arroz neste ano, em Goiânia, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), aliviou um pouco o orçamento do consumidor goianiense. Isso foi reflexo de uma maior oferta do produto no mercado interno, depois de safras maiores do grão em vários estados, inclusive no Rio Grande do Sul, maior produtor nacional. Só em Goiás, a área plantada e a produção de arroz cresceram quase 50% nos últimos dois anos, segundo o IBGE, resultado de novas variedades desenvolvidas pela Embrapa Arroz e Feijão, com grãos mais produtivos e de melhor qualidade. Estas variedades (BRS A504 CL, BRS A502 e BRS A503) estimularam o retorno da produção em vários estados brasileiros, quando havia uma conjuntura favorável de preços, tecnologia e demanda pelo produto. Pedro Sarmento, analista de Transferência de Tecnologia da Embrapa Arroz e Feijão, conta que a A502 foi a virada de chave, ao proporcionar um movimento revolucionário, com alto rendimento de grãos inteiros e estabilidade de colheita. “Ela pode ser colhida com umidade mais baixa que o ideal, ou seja, tem boa flexibilidade”, destaca.