As empresas do mercado imobiliário devem investir mais em lançamentos de projetos enquadrados no programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) e os financiamentos direto com os construtores deve continuar crescendo como alternativa ao crédito mais caro e restrito. Essas são algumas tendências para o setor neste segundo semestre. A estimativa é que as vendas, que cresceram 29% em número de unidades no primeiro trimestre, continuem em alta, mas com foco na habitação popular e no alto padrão, menos impactados pela alta da taxa Selic. Os projetos enquadrados no MCMV receberam o incentivo da criação da faixa 4 do programa, que permite financiamentos de imóveis de até R$ 500 mil e com taxas de juros de 10% ao ano, voltada para famílias com renda de até R$ 12 mil. Para Marcelo Moreira, diretor comercial da CMO Construtora, apesar da alta da Selic afetar o mercado imobiliário, o Banco Central já sinalizou que chegou no pico de altas e que a perspectiva daqui pra frente é de redução na taxa até o final do ano.