A tragédia provocada pelas enchentes no Rio Grande do Sul, quando milhares de automóveis, casas e empresas foram cobertos ou arrastados pela água, deve afetar o mercado de seguros em todo País. Só o pagamento de sinistros de automóveis atingidos é estimado em cerca de R$ 2,5 bilhões pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), entidade que representa as empresas do setor. Este grande desembolso deve impactar as seguradoras e elevar os valores dos prêmios e das franquias, além de deixar o consumidor mais cauteloso na hora de fechar um contrato. O desembolso previsto no caixa das seguradoras deve ser grande. A HDI, que protege 14% dos automóveis do estado, terá a maior perda proporcional entre as cinco companhias que detém 65% do mercado do Rio Grande do Sul: o prejuízo é estimado em R$ 530 milhões, um valor alto diante de uma carteira de R$ 2,6 bilhões no País. Já a Tokio Marine, que cobre 16% dos veículos do estado, terá o maior prejuízo em valores absolutos: R$ 616 milhões. Com 13% dos automóveis gaúchos, a Porto Seguro deve pagar R$ 526 milhões em indenizações, mas terá um impacto menor por ter a liderança do mercado nacional, com R$ 7,4 bilhões de prêmios.