O governo federal, por meio da Secretaria de Coordenação e Governança do Patrimônio da União do Ministério da Economia (SPU/ME), vai vender imóveis este ano em Goiás. Inicialmente, foram colocados três terrenos à venda, que serão licitados no próximo mês de fevereiro. Eles estão localizados nos municípios de Goiânia, Rio Quente e Luziânia e estão avaliados em valores que vão de R$ 1 milhão a R$ 15 milhões. O terreno de maior valor (R$ 15,7 milhões) tem 5 mil metros quadrados e está localizado na Avenida 136, Setor Sul, em Goiânia. A concorrência será realizada no dia 18 de fevereiro e a expectativa é de um grande interesse por parte de empresas do mercado imobiliário, por se tratar de uma região muito valorizada, que tem o metro quadrado mais caro da cidade.Os editais, fotos e outros detalhes dos imóveis estão disponíveis no portal VendasGov (imoveis.economia.gov.br). As ofertas também devem ser enviadas eletronicamente pelo mesmo portal. Como o processo é virtual, as ofertas devem ser apresentadas até às 14h59 do dia da sessão pública, que ocorrerá sempre às 15 horas. Quem apresentar a oferta de maior valor vencerá a concorrência. Vale lembrar que para que a proposta seja validada, será necessário anexar o comprovante de pagamento da caução, equivalente a 5% do valor do imóvel, com efetivação na Caixa Econômica Federal, de acordo com o edital. Caso a proposta apresentada não seja a vencedora, a caução será integralmente devolvida. Para registrar ofertas, é necessário possuir cadastro único no portal Gov.br, que possibilita acesso às páginas do governo federal.O superintendente substituto da Superintendência do Patrimônio da União em Goiás, Celso Henrique Ribeiro, ressalta que os terrenos ofertados não possuem edificações construídas. “São imóveis sem nenhum tipo de utilização no momento por órgãos da administração pública”, destaca. Por isso, segundo ele, não há interesse público na manutenção das propriedades por parte da União e do poder público.O superintendente lembra que a União tem gastos para manutenção destes terrenos, como a limpeza, que é responsabilidade do proprietário. Ele informa que outros editais com novas ofertas de imóveis em Goiás devem ser publicados para a venda de outros imóveis em municípios do estado.Celso Ribeiro ressalta que estes primeiros imóveis ofertados, em Goiânia e Rio Quente, têm grande potencial de desenvolvimento urbano. Já o de Luziânia, com 508 mil metros quadrados, é um imóvel rural. “O governo federal tem feito estas vendas em todo o país, arrecadando milhões”, destaca.Projeto IncorporaA Secretaria Especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia iniciou, neste mês de janeiro, o projeto Incorpora Brasil! – Fundos Imobiliários Federais. Em princípio, 237 ativos em todo o país foram selecionados pela Secretaria de Coordenação e Governança do Patrimônio da União (SPU) para serem incorporados aos primeiros fundos imobiliários da União (FIIs).A intenção é criar fundos com vocação similar, como fundos de desenvolvimento e fundos de logística, por exemplo. A partir disso, grandes áreas poderão ser incorporadas para a criação de novos bairros ou para a criação de armazéns logísticos.“Estamos criando uma solução de atacado. Ao invés de vendermos imóvel a imóvel, podemos monetizar por meio de grandes lotes, o que nos garante escala de venda compatível com a oferta que temos”, avalia o secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados, Diogo Mac Cord. Ele ressalta que o projeto tem grande potencial de aquecimento da economia, sob uma ótica privada, uma vez que fomenta a indústria da construção civil.-Imagem (1.2389700)