<p class="p-smartimagebox"><img attr-cid="policy:1.2571463" attr-version="policy:1.2571463:1754573763" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.2571463/image/image.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /><br />
<span class="p-smartcaption">Prédio da Receita Federal (Marcelo Camargo / Agência Brasil )</span></p>

<p>A Receita Federal e o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) firmaram um acordo de cooperação técnica para transformar a forma como é feita a cobrança e a fiscalização do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR).</p>

<p>A proposta cria um sistema de integração de dados e fiscalização que pretende funcionar como um tipo de malha fina da terra no campo, semelhante ao que já ocorre no Imposto de Renda.</p>

<p>A iniciativa também envolve o MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar) e o MGI (Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos). O tema tem sido acompanhado de perto pelo secretário especial da Receita Federal, Robinson Barreirinhas.</p>

<p>O objetivo do governo é integrar informações de diferentes bases de dados em um único sistema e acabar com a fragmentação atual, que gera inconsistências e dificulta a fiscalização por parte da Receita.</p>

<p>Hoje, o ITR é informado anualmente pelo contribuinte, de forma autodeclaratória. É o proprietário rural que informa o valor da sua "terra nua" (VTN/ha), que é o preço médio de mercado para um hectare de terra rural sem benfeitorias. Ele também aponta quais são as áreas de preservação ambiental e aquelas usadas para produção.</p>

<p>A Receita recebe essas informações, mas tem poder de análise limitado, já que os dados de propriedades rurais colhidos pelo governo estão espalhados em diferentes bases, como o Cadastro Ambiental Rural (CAR), voltado para as áreas de preservação; o Sistema Nacional de Cadastro Rural (SNCR) e o Sistema de Gestão Fundiária (Sigef), administrados pelo Incra; além do Cadastro Nacional de Imóveis Rurais (Cnir), mantido em conjunto pela Receita e pelo Incra.</p>

<p>A proposta prevista pretende consolidar essas informações no que tem sido chamado de Cadastro Imobiliário Brasileiro (CIB), que trará um identificador único para os imóveis rurais, uma espécie de "CPF da terra". Nesta plataforma, todos os cadastros passam a conversar entre si, permitindo que os dados declarados sejam confrontados de forma automática, com valores oficiais.</p>

<p>Na integração com os dados do CAR, por exemplo, áreas de preservação permanente e de reserva legal, que são isentas do imposto, serão reconhecidas automaticamente no cálculo do tributo.</p>

<p>Conforme informações obtidas pela reportagem, a meta do governo é que, até o fim de 2026, pelo menos 65% dos imóveis rurais do país estejam vinculados ao CIB. Até dezembro de 2027, essa proporção deverá alcançar 80%, já com integração georreferenciada das áreas.</p>

<p>Para chegar a esse resultado, o plano foi dividido em fases. Até janeiro de 2026, o governo quer ter em mãos um estudo detalhado sobre o possível impacto que a malha fina no ITR pode gerar, usando relatórios de preços de terras produzidos pelo Incra.</p>

<p>A segunda fase, até março de 2026, vai tratar da estratégia de implementação, com avaliação de riscos operacionais. A terceira, prevista para ser concluída até junho do próximo ano, colocará em prática a declaração do ITR pré-preenchida, já trazendo dados oficiais sobre valor da terra e áreas de preservação. A partir desse momento, quem declarar fora dos parâmetros oficiais terá que comprovar as informações, ou seja, cairá na malha fina do ITR.</p>

<p>Além da Receita e do Incra, o MGI terá a missão de entregar um canal único digital que possa ser acessado pelo cidadão por meio da internet, no gov.br. O plano é que cada proprietário possa consultar todas as informações sobre seu imóvel sem precisar recorrer a vários sistemas distintos.</p>

<p>A primeira versão desse canal tem lançamento previsto para novembro de 2025, durante a COP30 (Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas). O MDA coordenará politicamente a agenda, para alinhar a arrecadação do ITR com políticas de reforma agrária e de agricultura familiar.</p>

<p>O governo entende que, além de ampliar a arrecadação, passará a oferecer menos burocracia e mais clareza ao proprietário rural, além de refinar políticas públicas fundiárias e ambientais.</p>

<p>A reportagem questionou a Receita e o Incra sobre o tema, mas não houve manifestação de nenhum órgão até a publicação deste texto. A FPA (Frente Parlamentar Agropecuária) também foi perguntada sobre o assunto, mas não se posicionou.</p>

<p>O MDA declarou que o acordo pretende "simplificar processos, reduzir burocracias e oferecer maior segurança e consistência nas informações". A integração de sistemas cartográficos, fundiários e cadastrais, segundo a pasta, traz ganhos para políticas públicas relacionadas ao crédito rural, à regularização fundiária e ao desenvolvimento sustentável do campo.</p>

<p>"Nesse processo, a contribuição central do MDA, além de viabilizar o uso de bases fundiárias e cadastrais de terras por meio do Incra como entidade vinculada, é assegurar que a agricultura familiar -- atualmente com mais de 6 milhões de agricultores e agricultoras registrados que produzem a maior parte dos alimentos consumidos no país -- esteja plenamente contemplada", declarou.</p>

<p>Segundo o MDA, a iniciativa conjunta dos órgãos não se restringe à questão tributária. "Trata-se de uma transformação na forma como o governo se organiza para atender o cidadão, garantindo que o agricultor e a agricultora familiar estejam no centro desse processo de inovação digital e fortalecendo a inclusão produtiva e social no campo."</p>

<p>Henrique Dolabella, diretor do Cadastro Ambiental Rural no MGI, disse que o acordo é parte da implementação da Infraestrutura Nacional de Dados (IND), para construção de "um governo para cada pessoa".</p>

<p>"É uma transformação na lógica de funcionamento do governo. Em vez de exigir que o cidadão forneça informações que o Estado já possui, estamos fazendo o governo trabalhar de forma mais inteligente para simplificar a vida de quem produz no campo", afirmou. "Com a automação do preenchimento das informações ambientais na declaração do ITR, o produtor rural não precisará mais declarar áreas de preservação que já constam em nossa base."</p>

<p>Uma das dificuldades a serem enfrentadas também passa pela qualidade do dado contido nos cadastros. O Atlas da Amazônia Brasileira 2025, estudo feito por pesquisadores contratados pela Fundação Heinrich Böll, aponta que o CAR (Cadastro Ambiental Rural) tem falhas devido a problemas de checagem de dados e confirmação de informações repassadas pelos cadastrados, já que ele é autodeclaratório.</p>

<p>Não há um número preciso e detalhado sobre a situação de titulação de terras no país, mas as estimativas em geral apontam que cerca de 140 milhões de hectares, o equivalente a quase 17% do Brasil, apresentam um tipo de irregularidade, com problemas de segurança jurídica fundiária.</p>


Receita Federal e Incra vão criar 'malha fina' do imóvel rural

Economia

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Matéria - Economia

Fiscalização do ITR

<p class="p-smartimagebox"><img attr-cid="policy:1.3258914" attr-version="policy:1.3258914:1746113231" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3258914/carteira-trabalho.jpeg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /><br />
Desemprego recua a 5,6% até julho e renova mínima da série histórica<span class="p-smartcaption"> (Marcelo Camargo/Agência Brasil)</span></p>

<p>A taxa de desemprego do Brasil recuou a 5,6% no trimestre até julho, apontam dados divulgados nesta terça-feira (16) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).</p>

<p>Com o resultado, o indicador renovou a mínima da série histórica da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), iniciada em 2012.</p>

<p>O IBGE afirmou que o mercado de trabalho ainda está aquecido e mostra sinais de resiliência, apesar do contexto de juros altos, cujos efeitos começam a ser sentidos na atividade econômica.</p>

<p>O desemprego marcava 6,6% nos três meses encerrados em abril, que servem de base de comparação.</p>

<p>A taxa verificada até julho (5,6%) veio levemente abaixo da mediana das projeções do mercado financeiro, que era de 5,7%, conforme a agência Bloomberg. O intervalo das estimativas ia de 5,6% a 6,1%.</p>

<p>A Pnad investiga tanto o mercado de trabalho formal quanto o informal. Ou seja, contempla desde os empregos com carteira assinada ou CNPJ até os postos sem esses registros, que podem incluir os populares bicos.</p>

<p>No trimestre até julho, a população desempregada caiu para 6,1 milhões. É o menor contingente desde o último trimestre de 2013, disse o IBGE. O grupo é formado pelas pessoas de 14 anos ou mais que não estão trabalhando e que estão à procura de vagas.</p>

<p>Já a população ocupada, ou seja, que exerce alguma atividade (formal ou informal), renovou o recorde da pesquisa. Foi estimada em 102,4 milhões.</p>

<p>O nível da ocupação, por sua vez, manteve o patamar recorde de 58,8%. Trata-se do percentual de pessoas ocupadas ante a população total de 14 anos ou mais.</p>

<p>O analista William Kratochwill, do IBGE, disse que o desemprego costuma cair no trimestre até julho devido a fatores como a preparação das empresas para o segundo semestre do ano.</p>

<p>"O que temos é um mercado de trabalho aquecido. Ele continua resiliente. Continua apresentando características de um mercado em expansão."</p>

<p>No recorte por atividades, um dos destaques veio do grupamento que inclui administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde e serviços sociais. O número de ocupados nesse caso teve alta de 522 mil ante o trimestre até abril.</p>

<p>William afirmou que a ampliação pode refletir um "incentivo" a contratações por parte do setor público, além da demanda maior por trabalhadores em atividades como saúde e educação devido à economia aquecida nos últimos anos.</p>

<p>Também houve crescimento na população ocupada em grupamentos como informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (260 mil) e agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (206 mil).</p>

<h2>Renda média alcança R$ 3.484</h2>

<p>Outro indicador da Pnad é a renda média habitualmente recebida pela população ocupada. No trimestre até julho, o rendimento foi estimado em R$ 3.484 por mês.</p>

<p>Houve alta de 1,3% na comparação com o intervalo até abril e de 3,8% ante igual período do ano passado.</p>

<p>Ainda de acordo com o IBGE, o número de empregados com carteira assinada no setor privado voltou a bater recorde na série: 39,1 milhões.</p>

<p>Outras máximas foram registradas por empregados no setor público (12,9 milhões) e trabalhadores por conta própria (25,9 milhões).</p>

<p>A população ocupada por conta própria é formada por 19 milhões de pessoas sem CNPJ (informais) e 6,9 milhões com CNPJ (formais).</p>

<p>Apesar de a informalidade ainda predominar, o aumento foi mais expressivo entre os autônomos formais ante o trimestre até abril: 3,3%. O avanço ficou em 1,5% entre os trabalhadores por conta própria sem CNPJ.</p>

<p>William, do IBGE, destacou que o avanço da figura do MEI (microempreendedor individual) pode estar por trás da alta dos profissionais por conta própria com CNPJ. O pesquisador associou o resultado à busca por serviços bancários e outras vantagens.</p>

<h2>Informalidade recua</h2>

<p>Com os resultados, a taxa de informalidade recuou a 37,8%. Trata-se do percentual da população ocupada que atuava sem carteira ou CNPJ.</p>

<p>Proporções abaixo de 37,8% só foram verificadas ao longo de 2020. Isso ocorreu à época porque a pandemia expulsou do mercado trabalhadores informais.</p>

<p>Agora, conforme o IBGE, é possível observar uma redução da taxa com a criação de postos formais em ritmo mais acelerado.</p>

<p>O desemprego já havia marcado 5,8% no trimestre até junho, ficando abaixo de 6% pela primeira vez na série histórica. O IBGE, contudo, evita a comparação direta entre intervalos com meses repetidos. É o caso dos períodos finalizados em junho e julho.</p>

<p>Segundo analistas, a recuperação do mercado de trabalho refletiu o desempenho aquecido da economia em meio a medidas de estímulo do governo federal, além de mudanças demográficas e impactos da tecnologia.</p>

<p>A geração de emprego e renda serve de incentivo para o consumo. A demanda constantemente aquecida, por outro lado, tende a pressionar a inflação.</p>

<p>Para conter o ritmo de aumento dos preços, o BC (Banco Central) promoveu um choque na taxa básica de juros, a Selic, que está em 15% ao ano.</p>

<p>O Copom (Comitê de Política Monetária do BC) tem reunião nesta terça e na quarta (17) para discutir o patamar da Selic. A expectativa do mercado financeiro é de manutenção da taxa de juros em 15%.</p>

<p>A divulgação da Pnad do trimestre até julho era prevista para 29 de agosto, mas foi adiada para esta terça pelo IBGE.</p>

<p>O instituto disse que a alteração no calendário ocorreu devido à necessidade de correções de "inconsistências tecnológicas" no processo de transmissão da seleção dos domicílios da pesquisa. Não houve perda de qualidade nos dados, conforme o órgão.</p>


Desemprego recua a 5,6% até julho e renova mínima da série histórica

Desemprego recua e renova mínima da série histórica

Até julho

<p><strong>Conteúdo analisado:</strong> Publicação em rede social usa vídeo sobre mudança em regra para fintechs para sugerir criação de um “imposto sobre Pix”. Nova norma publicada pela Receita Federal equipara bancos digitais aos tradicionais e obriga o repasse de informações sobre movimentações financeiras, mas não prevê nenhuma taxação ou cobrança.</p>

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<p><strong>Comprova Explica:</strong> Uma nova regra anunciada pela Receita Federal passa a exigir dos bancos digitais, também chamados de fintechs, o envio das mesmas informações financeiras já cobradas dos bancos tradicionais. A norma consta na Instrução Normativa 2.278, publicada no fim de agosto. A medida visa aumentar a transparência dessas instituições de pagamento e combater crimes como fraudes e lavagem de dinheiro, segundo o próprio documento. A exigência foi publicada um dia após as operações Carbono Oculto, Quasar e Tank, que revelaram o uso de bancos digitais e postos de gasolina para supostos esquemas financeiros da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) em todo o país.</p>

<p>Na prática, a regra passa a exigir que as fintechs informem à Receita Federal as movimentações financeiras de contas que ultrapassarem o limite de R$ 2 mil por mês, em caso de pessoa física, e de R$ 6 mil por mês, para pessoas jurídicas.</p>

<p>Os valores são os mesmos já previstos para os bancos tradicionais, conforme outra instrução normativa da Receita Federal, em vigor desde 2015. Os informes são enviados a cada seis meses e reúnem valores movimentados no crédito, débito, Pix, TED e outros meios. As medidas entraram em vigor na data de publicação do documento, mas o secretário especial da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, afirmou em uma audiência na Câmara dos Deputados que irá pedir dados retroativos desde janeiro deste ano, conforme noticiou o portal G1. As novas regras para os bancos digitais não criam nenhum imposto ou cobrança sobre o Pix ou qualquer outro serviço.</p>

<p>Nas redes sociais, publicações sugeriram que a nova regra poderia ser uma tentativa de criar impostos sobre meios de pagamento como o Pix, o que não é verdade. Uma postagem no X analisada pelo Comprova utiliza um vídeo em que uma empresária explica as mudanças nas regras para fintechs e alerta quem não declara corretamente valores recebidos nessas contas digitais para sugerir, de forma enganosa, que as normas poderiam resultar em cobranças extras. No post, o autor afirma que as notícias relacionando o crime organizado e as fintechs seriam um “balaio de gato” para “a dupla Lula-Taxaad sugar até o último centavo do seu bolso”. Na seção de comentários, o dono da conta completa a desinformação: “Lá vem imposto no Pix”.</p>

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/comprova/governo-brasileiro-n-o-vendeu-minas-de-niquel-a-china-1.3308885" target="_blank">Governo brasileiro não vendeu minas de níquel à China</a><br />
<a href="https://opopular.com.br/comprova/reuni-o-entre-china-russia-e-india-n-o-era-em-cupula-do-brics-e-n-o-excluiu-brasil-do-bloco-1.3309053" target="_blank">Reunião entre China, Rússia e Índia não era em cúpula do Brics e não excluiu Brasil do bloco</a><br />
<a href="https://opopular.com.br/comprova/video-inventa-tentativa-de-compra-de-mans-o-nos-eua-por-janja-1.3308904" target="_blank">Vídeo inventa tentativa de compra de mansão nos EUA por Janja</a></div>

<p>O post, na verdade, requenta informações falsas que repercutiram na primeira vez em que o governo federal tentou obrigar fintechs a se submeterem a enviar alertas à Receita Federal em caso de contas de usuários que ultrapassem um valor mensal — a tentativa ocorreu em janeiro de 2025 e previa as comunicações a partir de R$ 5 mil por mês para pessoas físicas e R$ 15 mil para pessoas jurídicas. A medida, no entanto, foi revogada 15 dias depois da implantação, devido a uma onda de notícias falsas que sugeria a criação de imposto sobre o Pix, o que também não constava nas normas adotadas na ocasião. Um vídeo do deputado federal bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG) atacando a iniciativa foi o principal argumento que levou o governo Lula a recuar da proposta.</p>

<h2>Foco da medida é combate ao crime</h2>

<p>Ao divulgar a nova instrução normativa, a Receita publicou uma nota à imprensa em que afirma que as fintechs têm sido utilizadas “para lavagem de dinheiro nas principais operações do crime organizado, porque há um vácuo regulamentar, já que elas não têm as mesmas obrigações de transparência e de fornecimento de informações a que se submetem todas as instituições financeiras do Brasil há mais de 20 anos”. Ao Comprova, o órgão confirmou as novas regras para fintechs e negou qualquer possível taxação do Pix ou aumento de impostos em razão da medida, afirmando que “a Constituição não permite essa cobrança”.</p>

<p>A advogada especialista em Direito Bancário, Olivia Manuela Chaves Pires, afirma que o foco da nova regra é coibir crimes que usam transações financeiras e sistemas como o Pix.</p>

<p>“As fintechs estão atuando como os bancos, então a instrução normativa vem para regular o que já é exigido dos bancos. Aí vem aquela onda de que as transações por Pix ou movimentações maiores vão ser controladas, tributadas. Isso não está previsto na instrução normativa, é realmente aquela ideia de fake news, de querer tentar aumentar algo de que a instrução normativa não fala. A ideia é de combate ao crime de lavagem de dinheiro, de ocultação de patrimônio. Está ligado a isso, não a um controle ou tributação de transação de Pix. O documento não traz nada a respeito disso”, afirma.</p>

<p>A nova investida para equiparar as exigências dos bancos digitais aos tradicionais ocorreu na esteira das operações Carbono Oculto, Quasar e Tank, que miraram o crime organizado, com buscas em 10 estados brasileiros, no fim de agosto. Segundo investigação da Polícia Federal, membros do PCC teriam montado esquema para lavar dinheiro, blindar patrimônio e financiar a compra de empresas por meio de fintechs. A facção teria chegado a controlar 40 fundos de investimento, com mais de R$ 30 bilhões em recursos. As instituições de pagamento digital seriam usadas para destinar recursos ilícitos obtidos na operação de postos de combustíveis e padarias, por exemplo.</p>

<p>Após o anúncio da regra para exigir o envio de informações das fintechs, o Banco Central (BC) também definiu um teto de R$ 15 mil para transações via Pix para algumas instituições de pagamento, somente as que ainda não são autorizadas pelo BC e que se conectam à Rede do Sistema Financeiro Nacional via Prestadores de Serviços de Tecnologia da Informação (PSTI). Trata-se de instituições menores, que fazem transações por intermédio de empresas maiores, segundo reportagem do portal UOL. Nesse caso, a intenção da regra seria evitar novos ataques ao sistema Pix. Nos últimos meses, invasões de hackers foram identificadas pelo BC.</p>

<p><strong>Fontes consultadas:</strong> Pesquisa em veículos jornalísticos, instruções normativas da Receita Federal, Ministério da Fazenda e entrevista com a advogada Olivia Manuela Chaves Pires.</p>

<p><strong>Por que o Comprova explicou este assunto: </strong>O Comprova monitora conteúdos suspeitos publicados em redes sociais e aplicativos de mensagem sobre políticas públicas, saúde, mudanças climáticas e eleições. Quando detecta nesse monitoramento um tema que está gerando muitas dúvidas e desinformação, o Comprova Explica. Você também pode sugerir verificações pelo WhatsApp +55 11 97045-4984.</p>

<p><strong>Para se aprofundar mais:</strong> O Comprova já mostrou que o Pix é alvo de investigação comercial dos EUA, mas não pode ser taxado por Trump e que postagens enganavam ao sugerir que secretário do governo confirmou cobrança de novo imposto sobre Pix.</p>


Norma que obriga fintechs a informar Receita sobre operações acima de R$ 2 mil já existe para bancos e não tributa Pix

Matéria - genérica

Comprova

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<p>Sete goianos estão entre as pessoas mais <a href="https://opopular.com.br/magazine/confira-as-fortunas-bilionarias-das-celebridades-em-2025-1.3247677" target="_self">ricas do país</a>, segundo a Lista Forbes Bilionários 2025.&nbsp;Os empresários atuam na fabricação de medicamentos, produção de açúcar e etanol, distribuição atacadista, hotelaria e agronegócio. Juntos, eles detêm patrimônio de R$ 39 bilhões. <strong>Saiba quem são eles&nbsp;abaixo:</strong></p>

<p><a href="http://opopular.com.br/canal" target="_self">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a></p>

<ul>
	<li>Joesley Mendonça Batista, de 53 anos</li>
	<li>Wesley Mendonça Batista, de 55</li>
	<li>João Alves de Queiroz Filho, de 72</li>
	<li>Ítalo Nogueira Alves de Melo,de 44</li>
	<li>Marcelo Henrique Limirio Gonçalves, de 71</li>
	<li>José Costa, de 57</li>
	<li>Otávio Lage de Siqueira Filho, de 69</li>
</ul>

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/magazine/confira-as-fortunas-bilionarias-das-celebridades-em-2025-1.3247677" target="_self">Confira as fortunas bilionárias das celebridades em 2025</a><br />
<a href="https://opopular.com.br/magazine/taylor-swift-entra-para-a-lista-de-novos-bilionarios-da-forbes-1.3124381" target="_self">Taylor Swift entra para a lista de novos bilionários da Forbes</a></div>

<div attr-cid="policy:1.3309037" attr-version="policy:1.3309037:1757113882" class="p-smartmidiabox"><span class="icon">-</span><span class="text"><a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3309037" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3309037', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3309037">web muito ricos goianos (1.3309037)</a></span></div>

<h2>Joesley Mendonça e Wesley Mendonça&nbsp;</h2>

<p><a href="https://opopular.com.br/economia/dois-goianos-est-o-na-lista-da-forbes-entre-os-10-maiores-bilionarios-do-brasil-1.2522025" target="_self">Os irmãos Joesley e&nbsp;Wesley</a> são de Formosa e Anápolis, respectivamente, e controlam a&nbsp;JBS, maior empresa mundial de proteína animal. Os empresários são filhos de José Batista Sobrinho e ocupam a 17ª posição no ranking nacional com patrimônio de R$ 25 bilhões cada.&nbsp;</p>

<h2>João Alves de Queiroz Filho&nbsp;</h2>

<p>Mais conhecido como Júnior, João Alves nasceu em Goiânia e é o maior acionista da Hypera Pharma, considerada uma das maiores empresas farmacêuticas do Brasil. Ele ocupa a 81ª posição e tem patrimônio&nbsp;de R$ 5, 7 bilhões.&nbsp;</p>

<h2>Ítalo Nogueira Alves de Melo&nbsp;&nbsp;</h2>

<p>Ítalo comanda a Teuto, indústria&nbsp;de medicamentos inicialmente instalada em São Paulo que foi transferida para Anápolis. Ele ocupa a 110ª posição e tem um patrimônio de R$ 3,6 bilhões.&nbsp;&nbsp;</p>

<h2>Marcelo Henrique Limirio Gonçalves&nbsp;&nbsp;</h2>

<p>Marcelo Henrique é presidente do grupo MCLG e é focado no agronegócio e no ramo imobiliário. O empresário era dono do laboratório Neo Química, que vendeu para a Hypermarcas (atual Hypera Pharma).&nbsp;&nbsp;</p>

<p>Desde então, passou a investir em outros negócios, como a aquisição de hotel e passou a se dedicar ao agronegócio com a Fazenda Nova Piratininga, que ocupa uma área de mais de 200 mil hectares nos estados de Goiás e Tocantins. Ele ocupa a 160ª&nbsp;posição e tem um patrimônio de R$ 2,3 bilhões.&nbsp;</p>

<h2>José Costa&nbsp;&nbsp;</h2>

<p>José Costa é presidente da JC Distribuição, uma das principais empresas comerciais do centro-Oeste fundada em Ceres. Em 1997 a administração foi transferida para Goiânia e atualmente a empresa opera em seis estados. Ele ocupa 208ª&nbsp;posição e tem patrimônio de R$1,7 bilhões.&nbsp;&nbsp;</p>

<h2>Otávio Lage de Siqueira Filho&nbsp;&nbsp;</h2>

<p><a href="https://opopular.com.br/economia/presidente-da-adial-otavio-lage-e-o-novo-bilionario-goiano-aponta-forbes-1.2311221" target="_self">Otávio é diretor-presidente da Jalles Machado</a>, uma empresa produtora de açúcar e etanol do Grupo Otávio Lage, que foi fundado em Goianésia pelo seu pai, o ex-governador de Goiás, Otávio Lage de Siqueira. A família ocupa a 272ª&nbsp;posição com patrimônio de R$ 1 bilhão.&nbsp;</p>

<p><strong>Veja abaixo os 10 maiores bilionários do Brasil em 2025:</strong></p>

<ul>
	<li>Eduardo Saverin&nbsp;(Facebook/Meta): R$ 227 bilhões&nbsp;</li>
	<li>Vicky Sarfati Safra e família&nbsp;(Banco Safra): R$ 120,5 bilhões</li>
	<li>Jorge Paulo Lemann&nbsp;(AB Inbev/3G Capital): R$ 88 bilhões&nbsp;</li>
	<li>André Santos Esteves&nbsp;(BTG Pactual): R$ 51 bilhões&nbsp;</li>
	<li>Fernando Roberto Moreira Salles&nbsp;(Itaú Unibanco/CBMM): R$ 40,2 bilhões</li>
	<li>Carlos Alberto da Veiga Sicupira&nbsp;(AB Inbev/3G Capital): R$ 39,1 bilhões&nbsp;</li>
	<li>Pedro Moreira Salles&nbsp;(Itaú Unibanco/CBMM): R$ 38 bilhões</li>
	<li>Miguel Gellert Krigsner&nbsp;(O Boticário): R$ 34,2 bilhões&nbsp;</li>
	<li>Alexandre Behring da Costa&nbsp;(3G Capital): R$ 31 bilhões&nbsp;</li>
	<li>Jorge Neval Moll Filho&nbsp;(Rede D’Or): R$ 30,4 bilhões</li>
</ul>


Veja quem são os goianos na lista dos mais ricos, segundo a Forbes

bilionários

ÛNICENTRO BR

UNICENTRO BR

<div>
<p class="p-smartimagebox"><img attr-cid="policy:1.3308045" attr-version="policy:1.3308045:1756935202" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3308045/fabio_lima_44.JPG?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /><br />
<span class="p-smartcaption">(Fábio Lima)</span></p>

<p>&nbsp;</p>
O cooperativismo financeiro vive um ciclo de crescimento no Brasil e se consolida como um dos modelos mais sustentáveis do sistema financeiro. Em meio a cenários de instabilidade econômica e política, o setor oferece aos investidores caminhos seguros, competitivos e próximos da realidade local. Apenas em 2024, o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC) alcançou R$ 885 bilhões em ativos, um aumento de 21,1% em relação ao ano anterior, segundo o Banco Central. A base de cooperados também cresceu, somando mais de 19 milhões de brasileiros e alcançando 58% dos municípios com pontos de atendimento.</div>

<div>&nbsp;</div>

<div>Em Goiás, o avanço foi ainda mais expressivo: o número de cooperados saltou de 516,5 mil (2023) para 581,8 mil em 2024, enquanto a carteira de crédito chegou a R$ 23,4 bilhões. Os ativos das cooperativas no estado somaram R$ 41,4 bilhões, com abertura de 24 novas agências. O movimento evidencia a relevância das cooperativas de crédito para empreendedores, agricultores, profissionais liberais e famílias em busca de rentabilidade com previsibilidade.</div>

<div>&nbsp;</div>

<div>Parte do apelo do cooperativismo está em seu caráter societário: o cooperado é também dono, participa das decisões e recebe sobras proporcionais ao seu relacionamento. Além disso, os recursos captados permanecem aplicados na própria região, impulsionando cadeias produtivas locais. O diferencial está em unir solidez financeira a um propósito coletivo, o que gera confiança, reduz custos e amplia a inclusão, avalia o Banco Central. Para investidores, o setor oferece produtos de renda fixa, previdência, fundos e letras de crédito com regras de prudência similares às dos bancos, mas com foco na proximidade e na segurança do capital aplicado localmente.</div>

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<div attr-cid="policy:1.3308009" attr-version="policy:1.3308009:1756933741" class="p-smartmidiabox"><span class="icon">-</span><span class="text"><a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3308009" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3308009', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3308009">ÛNICENTRO BR (1.3308009)</a></span></div>
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<h2>Resultados do Sicoob UniCentro Br</h2>

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<div>Nesse cenário de expansão, o Sicoob UniCentro Br se destaca como referência em Goiás e em outros estados. Fundada em 1992, a cooperativa alcançou em 2025 o melhor desempenho de sua história em um primeiro semestre, com mais de 115 mil cooperados e R$ 9,9 bilhões em ativos totais. As operações de crédito somaram R$ 7,6 bilhões, enquanto os depósitos superaram R$ 7,8 bilhões, resultando em R$ 115 milhões acumulados.</div>

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<div><cite>“O desempenho mostra a consolidação do nosso plano de expansão e confirma que o cooperativismo é uma alternativa sólida de investimento”, afirma Diogo Mafia, diretor-presidente do Sicoob UniCentro Br.</cite></div>

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<div>Foi nesse contexto que o UniCentro Br promoveu o evento “Economia em Cena”, que reuniu cooperados, investidores e lideranças locais em Goiânia, para debater o cenário econômico e reforçar a importância da informação na tomada de decisão. A programação incluiu recepção com coquetel, networking e a palestra de Caio Coppolla, comentarista nacional, que trouxe uma leitura otimista sobre o futuro do país.</div>

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<div><cite>“A principal utilidade de eventos como esse é ajudar os cooperados a tomarem decisões estratégicas com base em conhecimento aprofundado da realidade nacional. Hoje, vim mostrar que o nosso país está condenado ao sucesso, um otimismo fundamentado em fatos e números”, destacou Coppolla.</cite></div>

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<div>Para Clidenor Gomes Filho, presidente do Conselho de Administração do Sicoob UniCentro Br, encontros como esse têm caráter educativo e fortalecem o cooperativismo.</div>

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<div><cite>“É essencial que nossos cooperados, sobretudo formadores de opinião, troquem ideias com especialistas e a diretoria sobre temas relevantes para a economia. Esse diálogo amplia nossa visão de futuro.”</cite></div>

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<div attr-cid="policy:1.3307996" attr-version="policy:1.3307996:1756934183" class="p-smartmidiabox"><span class="icon">-</span><span class="text"><a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3307996" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3307996', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3307996">UNICENTRO BR (1.3307996)</a></span></div>
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<h2>Cooperativismo como caminho seguro</h2>

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<div>O “Economia em Cena” reafirmou o compromisso da cooperativa financeira com a educação financeira, valorização dos cooperados e expansão de oportunidades de investimento seguras. Ainda para o diretor-presidente do Sicoob UniCentro Br, Diogo Mafia, mais do que um evento, foi uma demonstração de que o cooperativismo financeiro segue conquistando espaço como modelo de negócios confiável e transformador, capaz de gerar impactos positivos tanto para investidores quanto para comunidades locais em Goiás e no Brasil.</div>

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<h2>Sobre o Sicoob UniCentro Br<br />
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<div>É uma cooperativa financeira de livre admissão que possui o objetivo de administrar os recursos financeiros dos cooperados, proporcionando maior rentabilidade e justiça financeira a todos. A instituição foi fundada há 33 anos, em Goiânia, administra R$ 9,9 bilhões de ativos e conta com mais de 115 mil cooperados no Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Tocantins.</div>
