A tabela de desconto do Imposto de Renda muda em 1º de janeiro de 2026. A atualização ocorre por causa da lei que isenta trabalhadores com renda até R$ 5 mil de pagar o tributo, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 26 de novembro.

A medida beneficia ainda quem ganha entre R$ 5.00,01 e R$ 7.350, que pagará menos imposto, e passa a tributar os mais ricos, que terão alíquota mínima efetiva de 10% de IR. Para regulamentar as regras, a Receita Federal publicou normativa no Diário Oficial da União em 18 de dezembro e atualizou as tabelas no dia 22.

Segundo o fisco, a partir de 1º de janeiro de 2026 haverá uma redução de até R$ 312,89 no imposto sobre a renda, fazendo com que deixe de incidir IR sobre rendimentos tributáveis até R$ 5 mil.

"Para rendimentos de R$ 5.000,01 a R$ 7.350 haverá uma redução do imposto de forma decrescente até zerar por completo a partir de rendimentos iguais ou superiores a R$ 7.350", diz a Receita.

Haverá duas tabelas a serem aplicadas sobre a renda tributável a partir de 1º de janeiro. Uma com as alíquotas atuais que vão de 7,5% a 27,5%, e outra de isenção/redução do imposto para quem ganha até R$ 5.000 e entre R$ 5.00,01 e R$ 7.350.

O fisco atualizou as tabelas mensal e anual. A isenção a que terão direito os trabalhadores terá reflexos na declaração do Imposto de Renda de 2027. No ano que vem, de março a maio, os trabalhadores obrigados a prestar contas devem declarar seus rendimentos referentes ao ano de 2025.

VEJA A TABELA DE ISENÇÃO/REDUÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA 2026

Rendimentos Tributáveis - Redução do Imposto

até R$ 5.000 - até R$ 312,89, de modo que o imposto devido seja zero

de R$ 5.000,01 até R$ 7.350 - R$ 978,62 - (0,133145 x rendimentos tributáveis sujeitos à incidência mensal)

de modo que a redução do imposto seja decrescente linearmente até zerar para rendimentos a partir de R$ 7.350

&nbsp;

VEJA A TABELA DO IMPOSTO DE RENDA A PARTIR DE 1º DE JANEIRO DE 2026

Base de cálculo - Alíquota - Dedução

Até R$ 2.428,80 - - - -

De R$ 2.428,81 até R$ 2.826,65 - 7,5% - R$ 182,16

De R$ 2.826,66 até R$ 3.751,05 - 15,0% - R$ 394,16

De R$ 3.751,06 até R$ 4.664,68 - 22,5% - R$ 675,49

Acima de R$ 4.664,68 - 27,5% - R$ 908,73

&nbsp;

VEJA A TABELA ANUAL DE ISENÇÃO/REDUÇÃO DO IR

A partir do exercício 2027 (ano-calendário 2026)

Rendimentos Tributáveis - Redução do Imposto

até R$ 60.000 - até R$ 2.694,15, de modo que o imposto devido seja zero

de R$ 60.000,01 até R$ 88,2 mil -

R$ 8.429,73 - (0,095575 x rendimentos tributáveis sujeitos ao ajuste anual)

de modo que a redução do imposto seja decrescente linearmente até zerar para rendimentos a partir de R$ 88,2 m

R$ 8.429,73 - (0,095575 x rendimentos tributáveis sujeitos ao ajuste anual)

de modo que a redução do imposto seja decrescente linearmente até zerar para rendimentos a partir de R$ 88,2 mil

VEJA A TABELA ANUAL DO IMPOSTO DE RENDA

A partir do exercício 2027 (ano-calendário 2026)

Base de cálculo - Alíquota - Dedução

Até R$ 28.467,20 - - - -

De R$ 28.467,21 até R$ 33.919,80 - 7,5% - R$ 2.135,04

De R$ 33.919,81 até R$ 45.012,60 - 15,0% - R$ 4.679,03

De R$ 45.012,61 até R$ 55.976,16 - 22,5% - R$ 8.054,97

Acima de R$ 55.976,16 - 27,5% - R$ 10.853,78

&nbsp;

QUEM TEM DIREITO À ISENÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA?

A nova regra de isenção do Imposto de Renda, uma das principais promessas de campanha do presidente Lula, é válida para trabalhadores com carteira assinada, servidores públicos dos estados, municípios e da União, e para rendimentos de aposentadoria e pensão de aposentados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) ou de órgãos públicos.

Para quem é aposentado ou pensionista, há uma isenção extra a partir do mês em que faz aniversário, no valor de R$ 1.903,98, e deve ser aplicada quando houver incidência da outra tabela que não de redução ou isenção do IR.

Há ainda uma dedução mensal de R$ 189,59 por mês com dependente, e o limite mensal do desconto simplificado segue em R$ 607,20. Esse tipo de dedução é aplicada quando for mais vantajosa ao contribuinte.

No ano, há dedução de R$ 2.275,08 por dependente, o limite de gasto com educação é de R$ 3.561,50 para o contribuinte e seus dependentes, e o desconto simplificado fica em R$ 17.640.

DE QUEM É O PROJETO DE ISENÇÃO DE IMPOSTO DE RENDA?

O projeto de lei 1.087 de 2025 é de autoria do governo federal. Promessa de campanha de Lula, foi enviado em março ao Congresso. O relator do PL foi o deputado Arthur Lira (PP-AL), que fez algumas modificações no texto, mas manteve a isenção para quem ganha até R$ 5.000.

A isenção do IR já chegou a estar no plano de governo de outros candidatos em 2018. Ciro Gomes (PDT), Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PL) prometeram a isenção. Bolsonaro foi eleito e, em quatro anos de mandato, não houve nenhuma correção da tabela do IR. Ela ficou congelada.

Veja como fica a nova tabela do Imposto de Renda 2026 com isenção para salário até R$ 5.000

Veja como fica a nova tabela do Imposto de Renda 2026 com isenção para salário até R$ 5 mil

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A votação do projeto que revoga a Taxa de Limpeza Pública (TLP), a taxa do lixo, voltará à estaca zero na Câmara Municipal de Goiânia após a aprovação de uma emenda apresentada pelo vereador Thialu Guiotti (Avante), que passou em placar apertado de 19 votos favoráveis e 14 contrários. A proposta original é de autoria de Lucas Vergílio (MDB).

O projeto havia sido incluído na pauta de votação desta terça-feira (23) após articulação dos vereadores Igor Franco (MDB) e Coronel Urzêda (PL), que reuniram assinaturas para levar a matéria ao plenário. No entanto, no momento em que a proposta foi colocada em votação pela mesa diretora, Thialu apresentou a emenda, que acabou aprovada pela maioria dos vereadores.

Com a aprovação da emenda, o projeto deixa de seguir diretamente para deliberação final e retorna à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A partir disso, a proposta precisará cumprir novamente todo o rito legislativo: análise na CCJ, votação em primeiro turno em plenário, passagem por comissão temática e, posteriormente, votação em segundo turno.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/comiss-o-de-financas-da-camara-de-goiania-aprova-revogac-o-da-taxa-do-lixo-1.3352117" target="_self">Comissão de Finanças da Câmara de Goiânia aprova revogação da taxa do lixo</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/emendas-na-ldo-ainda-ser-o-analisadas-diz-relator-1.3344784" target="_self">Emendas na LDO ainda serão analisadas, diz relator</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/mabel-reforca-veto-e-judicializac-o-da-revogac-o-da-taxa-do-lixo-1.3352369" target="_self">Mabel reforça veto e judicialização da revogação da taxa do lixo</a></div>

A emenda apresentada por Thialu altera a redação do artigo 1º do projeto para condicionar a revogação da TLP à apresentação prévia de estudo detalhado de impacto orçamentário e financeiro e à indicação de medidas de compensação da renúncia de receita, conforme exigem o artigo 113 do ADCT e a Lei de Responsabilidade Fiscal.&nbsp;

Na justificativa, o vereador afirma que a mudança tem caráter “estritamente redacional e saneador, sem alterar o mérito da proposta”, com o objetivo de assegurar a constitucionalidade, a responsabilidade fiscal e a segurança jurídica da norma, evitando questionamentos futuros por órgãos de controle e pelo Judiciário.

Parlamentares da oposição classificaram a medida como uma “manobra” da base do prefeito para atrasar a tramitação da proposta e impedir a revogação imediata da taxa.&nbsp;

A TLP é um dos principais pontos de tensão entre o Paço e a Câmara e tem sido alvo de críticas desde sua criação, no ano passado. O tributo está sendo cobrado em Goiânia desde julho deste ano.

Na semana passada, depois de o projeto ter sido aprovado na Comissão de Finanças, Orçamento e Economia (CFOE), o prefeito Sandro Mabel (UB) reforçou, em entrevista ao POPULAR, que vetará e até judicializar a revogação da taxa do lixo.&nbsp;

“Esse projeto é muito difícil, foi bobeira dos caras da comissão ter deixado passar. Vai colocar todos eles em dificuldade, porque eles podem até votar mas a taxa não vai cair. Nós vamos ter que vetar - e se eles derrubarem o veto nós vamos responsabilizar todos eles. Não tem o que fazer. Eu vou chamar o órgão que fiscaliza isso e dizer: 'Olha, a Câmara revogou.' E vou judicializar. Não tem como tirar a taxa, esquece", disse o prefeito, na ocasião.&nbsp;

<h2>LDO 2026</h2>

O plenário da Câmara Municipal de Goiânia aprovou, nesta terça-feira (23), de forma definitiva e unânime o <a href="https://opopular.com.br/politica/emendas-na-ldo-ainda-ser-o-analisadas-diz-relator-1.3344784" target="_self">projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias</a> (LDO) de 2026, do Executivo. A proposta segue agora para sanção ou veto do prefeito Sandro Mabel (UB).

A LDO passou em menos de um minuto, sem qualquer discussão. O texto aprovado é o referendado na Comissão Mista na última sexta-feira (19), com o voto em separado de Pedro Azulão Jr. (MDB), que reduz o porcentual de remanejamento da Prefeitura de 30% para 23%, após acertos com o líder do governo, Wellington Bessa (DC).

Em seu voto, Azulão acolheu dois pontos do relatório original de Lucas Vergílio (MDB). Do conjunto de 37 emendas sugeridas pelos vereadores, o emedebista confirmou apenas três, que tratam de ajustes específicos da execução orçamentária, de Aava Santiago (PSDB), Kátia Maria (PT) e Oséias Varão (PL).

Também foram mantidas no voto em separado duas emendas da mesa diretora da Câmara, além de proposta do presidente da Comissão Mista, Cabo Senna (PRD).

Nesta semana e na próxima, os vereadores fazem “força-tarefa”, a pedido do próprio prefeito, para concluir as votações das pautas orçamentárias antes do encerramento do ano. O projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2026, também do Executivo, deve ser apreciado pelo plenário somente na semana que vem. A previsão é que isso ocorra antes do Réveillon. O Legislativo só pode entrar em recesso após a aprovação da LOA.

Revogação da taxa do lixo volta à estaca zero após manobra

Política

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Câmara de Goiânia 

IPTU 2026: Prefeitura de Goiânia diz que aumento foi baseado na inflação

O aumento do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) deve ser baseado no índice de inflação, determinou a Prefeitura de Goiânia. Com isso, o imposto pode ser&nbsp;<a href="https://opopular.com.br/economia/iptu-em-goiania-tera-aumento-em-2026-veja-calendario-de-pagamento-1.3352479" target="_self">reajustado em 4,46%</a> e entrar em vigor em 1º de janeiro de 2026. Além disso, segundo a instrução normativa, o percentual também poderá ser aplicado ao Imposto Territorial Urbano (ITU) e ao Imposto sobre Transmissão de Imóveis, Inter Vivos, por Ato Oneroso (ITBI) e outros tributos.

Os novos índices foram determinados por informação publicado no Diário Oficial do Município (DOM), na quarta-feira (17). O documento foi assinado pelo secretário municipal da Fazenda, Valdivino José de Oliveira, neste mês. 
 
De acordo com a Secretaria da Fazenda, o percentual de 4,46% foi calculado conforme a variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). "Todos os créditos fiscais, tributários e não tributários do município de Goiânia, serão atualizados monetariamente nos termos desta instrução normativa, com vigência a partir de 1º de janeiro de 2026", determina o secretário.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/economia/iptu-em-goiania-tera-aumento-em-2026-veja-calendario-de-pagamento-1.3352479" target="_self">IPTU em Goiânia terá aumento em 2026; veja calendário de pagamento</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/mabel-reforca-veto-e-judicializac-o-da-revogac-o-da-taxa-do-lixo-1.3352369" target="_self">Mabel reforça veto e judicialização da revogação da taxa do lixo</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/comiss-o-de-financas-da-camara-de-goiania-aprova-revogac-o-da-taxa-do-lixo-1.3352117" target="_self">Comissão de Finanças da Câmara de Goiânia aprova revogação da taxa do lixo</a></div>

A assessoria de imprensa da secretaria esclareceu que, por enquanto, não foi aprovado o valor de reajuste do IPTU e que a instrução apresenta apenas o índice calculado pelo IPCA. 
 
Contudo, conforme o documento, esse índice deve ser considerado para o aumento da cobrança. No documento, a gestão considerou o acumulado inflacionário do período de dezembro de 2024 a novembro de 2025. 
 
Vale ressaltar que o IPCA mede oficialmente a inflação no Brasil e serve como referência para a correção anual de tributos de todas as esferas de governo.

Parcelamento do IPTU em 2026

A prefeitura informa que o pagamento do IPTU pode ser parcelado em até 11 vezes, com a primeira parcela vencendo em 20 de fevereiro de 2026 — mesmo dia do pagamento único (veja o calendário de pagamentos abaixo).

No entanto, para o parcelamento, é preciso que cada parcela do IPTU ou ITU seja igual ou superior a R$ 48,01.

Calendário do IPTU e ITU para 2026

Única ou 1ª parcela — 20/02/2026 
2ª — 20/03/2026 
3ª — 20/04/2026 
4ª — 20/05/2026 
5ª — 22/06/2026 
6ª — 20/07/2026 
7ª — 20/08/2026 
8ª — 21/09/2026 
9ª — 20/10/2026 
10ª — 23/11/2026 
11ª — 21/12/2026

<div attr-cid="policy:1.3352872" attr-version="policy:1.3352872:1766415127" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3352872" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3352872', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3352872">IPTU 2026: Prefeitura de Goiânia diz que aumento foi baseado na inflação (1.3352872)</a></div>

Impostos 

O governo de Goiás sinaliza que não recuará da <a href="https://opopular.com.br/politica/sede-da-caixa-e-area-do-joquei-na-mira-do-estado-1.3289136" target="_blank">compra do prédio</a> que abriga a superintendência regional da Caixa Econômica Federal, na Avenida Anhanguera, em Goiânia, mesmo diante da recomendação do Ministério Público Estadual (MP-GO), expedida na última sexta-feira (12), pela suspensão da aquisição do imóvel. A principal justificativa apontada nos bastidores é de que “não há inconsistências” no processo de compra e de remanejamento de recursos da Saúde.

O ato, feito pela promotora Leila Maria de Oliveira, da 50ª Promotoria de Justiça, aponta fragilidades na instrução do processo administrativo para compra do prédio da Caixa, especialmente quanto à demonstração do interesse público específico, à análise de vantajosidade econômico-financeira, à avaliação do imóvel e à justificativa da escolha do prédio em detrimento de outras alternativas, como locação ou uso de imóveis públicos já disponíveis.

A promotora questiona também a origem dos recursos para a aquisição. Conforme o documento, lei estadual publicada em 8 de dezembro autorizou a abertura de crédito especial de R$ 128,7 milhões, sendo que R$ 82,4 milhões seriam provenientes de anulação de dotações do Fundo Estadual de Saúde. Segundo o MP-GO, essa anulação não teria contado com a autorização do pleno do Conselho Estadual de Saúde.

Questionada pelo POPULAR sobre o remanejamento dos recursos da Saúde, a Secretaria Estadual da Economia reforçou, em nota, que o cancelamento das dotações “não traz qualquer prejuízo às ações, metas ou serviços da Secretaria da Saúde” e disse que as previsões orçamentárias são “estimativas para o exercício e não se confundem com o financiamento efetivo das políticas públicas que permanece assegurado integralmente”.

“A compra será de R$ 102 milhões, parcelada entre 2025 e 2026. O crédito especial inclui também o aporte de R$ 26,78 milhões ao FEF/Propag, obrigatório para adesão ao novo regime fiscal e sem relação com recursos da saúde. Trata-se de uma operação técnica, que evita a expansão do orçamento, moderniza a gestão patrimonial e gera economia permanente, sem impacto para os serviços prestados à população”, informou a nota enviada pela Economia.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/estado-remaneja-verba-da-saude-para-a-compra-do-predio-da-caixa-em-goiania-1.3345264" target="_blank">Estado remaneja verba da Saúde para a compra do prédio da Caixa em Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/centro-de-convenc-es-ira-integrar-novo-polo-administrativo-em-goiania-1.3326447" target="_blank">Centro de Convenções irá integrar novo polo administrativo em Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/sede-da-caixa-e-area-do-joquei-na-mira-do-estado-1.3289136" target="_blank">Sede da Caixa e área do Jóquei na mira do Estado</a></div>

Auxiliares do governo estadual afirmam que a utilização de recursos vinculados à saúde na abertura de crédito para a compra do prédio da Caixa se justifica pelo fato de que a Secretaria Estadual da Saúde deverá ocupar a maior parte do imóvel. A destinação do edifício não será exclusiva, mas terá uso compartilhado entre a Saúde e a Secretaria Estadual da Administração (Sead). A previsão é de que a Saúde ocupe espaço de quase 800 m², para 110 servidores.

Ainda conforme os auxiliares, sob reserva, a eventual realocação de recursos não configura impedimento para a aquisição do imóvel, caso seja comprovada a regularidade do procedimento. Afirmaram também que o governo pretende prestar todos os esclarecimentos solicitados pelo MP-GO dentro do prazo estabelecido na recomendação. Contudo, a expectativa é de que a compra do prédio não seja concluída ainda neste ano, uma vez que o processo precisa passar por outras etapas administrativas.

Apontamentos

Na recomendação, o MP-GO destaca que recursos vinculados à Saúde possuem destinação constitucional específica e que sua utilização para finalidades administrativas só pode ocorrer mediante autorização legal expressa, além do cumprimento das normas de direito financeiro. O documento ressalta ainda o caráter obrigatório da aplicação mínima de 12% da receita estadual em ações e serviços públicos de saúde.

Entre as medidas recomendadas, a promotora orienta que o governo suspenda qualquer ato relacionado à aquisição do imóvel até que as inconsistências apontadas sejam sanadas, que comprove documentalmente a fonte dos recursos e que se abstenha de utilizar verbas vinculadas à saúde para a compra de imóvel sem relação direta com a execução dessas ações. Os secretários Alan Faria Tavares (Administração), Fracisco Sérvulo Nogueira (Economia) e Rasíve dos Reis (Saúde) têm prazo de 15 dias para apresentar resposta à recomendação.

O POPULAR revelou em julho que o governo estadual trabalha para estruturar um novo centro administrativo em Goiânia por meio da aquisição do prédio que abriga a Caixa e a construção de duas torres no estacionamento do antigo Jóquei Clube. As negociações foram iniciadas no ano passado, com estimativa inicial de custo em torno de R$ 500 milhões, mas o conjunto poderia chegar a R$ 1 bilhão.

O prédio da Caixa pertence à Fundação dos Economiários Federais (Funcef), entidade privada de previdência de empregados do banco e terceiro maior fundo de pensão do País. O imóvel na Anhanguera tem 15 andares, 2 pavimentos de subsolo e 1 mezanino e, de acordo com o projeto do governo, “atenderá, prioritariamente, órgãos com limitações estruturais e operacionais”, como a Superintendência de Proteção aos Direitos do Consumidor (Procon), além das secretarias de Administração, Economia e Saúde.

No início deste mês, houve avanço no processo de compra do imóvel por meio do projeto que abre crédito especial à Secretaria Estadual de Administração (Sead) para efetivar a aquisição. Como mostrou o POPULAR, segundo o texto, o valor total do imóvel será de R$ 102 milhões, sendo R$ 82,4 milhões do cancelamento de verbas do Fundo Estadual de Saúde (FES) e outros R$ 19,5 milhões do Fundo Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (FEDC).

Os cancelamentos orçamentários ocorrem em sete dotações do FES com as ações mais afetadas referentes à “assistência hospitalar e ambulatorial”. Entre elas, estão as contrapartidas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que totalizam anulação de R$ 15,051 milhões, enquanto o atendimento ambulatorial e produção de hemocomponentes terão remanejamento de R$ 14,347 milhões.

As mudanças em relação ao orçamento estimado também alteram o destino de R$ 9,067 milhões dedicados à atendimento nas unidades geridas pela SES. A maior fatia para a compra do prédio da Caixa, de R$ 38,460 milhões, tem origem em recursos inicialmente indicados para a construção e estruturação do Complexo Oncológico de Referência (Cora).

Governo de Goiás não deve recuar em compra do prédio da Caixa

Centro administrativo

A Netflix confirmou, nesta sexta-feira (5), a compra dos estúdios de TV e cinema e a divisão de streaming da Warner Bros Discovery por US$ 82,7 bilhões (R$ 437,86 bilhões). O acordo põe um dos ativos mais antigos e valiosos de Hollywood nas mãos da pioneira do streaming, após uma revolução no setor de mídia.

Após uma série de fusões nos últimos anos, o conglomerado da Warner inclui, além da Discovery, os negócios da HBO, como o streaming HBO Max.

A transação consolida o domínio da Netflix sobre a indústria cinematográfica americana, ao adicionar ao portfólio do gigante do streaming uma cobiçada biblioteca de conteúdo que inclui as franquias Harry Potter e Batman, o negócio de streaming da Warner e a programação premium da HBO.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/economia/camara-aprova-taxac-o-do-streaming-o-que-pode-mudar-para-o-consumidor-1.3332619" target="_self">Câmara aprova taxação do streaming; o que pode mudar para o consumidor?</a> 
<a href="https://opopular.com.br/magazine/tarifa-de-trump-sobre-filmes-rodados-fora-dos-eua-pode-afetar-mercado-brasileiro-1.3260383" target="_self">Tarifa de Trump sobre filmes rodados fora dos EUA pode afetar mercado brasileiro&nbsp;</a> 
<a href="https://opopular.com.br/magazine/video-de-sosia-goiano-do-ayrton-senna-assistindo-serie-sobre-piloto-viraliza-1.3214120" target="_self">Vídeo de sósia goiano do Ayrton Senna assistindo série sobre piloto viraliza</a> 
&nbsp;</div>

Uma disputa lance a lance que durou várias semanas precedeu o negócio. A Netflix assumiu a liderança com uma oferta de quase US$ 28 por ação que dissuadiu a concorrente Paramount Skydance, cuja maior oferta foi US$ 24 por papel, incluindo também os produtos de TV a cabo da Warner Bros.

Os acionistas da Warner receberão US$ 23,25 em dinheiro mais o equivalente a US$ 4,50 em ações da Netflix por ação do conglomerado de Holywood. A transação soma US$ 72 bilhões e chega a US$ 82,7 bilhões quando se inclui as dívidas da Warner.

A transação foi aprovada por unanimidade pelos conselhos da Netflix e da Warner mas precisa ser aprovada pelos acionistas da Warner e passar pelo escrutínio regulatório. O negócio deve ser concluído em 12 a 18 meses, segundo informaram as empresas.

O atual CEO da Warner, David Zaslav, continuará no comando da empresa, que manterá operação independente na produção e distribuição de filmes.

Netflix compra divisões da Warner Bros Discovery, dona do HBO Max, por US$ 83 bi