Depois de três quedas seguidas, a taxa de desemprego praticamente estabilizou em Goiás, passando de 8,7% no quarto trimestre de 2021 para 8,9% no primeiro trimestre deste ano. A boa notícia é que o Estado iniciou 2022 com uma taxa de desocupação 4 pontos porcentuais menor que registrada no mesmo período do ano passado, quando a população desocupada representava 13,9% do total. Isso mostra o retorno a um ambiente de maior normalidade do mercado de trabalho, a patamares até inferiores aos de antes da pandemia. A taxa de informalidade também teve uma ligeira queda de 41% para 39,8% entre o quarto trimestre de 2021 e os primeiros três meses de 2022, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2022 (PNAD), divulgada ontem pelo IBGE. Para o superintendente do IBGE em Goiás, Edson Roberto Vieira, os números sugerem uma regularização e gradativa volta do mercado de trabalho aos patamares anteriores ao início da pandemia, mesmo que a taxa de desemprego ainda esteja alta.O número de pessoas desocupadas somou 343 mil pessoas no primeiro trimestre, um incremento de 12 mil pessoas em relação ao trimestre anterior, apesar de estar dentro da margem de estabilidade. De acordo com a pesquisa, Goiás possuía 3,9 milhões de pessoas na força de trabalho no primeiro trimestre do ano corrente, um aumento de 79 mil em relação a 2021. A força de trabalho é composta pelos ocupados (incluindo subocupados por insuficiência de horas) e desocupados.Edson lembra que este movimento de maior estabilidade ocorre depois de sucessivas quedas no ano passado, que fizeram a taxa de desemprego no Estado cair de um ápice de 13,9% no primeiro trimestre de 2021 para os atuais 8,9%. Porém, a melhor perspectiva de crescimento econômico e estas mudanças no índice de desocupação ainda não foram suficientes para mudar a dinâmica da economia e do próprio mercado de trabalho. Uma prova disso é que a taxa de subutilização da força de trabalho (pessoas subocupadas por insuficiência de horas, desocupadas, indisponíveis ou desalentadas) ainda estava muito elevada: 15,7%, o equivalente a 631 mil trabalhadores, mais que a população de Aparecida de Goiânia. Além disso, o Rendimento Médio Real Habitual de Todos os Trabalhos no primeiro trimestre foi de R$ 2.477 em Goiás, um valor praticamente estável em relação ao quarto trimestre de 2021 (R$ 2.466) e até menor que no mesmo período de 2021 (R$ 2.538).Leia também:- Por semana, quatro empresas entram com pedido de recuperação judicial em Goiás- Kraft Heinz abre 137 vagas temporárias em Nerópolis para safra do tomate 2022