A vacinação contra aftosa será suspensa a partir de 2023 em Goiás e em mais cinco estados e no Distrito Federal. O anúncio foi feito pelo governo federal na segunda-feira (1°) e gera expectativa de que a produção goiana possa conquistar novos mercados no mundo. A liberação ocorreu depois que foram cumpridas série de ações sanitárias que são desenvolvidas desde 2017 no País. Em entrevista para a imprensa, o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Tiago Mendonça, pontuou que o resultado vem do apoio e da compreensão do produtor rural e da importância conferida para o processo. “Agora, a carne de Goiás vai ser mais valorizada, haverá redução de custo para o produtor e menos estresse para o rebanho”, pontua. Por outro lado, para a conquista de novos mercados e para ampliar a exportação, é preciso que o calendário de imunização ainda seja seguido. “É importantíssima a adesão de todos os pecuaristas para vacinar 100% do rebanho este ano e garantir o benefício da suspensão a partir do ano que vem”, ressaltou o secretário. Além de Goiás, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Tocantins e o Distrito Federal tiveram a suspensão anunciada para o ano que vem. Calendário A campanha de 2022 teve início no último domingo (1º) com a primeira etapa de vacinação compulsória de bovinos e bubalinos. Até o dia 31 de maio, os pecuaristas precisam vacinar rebanhos contra a febre aftosa e a raiva. Diferente de outros anos, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) decidiu pela inversão da estratégia e iniciará pelos animais de zero a 24 meses e não por todo o restante do rebanho.Gerente de sanidade animal da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), Antonio do Amaral Leal explica que a decisão considerou a segurança para não ocorrer uma falta de vacinas. A meta é alcançar pelo menos 90% dos animais com a cobertura, sendo que esse processo precisa ser registrado no sistema. Os animais de outras idades serão vacinados apenas na etapa de novembro.Antonio afirma que a grande meta era chegar à zona livre de febre aftosa sem vacinação, mas a fiscalização será mantida para garantir o status. “É muito importante o controle e erradicação para manutenção e abertura de mercados importadores, o que traz ganhos para a economia do Estado”, destaca.Além da aftosa, há vacinação compulsória contra a raiva dos herbívoros (bovinos, bubalinos, equinos, muares, asininos, caprinos e ovinos) em 121 municípios considerados de alto risco para a doença em Goiás. Neste caso, devem ser imunizados todos os animais com até 12 meses de idade. Leia também: -Começa vacinação de bovinos e bubalinos em Goiás