<p>A produção goiana deve apresentar perdas que podem variar entre 15% e 23%. Essa é a previsão da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), apresentada no Balanço da Expedição Safra Goiás, nesta segunda-feira (22). O baixo volume de chuvas no início do plantio, entre setembro e outubro do ano passado, foi apontado como principal motivador.</p>

<p>A expedição percorreu 6 mil quilômetros, em 80 municípios goianos. A conclusão foi de que há perdas consolidadas na produção em Goiás.</p>

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<p>De acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), entre 2022 e 2023, a produtividade média foi de 65 sacas por hectare. A estimativa da Faeg é que entre 2023 e 2024, esse valor caia para 50 ou 55 sacas por hectare.</p>

<p>Durante a apresentação, além da escassez da chuva, com precipitações esparsas em volumes variados, foram citados os estresses hídricos e térmicos como fatores que colaboraram para essa queda. As principais perdas foram em lavouras que fizeram o plantio em setembro ou outubro, por conta também das altas temperaturas do período. Quem plantou em dezembro e janeiro também pode ser prejudicado devido o plantio fora da janela ideal.</p>

<p>Quem fez em novembro ainda conseguiu uma condição melhor de produtividade. Foi o caso de Jeone Pereira, proprietário de uma fazenda em Bela Vista. “Tivemos uma seca muito forte e a germinação das sementes foi baixa, mas hoje até que a soja recuperou bem porque a chuva melhorou”, disse, descartando prejuízo.</p>

<p>O fato de ainda haver lavouras em estado vegetativo ou reprodutivo inicial faz com que a estimativa não seja tão precisa, já que o tempo daqui para frente ainda deve influenciar. As regiões mais prejudicadas foram o Sudoeste, o Vale do Araguaia e Nordeste Goiano.</p>

<p>A expedição feita pela entidade também encontrou problemas de falta de cobertura na proteção do solo em algumas áreas, o que fez com que as plantas sofressem mais com as elevadas temperaturas, causando redução no stand e problemas nutricionais pela baixa inoculação, agravando o estresse hídrico e térmico e consequentemente, as produtividades.</p>

<p>Também ficou constatada pela Faeg a dificuldade que os produtores tiveram nas pulverizações, em função do clima desfavorável. Foi observado ainda uma grande pressão de pragas nas áreas produtivas, especialmente as lagartas.</p>

<p>De acordo com o levantamento, o que deve evitar resultados piores é o bom desempenho das lavouras de ciclo médio e longo, semeadas em novembro, que apresentam um bom potencial produtivo em algumas áreas, dependendo de como vão ser as chuvas. As colheitas pontuais já realizadas mostraram baixo desempenho, até agora, com produtividades abaixo de 30 sacas por hectare. Cerca de 3% das lavouras goianas já estão colhidas com esse baixo rendimento.</p>

<p>“Há perdas consolidadas. É impossível falar que isso não vai ocorrer. Tivemos um clima bastante desafiador, principalmente nos meses de setembro e outubro, que deve causar grande redução na produtividade, principalmente nas lavouras plantadas nessa época”, diz Leonardo Machado, assessor técnico da Faeg. Ele acredita que essas fazendas ficaram cerca de 20 a 25 dias sem chuvas.</p>

<p>Machado conta que a produtividade do milho safrinha também será reduzida nesse mesmo contexto. “Perguntamos a todos os produtores que visitamos a expectativa de plantio de milho safrinha e todos vão reduzir. Isso pode trazer impacto maior para a criação de aves e suínos, que depende muito desse milho”, avalia.</p>

<h2><b>Tempo</b></h2>

<p>Gerente do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), André Amorim afirma que há uma preocupação com a chegada do La Niña, previsto para o segundo semestre deste ano. Segundo ele, o fenômeno é bom para Goiás porque traz chuvas mais abundantes.</p>

<p>“O que nos preocupa é o período no meio. Vamos terminar estas chuvas em meados de abril para maio, e esperar o retorno em meados de outubro, já entrando em novembro. Nós teremos um ciclo muito extenso de falta de chuvas, mesmo que tenha uma ou outra”, explica.</p>

<p>Amorim lembra que o El Niño de 2023 trouxe chuvas irregulares. “Agora nós estamos devendo e vamos passar por um período de estiagem um pouco mais complexo. É importante o produtor rural ficar atento ao seu planejamento. Se for fazer uma reforma do pasto, por exemplo, tem que ser agora”, aconselha.</p>

<p>O presidente da Faeg, José Mário Schreiner, avalia que o resultado trouxe “surpresas desagradáveis”. “É uma perda considerável. Significa que mais de 3 milhões de toneladas de soja deixarão de ser colhidas em Goiás”, afirma.</p>

<p>Schreiner ainda calcula os prejuízos: “O primeiro prejuízo é do produtor rural, mas também a agroindústria vai deixar de processar esse produto, que deixará de aparecer nas prateleiras de supermercado, apesar de não haver risco de desabastecimento”. O presidente calcula ainda redução das importações e da empregabilidade.</p>


Seca no plantio deve causar perda de até 23% na produção goiana

Economia

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Matéria - Economia

Agricultura

<p>O cultivo da cana-de-açúcar e a criação de bovino de corte foram destaques em 2024 em Goiás, segundo balanço apresentado nesta quarta-feira (18) pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Goiás (Faeg). Segundo a Federação, neste ano, os impactos climáticos reduziram o potencial da produção de grãos em Goiás, causando queda no valor bruto da produção do estado (VBP).</p>

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<p>Os dados da Faeg apontam que com relação a 2023, a exportação de carne bovina aumentou em 16%, totalizando o montante de US$ 1,5 milhão. Já a cana-de-açúcar, teve aumento de 31%, gerando US$ 574 milhões. Já os produtos como soja, farelo de milho e milho apresentaram queda.&nbsp;</p>

<p>A Faeg detalhou que apesar de 2024 ter sido marcado por um grande crescimento nos abates bovinos, o que resultou em queda de preço na arroba até o início do segundo semestre, no fim do ano houve uma inversão na tendência dos preços do boi gordo, com quase o dobro no preço da arroba. Para a Faeg, isso foi reflexo do consumo interno aquecido e do grande volume de exportações.&nbsp;</p>

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/economia/perdas-com-incendios-elevam-custos-de-produc-o-1.3178037" target="_blank">Perdas com incêndios elevam custos de produção</a><br />
<a href="https://opopular.com.br/economia/calor-e-seca-afetam-produc-o-de-alimentos-e-elevam-precos-1.3174958" target="_blank">Calor e seca afetam produção de alimentos e elevam preços</a></div>

<p>José Mário Schreiner, presidente da Faeg, destacou que apesar das dificuldades encontradas em 2024, os produtores rurais conseguiram fazer com que não faltassem produtos nas prateleiras.&nbsp;</p>

<p><cite>Nós tivemos um ano de muita instabilidade no Brasil, com seca em algumas regiões, chuva em excesso em outras, e isso resultou em uma colheita menor para o Brasil e para o estado de Goiás, onde foram colhidos 30 milhões de toneladas. Mas de uma forma geral, o produtor conseguiu evoluir e vencer o ano de 2024. No geral, temos que comemorar o ano de 2024 apesar de todas as adversidades”, afirmou o presidente da Faeg.</cite></p>

<h2>Expectativa para 2025&nbsp;</h2>

<p>Para José Mário Schreiner, a expectativa para 2025 é bastante positiva no setor agropecuário. Segundo ele, as palavras ‘gestão’ e ‘cautela’ definem o próximo ano.&nbsp;</p>

<p><cite>Nós vamos ter uma safra melhor do que esse ano, devemos passar de 30 para 34 milhões de toneladas, o que representa um incremento de 11% na produção. A produção pecuária, as carnes, também vão continuar em um patamar remunerador aos produtores, haja vista que amargaram dois, três anos de baixo preço da arroba do boi. As exportações a gente espera também que possam continuar crescendo, a gente vê um ano bastante positivo”, completou.&nbsp;&nbsp;</cite></p>


Cultivo de cana-de-açúcar e criação de bovino de corte foram destaques em Goiás em 2024, aponta Faeg

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Balanço

Conheça as 11 cidades goianas que estão entre as 100 mais ricas do agronegócio no Brasil

<p>Rio Verde, Jataí e Cristalina são algumas das 11 cidades goianas que estão entre as <a href="https://opopular.com.br/economia/goias-tem-11-cidades-entre-as-100-mais-ricas-do-agronegocio-no-brasil-veja-lista-1.3188490" target="_blank">100 mais ricas do agronegócio no Brasil</a>, segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária. Ainda existem outros oito municípios que receberam destaque na lista: Mineiros, Montividiu, Paraúna, Silvânia, Chapadão do Céu, Catalão, Ipameri e Goiatuba.</p>

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<p>A lista foi divulgada pelo órgão na última terça-feira (15), sendo que os dados são referentes ao ano de 2023. <strong>O POPULAR </strong>preparou um resumo com as principais informações envolvendo a atividade econômica de cada cidade <em><strong>(confira a seguir)</strong></em>.&nbsp;&nbsp;<span style="font-size: 18px; font-weight: 700; color: rgb(51, 51, 51);">&nbsp;</span></p>

<h2>Rio Verde &nbsp;</h2>

<p>Com 8.379,661 km² de extensão territorial, Rio Verde é a maior cidade da região sudoeste de Goiás. Com um Produto Interno Bruto (PIB) que totaliza R$ 8,34 bilhões, o município representa a 4ª maior economia do estado, segundo dados disponíveis no <a href="https://www.rioverde.go.gov.br/" target="_blank">site da prefeitura</a>. Seu pilar econômico é o agronegócio, com destaque para as produções de milho e soja.&nbsp;</p>

<p>Rio Verde possui uma população de 225.696 habitantes, conforme o censo de 2022 do <a href="https://cidades.ibge.gov.br/brasil/go/rio-verde/panorama" target="_blank">Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)</a>. Além disso, a cidade tem 175 anos de existência e oferece uma grande variedade de bares,&nbsp;restaurantes e feiras de rua, o que atrai moradores e visitantes.&nbsp;</p>

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/economia/goias-tem-11-cidades-entre-as-100-mais-ricas-do-agronegocio-no-brasil-veja-lista-1.3188490" target="_blank">Goiás tem 11 cidades entre as 100 mais ricas do agronegócio no Brasil; veja lista</a><br />
<br />
<a href="https://opopular.com.br/cidades/luta-contra-o-caos-climatico-passa-pela-ades-o-do-agro-1.3186463" target="_blank">Luta contra o caos climático passa pela adesão do agro</a><br />
<br />
<a href="https://opopular.com.br/economia/negocios-goianos-elevam-fluidez-a-partir-do-mercado-de-capitais-1.3172421" target="_blank">Negócios goianos elevam fluidez a partir do mercado de capitais</a></div>

<h2>Jataí&nbsp;&nbsp;</h2>

<p>Com uma área total de 7.178,792 km², o <a href="https://www.jatai.go.gov.br/cidade-jatai/" target="_blank">município de Jataí</a>, no sudoeste goiano, é considerado o maior produtor de milho do Brasil, segundo o balanço da prefeitura. A cidade também é um dos maiores produtores de soja do país e o maior produtor de leite de Goiás.</p>

<p>Seu PIB total é de R$ 7,9 bilhões, <a href="https://cidades.ibge.gov.br/brasil/go/jatai/panorama" target="_blank">conforme o IBGE</a>. Se considerada a proporção per capita, ou seja,&nbsp;por habitante, o valor atinge R$ 77.472. Com 129 anos de existência, Jataí possui uma população estimada de 105.729 habitantes.&nbsp;</p>

<h2>Cristalina&nbsp;</h2>

<p>Localizada no Entorno do Distrito Federal (DF), Cristalina possui uma área total de 6.163,806 km². Durante muitos anos, a <a href="https://cristalina.go.gov.br/sobre-o-municipio/economia/" target="_blank">economia da cidade</a> se baseou na exploração de cristais.&nbsp;Mas a partir da década de 1970, com a chegada de produtores rurais do sul do país, o cenário econômico deu lugar ao plantio.&nbsp;&nbsp;</p>

<p>Com um PIB total de R$ 4,6 bilhões, Cristalina destaca-se na produção de soja, milho, alho, cebola, feijão, batata e café. Além disso, com&nbsp;<a href="https://cidades.ibge.gov.br/brasil/go/cristalina/panorama" target="_blank">62.337 habitantes</a>, a cidade completou 123 anos no último sábado (12).&nbsp;</p>

<div attr-cid="policy:1.3188661" attr-version="policy:1.3188661:1729276060" class="p-smartmidiabox"><span class="icon">-</span><span class="text"><a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3188661" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3188661', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3188661">Conheça as 11 cidades goianas que estão entre as 100 mais ricas do agronegócio no Brasil (1.3188661)</a></span></div>

<h2>Mineiros&nbsp;</h2>

<p>Mineiros localiza-se no sudoeste goiano e possui uma área total de 9.038,769 km². A cidade é conhecida por sua <a href="https://mineiros.go.gov.br/" target="_blank">produção agrícola e pecuária</a>. Seus principais produtos incluem soja, milho, feijão, sorgo, algodão e leite. &nbsp;</p>

<p>Segundo o último censo do IBGE, a <a href="https://cidades.ibge.gov.br/brasil/go/mineiros/panorama" target="_blank">população de Mineiros</a> é de 70.081&nbsp;pessoas. A cidade tem 94 anos de fundação e seu PIB total é de R$ 3,2 bilhões. Já o PIB per capita equivale a R$ 47,334,97.&nbsp;</p>

<h2>Montividiu&nbsp;</h2>

<p>Localizada no sudeste goiano, Montividiu possui uma extensão territorial de 1.869,724 km². Na <a href="https://montividiu.go.gov.br/" target="_blank">economia da cidade</a>, destaca-se o cultivo de soja, de algodão herbáceo, de cereais e a criação de suínos.&nbsp;</p>

<p>Segundo o IBGE, o total de receitas brutas realizadas na cidade em 2023 foi de mais de R$ 123 milhões, enquanto o <a href="https://cidades.ibge.gov.br/brasil/go/montividiu/panorama" target="_blank">PIB por habitante</a> foi de R$ 115.134,24. No dia 4 de outubro, Montividiu completou 117 anos.&nbsp;</p>

<h2>Paraúna &nbsp;</h2>

<p>Paraúna está localizada na região oeste de Goiás e possui uma área total de 3.779,385 km². A <a href="https://www.parauna.go.gov.br/" target="_blank">economia da cidade</a> é baseada principalmente&nbsp;no cultivo de produtos da lavoura temporária, soja e cereais, bem como criação de bovino, suíno e aves.&nbsp;</p>

<p>Enquanto o total de receitas brutas realizadas&nbsp;na cidade em 2023 foi de mais de R$ 131 milhões, o PIB por habitante atingiu o valor de R$ 141.965,55. A <a href="https://cidades.ibge.gov.br/brasil/go/parauna/panorama" target="_blank">população de Paraúna</a> é de 10.659 habitantes, segundo o último censo de IBGE. O município possui 94 anos de fundação.</p>

<h2>Silvânia&nbsp;</h2>

<p>Localizada no sudeste goiano, Silvânia tem uma área total de 2.349,924 km². A economia da cidade&nbsp;é baseada principalmente na pecuária, agricultura e produção de tijolos. Além disso, a história do município está ligada à <a href="https://silvania.go.gov.br/" target="_blank">exploração de ouro</a>, que começou em 1774, com a descoberta de lavras na região.</p>

<p>Em 2022, a população de Silvânia era de 22.245 pessoas. Enquanto o total de receitas brutas realizadas na cidade em 2023 foi de mais de R$ 125 milhões, o <a href="https://cidades.ibge.gov.br/brasil/go/silvania/panorama" target="_blank">PIB per capita</a> atingiu R$ 62.830,64.</p>

<h2>Chapadão do Céu&nbsp;</h2>

<p>Com uma área total de 2.185,124 km², <a href="https://chapadaodoceu.go.gov.br/" target="_blank">Chapadão do Céu</a> situa-se no sudoeste goiano. A economia da cidade é baseada principalmente na agricultura, com destaque para a produção de algodão, milho, soja e cana-de-açúcar.&nbsp;</p>

<p>Conforme os dados do IBGE, o <a href="https://cidades.ibge.gov.br/brasil/go/chapadao-do-ceu/panorama" target="_blank">PIB por habitante</a> de Chapadão do Céu em 2021 foi R$ 202.715,24. Já o total de receitas brutas realizadas em 2023 foi de mais de R$ 190 milhões. A população da cidade, segundo o censo de 2022, é de 12.870 pessoas.&nbsp;</p>

<h2>Catalão&nbsp;</h2>

<p>Localizada no sudeste goiano, Catalão possui uma área total de 3.826,370 km². A <a href="https://www.catalao.go.gov.br/" target="_blank">agropecuária desempenha um papel importante</a> na economia da cidade, com destaque para a produção de soja, alho,&nbsp;milho,&nbsp;trigo,&nbsp;arroz,&nbsp;feijão,&nbsp;mandioca,&nbsp;café&nbsp;e&nbsp;palmito. Além disso, o município possui rebanhos consideráveis de aves e bovinos.&nbsp;&nbsp;</p>

<p>Segundo o IBGE, a <a href="https://cidades.ibge.gov.br/brasil/go/catalao/panorama" target="_blank">população de Catalão</a> é de 114.427 habitantes. Em 2023, o total de receitas brutas realizadas na cidade foi de mais de R$ 499 milhões. Enquanto isso, o PIB por morador catalano em 2021 foi de R$ 87.685,74.&nbsp;&nbsp;</p>

<h2><span style="font-size: 18px; font-weight: 700; color: rgb(51, 51, 51);">Ipameri</span></h2>

<p>Ipameri está localizada na região sudeste de Goiás e possui uma área total de 4.368,688 km². A <a href="https://ipameri.go.gov.br/" target="_blank">produção agropecuária</a> é uma das principais atividades econômicas da cidade, com destaque para o cultivo de soja, lavouras temporárias, conservação de florestas e extração vegetal, bem como na criação de bovinos, aves e suínos.&nbsp;</p>

<p>Segundo o último censo do IBGE, Ipameri possui 25.548 habitantes. Além disso, seu <a href="https://cidades.ibge.gov.br/brasil/go/ipameri/panorama" target="_blank">PIB per capita</a> atingiu, em 2021, o valor de R$ 88.777,75. Já o total de receitas brutas realizadas na cidade, em 2023, foi de pouco mais de 203 milhões. &nbsp;</p>

<h2>Goiatuba&nbsp;</h2>

<p>A 11ª e última cidade da lista é Goiatuba, que fica no sul goiano e possui 2.475,107 km² de área total. Em 2019, Goiatuba obteve participação de 1,6% no total da <a href="https://goiatuba.go.gov.br/" target="_blank">produção agropecuária estadual</a>, destacando-se como importante produtor de cana-de-açúcar, soja, cereais e cultivo de algodão herbáceo, além da criação de bovinos.&nbsp;</p>

<p>Segundo o <a href="https://cidades.ibge.gov.br/brasil/go/goiatuba/panorama" target="_blank">último censo do IBGE</a>, Goiatuba possui 35.664 habitantes. Além disso, o PIB por morador atingiu, em 2021, R$ 63.235,88. Já o total de receitas brutas realizadas na cidade, em 2023, foi de mais de R$ 207 milhões.&nbsp;</p>

<p>Para acessar a lista do Ministério da Agricultura e Pecuária, <a href="https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/noticias/mapa-divulga-os-100-municipios-mais-ricos-do-agronegocio-em-2023/os-100-municipios.pdf" target="_blank">clique aqui.</a><br />
&nbsp;&nbsp;</p>

<p></p>

CURIOSIDADES

<p>As queimadas afetam áreas de lavouras, incluindo a produção de cana-de-açúcar, de pastagens e áreas de florestas dentro das propriedades. Na agricultura, o primeiro prejuízo é a queima da palhada feita no plantio de direto, pois o fogo queima décadas de trabalho para formar uma área. Se queima o pasto, tem o custo para recompor. A queima de áreas de cana-de-açúcar, por exemplo, resulta na queda na produção de etanol.</p>

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<p>O gerente técnico da Faeg (Federação da Agricultura do Estado de Goiás), Edson Novaes, lembra que o fogo queima todos os nutrientes do solo, o que gera custos para sua recuperação. “Os custos indiretos são de difícil mensuração, pois leva muito tempo para recompor a matéria orgânica”, destaca.</p>

<p>Segundo ele, o estudo de impacto dentro das propriedades rurais mostra que os grandes prejuízos econômicos podem levar anos para serem recuperados. “Como queimou tudo, não tenho mais palhada e precisarei corrigir o solo, fazer curva de nível e gastar mais até com maquinário. Outra consequência deve ser uma queda de produtividade na próxima safra.”</p>

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/manejo-blinda-do-fogo-unidades-de-conservac-o-1.3178024" target="_blank">Manejo 'blinda' do fogo unidades de conservação</a><br />
<a href="https://opopular.com.br/economia/prejuizo-por-queimadas-em-goias-deve-chegar-a-r-1-5-bilh-o-1.3178009" target="_blank">Prejuízo por queimadas em Goiás deve chegar a R$ 1,5 bilhão</a><br />
<a href="https://opopular.com.br/cidades/incendio-no-parque-dos-pirineus-atinge-a-regi-o-dos-tres-picos-entre-pirenopolis-e-cocalzinho-de-goias-1.3177787" target="_blank">Incêndio no Parque dos Pirineus atinge a região dos Três Picos entre Pirenópolis e Cocalzinho de Goiás</a></div>

<p>Durante um encontro do governador Ronaldo Caiado (UB) e secretários de governo com entidades do setor agropecuário para discutir o problema das queimadas e ações para mitigar sua propagação, o presidente da SGPA (Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura), Gilberto Marques, disse que o produtor rural não está preparado para ter sua propriedade afetada por um incêndio que possa comprometer toda a área. Ele lembrou que existem medidas para mitigar isso, como brigadas de incêndios distribuídas em pontos estratégicos, abafadores e sopradores, e os produtores precisam se prevenir.&nbsp;</p>

<p>“Também precisamos de alternativas para diminuir os riscos de sermos surpreendidos com isso, não termos um preparo com as silagens para alimentação dos animais, por exemplo. Temos situações onde o produtor tem todo um planejamento destruído”, alerta Marques. Mas, para ele, o principal problema é a falta de planejamento para enfrentar a perda da vegetação, que é a alimentação para os animais, e ele precisa retirar o gado sem estar preparado.&nbsp;</p>

<p>Neste caso, o produtor tem de alugar uma propriedade e pagar para colocar estes animais para comerem silagem, que numa situação de emergência tem um custo totalmente inviável, numa fase em que a pecuária já se encontra em dificuldade pelo alto custo de produção e baixa remuneração dos preços. “Com a queimada, ele se depara com uma situação que eleva ainda mais os custos.”</p>

<h2><strong>Prejuízo imensurável</strong></h2>

<p>O engenheiro agrônomo Antônio Pasqualetto, pós-doutor em Engenharia Ambiental e professor da PUC Goiás e IFG, lembra que também é preciso considerar os prejuízos indiretos das queimadas, como os causados à saúde da população, que inala material particulado, aumentando o risco de várias doenças e sobrecarregando o sistema de saúde. “Junto com as queimadas, temos a elevação da temperatura e redução da umidade. A cada aumento de uma unidade do material particulado, há aumento de 8% nas internações”, diz.</p>

<p>O professor ressalta que, hoje, os chamados ‘rios voadores’ não estão transportando mais água, mas fumaça e material particulado até o Sul do País, elevando os níveis de poluição. “Quando a queimada acontece nas lavouras por estímulo natural, o Cerrado já se adaptou a esta condição. A descarga elétrica de um raio, por exemplo, antecede a chuva. Este fogo causado por estímulo natural não seria de todo ruim. Mas quando ele é criminoso, há perda agrícola e pecuária, mas também da fertilidade do solo pela queima de matéria orgânica superficial e de microrganismos”, explica.&nbsp;</p>

<p>Quando acontece em áreas não agrícolas, há perda da biodiversidade, o que provoca um grande desequilíbrio na flora e fauna, com a perda de alimentos para as cadeias alimentares, como frutas, sementes e insetos. “A queimada também altera o ciclo hidrológico, pois a dinâmica da água depende de processos de filtração, evaporação, transpiração, condensação e precipitação. Sem árvore, não tem transpiração”, adverte o professor.&nbsp;</p>

<p>Ele explica que o grande número focos de incêndio dificulta a chegada das chuvas, pois o ar mais quente se expande e, se ele demora a saturar, há um atraso das chuvas, que vêm de forma intensa e não bem distribuídas. “Por isso, muitos prejuízos são imensuráveis. Estamos contaminando os alimentos, a água tem qualidade e quantidade comprometida e o ar está ficando pior pra respirar”, alerta.</p>


Perdas com incêndios elevam custos de produção

Produção de leite

<p>Depois de anos bem difíceis para a pecuária de leite, principalmente entre 2021 e 2022, quando muitos pecuaristas abandonaram a atividade e o volume produzido despencou, a produção goiana voltou a crescer no ano passado e começou 2024 com números melhores. Um dos motivos para esta retomada foram as parcerias feitas entre indústrias e produtores, que estão levando consultorias técnica e gerencial para dentro das propriedades rurais. O resultado tem sido aumento da eficiência produtiva e da rentabilidade do produtor.</p>

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<p>A produção na pecuária leiteira goiana despencou 22,6% entre 2021 e 2022, resultado do descompasso entre baixos preços e altos custos em anos anteriores. Esta grande queda fez os preços do produto dispararem no mercado em 2022. Mas, em 2023, a atividade conseguiu fechar o ano com crescimento de 1,38% e encerrou o primeiro trimestre de 2024 com uma expansão de 4,55% em relação ao mesmo período do ano anterior.</p>

<p>Entre produtores que participam de programas de relacionamento com grandes laticínios, o incremento tem sido maior. O Grupo Piracanjuba, que conta com 2.100 produtores fornecedores em Goiás, hoje tem 81 propriedades assistidas por seu programa ProCampo Consultoria no estado. De acordo com a indústria, no ano passado, estes produtores no programa conseguiram incrementar em 11% o volume de leite fornecido para o laticínio. Em todo País, são 343 fazendas assistidas pelo programa Piracanjuba ProCampo, subsidiado pela empresa.</p>

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<p>O diretor de Compra de Leite do Grupo Piracanjuba, Murillo Seco, informa que são quatro pilares estratégicos de ações: projetos, comunicação, produtos e serviços, inovação e capacitação. O incremento do suporte aos produtores contempla melhorias em áreas como qualidade e manejo. “Nosso programa une forças, conhecimento técnico, capacitação e atenção aos detalhes, pois acreditamos que, com essas iniciativas, conseguimos tornar a atividade leiteira mais sustentável, digital e eficiente”, explica.</p>

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<p>O programa, que já existe há dez anos, foi modernizado nos últimos dois anos. “Hoje, estamos presentes nas mídias sociais passando inovação para os produtores”, destaca Seco. Segundo ele, estes pecuaristas são assistidos em toda assistência técnica na propriedade, com foco no aspecto técnico gerencial, visando a sustentabilidade do negócio e se atentando até para a sucessão. “Investimos em treinamentos especializados e atualizações constantes, fornecendo as melhores práticas e ferramentas disponíveis”, explica.</p>

<h2><b>Propriedades</b></h2>

<p>Com melhoria dos processos e adoção de boas práticas, os resultados mais imediatos têm sido o aumento da produtividade, da produção e da lucratividade. São mais de 150 técnicos envolvidos no trabalho, que fazem visitas mensais às propriedades. “Hoje, a compra de leite tem técnicos com foco no comercial, além de um time dedicado à qualidade e ao transporte do produto, responsável pela captação nas propriedades”, conta o diretor da Piracanjuba.</p>

<p>Uma das propriedades parceiras é a Fazenda Topázio, no município goiano de São Miguel do Passa Quatro, que fornece 4,2 mil litros diariamente para a Piracanjuba. O gerente da propriedade, Alan Gomes, informa que a assistência oferecida na parceria com a indústria resulta numa produção de leite com maior volume e qualidade, dentro dos padrões exigidos pelo laticínio. “Investimos muito na produção e qualificação da mão de obra. A ordenha é totalmente robotizada, não exige mão de obra e fica 24 horas tirando leite”, destaca. O robô faz todo trabalho humano, como lavar as tetas e colocar as teteiras, e o leite já cai num recipiente que vai para o tanque.</p>

<p>Segundo Gomes, a parceria contribui para um alto padrão de qualidade e de sustentabilidade na propriedade. Todo resíduo gerado é usado na própria roça de milho para produção de silagem para o gado. Um veterinário visita a propriedade três vezes por mês e controla a reprodução do rebanho, hoje com 105 animais em lactação. Algumas dão até 75 litros por dia. “Fazemos todo um trabalho com as novilhas para que elas produzam tão bem quanto as mães, inclusive com inseminação artificial para obter os melhores cruzamentos. O robô detecta até quando as vacas estão no cio, através de um colar colocado nelas. “Assim a probabilidade de acerto é bem maior”, ressalta.</p>
