As motocicletas estão ocupando mais espaço nas garagens dos brasileiros, após as vendas registrarem recorde histórico em outubro. Somente no mês passado, foram emplacadas 1.891 motos em Goiás, um crescimento de 26,5% em relação ao mesmo período de 2024, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

No Brasil, foram 209.768 emplacamentos em outubro, alta de 25,82% na comparação com o mesmo mês de 2024. Considerando os dez primeiros meses do ano, foram mais de 1,8 milhão de motos emplacadas no País, 15,64% mais que no mesmo período do ano passado.

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Diante disso, a indústria de motocicletas fechou outubro com o melhor desempenho de produção do ano. De acordo com dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), 188.820 unidades saíram das linhas de montagem do Polo Industrial de Manaus (PIM), uma alta de 21,8% em relação ao mesmo mês de 2024.

No acumulado de 2025, a produção somou 1.684.989 motocicletas, um crescimento de 14% em relação ao mesmo período do ano passado e o melhor resultado dos últimos 14 anos. A Honda CG 160 foi a moto mais vendida, seguida pela Honda Biz e pela Honda Pop 110i.

O presidente da Abraciclo, Marcos Bento, diz que as montadoras associadas vêm mantendo um ritmo acelerado de produção para atender ao expressivo crescimento da demanda. “A motocicleta está cada vez mais presente em todas as regiões do País, consolidando-se como um meio de transporte essencial para a mobilidade urbana e um importante vetor da economia brasileira”, destaca Marcos. Confiante no mercado, a Honda anunciou investimentos de R$ 1,6 bilhão para lançar novos modelos e ampliar a capacidade de produção em sua fábrica no polo industrial de Manaus (AM). De lá, saem sete a cada dez motos vendidas no País.

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Entre os motivos do aumento nas vendas, estão a busca do consumidor por mais economia na hora de abastecer, diante da alta nos preços dos combustíveis, e a maior demanda por parte de entregadores de serviços delivery. A Fenabrave avalia que as motos viraram o segundo veículo de muitas famílias brasileiras, que passaram a deixar mais o carro na garagem por economia. Por isso, a estimativa do setor é que, neste ano de 2025, a venda de motos novas deve superar a de carros zero quilômetro no Brasil pela primeira vez em décadas.

De janeiro a outubro, a diferença entre as duas categorias já superava 200 mil unidades. A demanda por motos e por automóveis usados foi impulsionada pelo alto valor do carro zero nos últimos anos. Com a extinção dos modelos populares, como o Gol e o Uno, a renda média dos brasileiros se distanciou do valor do carro novo.

Esta alta nos preços dos carros foi motivada pela introdução de novas tecnologias, pela escalada do custo de produção e pelo foco das montadoras nos lançamentos de modelos maiores, principalmente os utilitários esportivos (SUVs), mais confortáveis e rentáveis. Previsões da indústria apontam que as vendas de motos devem terminar 2025 com um recorde de 2,1 milhões de unidades.

Mudança

Há 13 anos, quando havia filas de espera nas concessionárias, os carros de passeio eram o dobro do número de motos vendidas, mesmo custando mais. Agora, a estimativa é de que sejam vendidas cerca de 100 mil motos a mais do que carros.

O empresário Edson Aires, proprietário da Moto Aires, diz que o crescimento médio das vendas é de 20% sobre ano passado. “O mercado consumidor é muito grande e as fábricas não estavam produzindo na quantidade que o mercado precisa”, avalia. Por isso, a Honda começou a aumentar a produção, de 1,4 milhão de motos anuais. Em 2026, a estimativa é deve chegar a 1,5 milhão de unidades para atender o mercado nacional.

Aires afirma que a moto se torna uma opção cada vez melhor em função de preço mais acessível. “O Brasil todo está assim. Tudo que se produz, vende. A tendência é que o mercado continue crescendo”, prevê. Segundo o empresário, o alto preço dos carros também tem contribuído para isso, pois a renda na região ainda é mais baixa e a diferença em relação ao preço do carro é muito grande. “A moto mais vendida custa R$ 20 mil, enquanto o carro mais barato é R$ 80 mil”, destaca.

Ele diz que as vendas por consórcio, que tem uma prestação que cabe no bolso do trabalhador, têm crescido muito. “A pessoa dá um lance de R$ 5 mil e já pega a moto”, completa. Apesar dos juros dos financiamentos estarem altos, por conta da taxa Selic, Aires afirma que os bancos estão com um maior apetite para liberar crédito, o que tem contribuído para as vendas. “Muita gente está comprando moto para deixar mais o carro na garagem e economizar com combustível”, ressalta.

Charles Duraes, gerente geral da concessionária Cical Honda, também acredita que o preço dos carros tem ajudado a impulsionar o mercado de veículos de duas rodas. Além disso, a demanda por motos para o trabalho de delivery e para locadoras, cresceu muito. “Tem muita gente comprando para locar para outra pessoa trabalhar com entregas”, destaca. O crescimento médio é de 15% sobre o ano passado.

Duraes diz que o volume de financiamentos caiu e muitos clientes estão preferindo comprar à vista para fugir dos juros, a partir de 2,99% ao mês. “Muita gente está comprando moto para deixar o carro mais em casa e reduzir custos. Com a economia com combustível, a pessoa paga a prestação e, depois de terminar de pagar, a moto ainda fica para ela”, explica.

Para Walter de Araújo, gerente da Planeta Motos, a alta da taxa Selic tem prejudicado as vendas, cuja maioria depende de financiamento. Por isso, as vendas ainda estão abaixo do esperado. O valor de uma moto de R$ 20 mil, quando financiada, sobe para R$ 48 mil em 48 vezes. “Antes, com os juros mais baixos, você pagava entre R$ 35 mil ou R$ 36 mil, dependendo do score do comprador”.

Venda de motos bate recorde histórico

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Matéria - Economia

Consumo

Black Friday já impacta vendas de novembro

A Black Friday de 2025 está marcada para o dia 28 de novembro, mas já está movimentando os setores de comércio e serviços da capital. Como acontece todos os anos, desde o início de novembro, as empresas anunciam descontos de até 70% em vários tipos de produtos e serviços e conseguem atrair o consumidor que prefere se antecipar. Neste ano, os empresários garantem que aumentaram o número de artigos em promoção e que, por isso, o faturamento deve ser bem maior que no mesmo período do ano passado.

A data deve movimentar R$ 13,6 bilhões, com 17,2 milhões de pedidos e ticket médio de R$ 808,00, segundo levantamento da Spark com base em dados do Google e Offerwise. Goiás deve responder por cerca de 3% deste volume, ou seja, R$ 400 milhões. Uma pesquisa feita pela Serasa, em parceria com o Instituto Opinion Box, mostrou que o consumidor está mais cauteloso, mas continua motivado a comprar e o preço é o principal fator de decisão.

O comércio online tem sido o meio preferido para as compras e o cartão de crédito parcelado deve ser a forma de pagamento mais utilizada. Entre os itens mais desejados estão produtos de tecnologia e eletrodomésticos. A pesquisa também revelou que 6 em cada 10 consumidores pesquisam preços para garantir o melhor negócio e que os descontos são a principal motivação para comprar.

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A expectativa da rede Novo Mundo, um dos principais players do Centro-Oeste, é de um salto de 75% nas vendas sobre a Black Friday do ano passado, neste mês de novembro. José Guimarães, presidente do Conselho da Novo Mundo, informa que todas as categorias de produtos estarão com descontos relevantes e condições de pagamento estendidas no crediário e no cartão próprio da rede. O quarto trimestre responde por quase metade da receita anual da empresa e a Black Friday é considerada estratégica para sustentar resultados.

Guimarães informa que a grande expectativa acontece porque a Novo Mundo está se reposicionando no mercado e inaugura três novas lojas neste mês: em Goiatuba, Jaraguá e Planaltina. A previsão é abrir 24 lojas em 2026. “Do dia 1º de novembro até o dia 10, nossas vendas já cresceram mais de 60% com a antecipação da Black Friday”, destaca. Para isso, a empresa elevou limites de crédito para alguns clientes em 30% e fez parcerias com fornecedores, como Eletrolux, para que consumidores tenham um cash back de R$ 300 na compra de alguns produtos.

O executivo informa que os descontos chegam a 70% em produtos de mostruário e de exposição em todas as linhas e alguns são lotes negociados com a indústria com excelentes descontos. “No mês da Black, as vendas crescem entre 30% a 40% em relação aos demais meses, o que acontece praticamente em uma semana. É uma oportunidade para comprar antes do Natal com bons descontos”, alerta.

As promoções de Black Friday também já são tradicionais na clínica de estética Royal Face. Neste ano, os descontos chegam a 60% em todos os procedimentos mais procurados. A gerente comercial da clínica, Gisele Martins, garante que este porcentual de desconto é inédito e engloba procedimentos queridinhos dos clientes, como o bioestimulador de colágeno, fios de sustentação, botox e preenchedores.

O pagamento pode ser feito com o carnê da beleza, em até 24 vezes, ou pelo cartão de crédito, em até 12 vezes sem juros. Segundo a gerente, o movimento costuma dobrar neste período. “É nossa principal promoção do ano. Por isso, em novembro, os atendimentos serão estendidos até 19 horas, sem intervalo para almoço, e a equipe é reforçada”, ressalta Gisele. Segundo ela, a estimativa é que as vendas cresçam 40% sobre o ano passado. Entre os procedimentos com desconto, estão o bioestimulador Sculptra, de R$ 2.790 por R$ 1.950, e o botox Power 3 regiões, de R$ 1.190,00 por R$ 599,00.

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<h2>Vendas aquecidas</h2>

Sócio proprietário da loja de produtos de vestuário, calçados e artigos country em geral, Texas Center, Kaio Cesar Pires conta que sua Black Friday começou ainda em outubro, com o esquenta da promoção Black Texas. Segundo ele, os descontos chegam aos 50% e mais 7% para os pagamentos via Pix e, neste ano, artigos nacionais e importados foram incluídos na ação. No dia 28, os descontos devem chegar aos 70%. As ofertas são válidas na loja física e no e-commerce.

Nos domingos (dias 23 e 30), a loja ficará aberta das 9 às 14 horas por conta da ação. Segundo o empresário, a estimativa é de um aumento de 50% sobre o faturamento obtido na Black Friday do ano passado, quando os produtos incluídos na promoção tinham um tíquete médio mais baixo. “Neste ano, teremos produtos exclusivos, de alto valor agregado. Estamos confiantes nesta data. Será uma oportunidade para antecipar as compras de fim de ano, como presentes.” A loja conta com lanchonete, barbearia e brinquedoteca.

O Boticário iniciou a Beauty November, uma ação que consolida o mês de novembro como o mais relevante para o varejo de beleza no País. A campanha traz descontos de até 70% em mais de 500 itens e tem o conceito Central de Carrinhos Abandonados, motivada por um hábito comum de compra online: montar carrinhos virtuais e deixá-los para depois. Agora, a marca apresenta a melhor oportunidade do ano para que os consumidores encontrem seus produtos preferidos e experimentem novas combinações com os melhores preços.

“Criamos uma campanha para conectar com a expectativa de negócio da data mais importante do varejo, somada a descontos competitivos em produtos das marcas queridinhas dos consumidores, em todas as categorias”, explica Carolina Carrasco, diretora de Comunicação de Branding do Boticário. Os produtos participantes estarão disponíveis até 30 de novembro, com destaque para aqueles identificados com o selo de Menor Preço do Ano, que garante o valor mais competitivo.

A Black Friday da Flávio’s Calçados acontece durante todo este mês de novembro. Ludmila André, gerente de Marketing da Flávio’s Calçados, conta que a cada semana a rede traz um bloco de ofertas novas para os clientes, que englobam todo mix de produtos. “Viemos trabalhando durante todo mês e, para a semana da Black, teremos ofertas imperdíveis para atrair os clientes com descontos de mais de 50%”, diz.

Ela lembra que a promoção em 2024 já resultou num bom volume de vendas e, nesse ano, a expectativa é crescer 30% sobre o mesmo período do ano passado, pois o mês já está bastante aquecido. “Muita gente aproveita para adiantar a compra de presentes para as festas de final do ano. A Black é um termômetro para o final do ano e já sinaliza como será o desempenho das vendas no Natal”, afirma a gerente.

A Black Friday, que cresce a cada ano, busca responder ao comportamento do consumidor, à concorrência e às necessidades do caixa das empresas. O consultor e mentor de negócios Israel Rodrigues explica que a antecipação não é apenas uma ação promocional, mas uma decisão estratégica.

“As empresas entenderam que o consumidor está pesquisando e comprando antes da data. Quem se antecipa, ganha visibilidade, melhora o fluxo de caixa e dilui os resultados ao longo do mês, em vez de concentrar tudo em um único dia”, afirma.

Antecipar as ofertas permite que as empresas planejem a comunicação com mais antecedência, façam ajustes de estoque e negociem com fornecedores. Na gestão financeira, isso pode significar alívio de caixa, maior giro e até redução de custos logísticos.

Promoções

Goiás tem se destacado economicamente, o comércio tem reagido de forma positiva e, para o Natal, a melhor data do ano para os lojistas, não será diferente. A projeção é do gerente de negócios da CDL Goiânia, Wanderson Lima. Mas ele alerta que o empresário precisa ficar atento aos preços e preparar seu estoque e o atendimento físico e online. “O consumidor tem feito muita pesquisa de preço. Com a inflação e os juros muito altos, alguns estão com pouco dinheiro no bolso e vão optar por descontos melhores, procurando produtos que caibam no orçamento e pagando à vista para evitar parcelas.”

Segundo Lima, também é preciso ter cautela nas vendas, pois a inadimplência tem aumentado e essas pessoas, possivelmente, não vão querer comprar a prazo, por não terem crédito, ou vão querer comprar mesmo estando inadimplentes. “É nesse momento que o empresário tem que ficar atento para fazer uma boa análise de crédito e consultar o CPF ou o CNPJ, independente do segmento”, adverte.

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O gerente da CDL Goiânia lembra que o Natal impacta quase todos os segmentos do varejo, principalmente de brinquedos e presentes, como roupas e calçados, e até alguns segmentos do setor de serviços. Por isso, é preciso estar em todos os canais para não perder nenhuma venda, montar kits de produtos e colocar aqueles produtos de destaque de prateleira ou de vitrine para atrair o consumidor para dentro da loja. “Com isso, ele aumenta as vendas e o faturamento, fecha o ano no positivo e começa 2026 com o pé direito”, destaca.

Melhor data no comércio requer cautela com dívidas

Vendas de Natal

A Emisa Incorporadora construirá o prédio residencial mais alto de Anápolis, de alto padrão, e que terá um rooftop completo, com 30 andares e uma vista de 360 graus do horizonte. Juliano Pereira dos Santos, diretor da Emisa e vice-presidente do Sinduscon Anápolis, informa que o Ares Jundiaí foi lançado no último mês de agosto e mais de 60% das unidades foram vendidas ainda no lançamento. O empreendimento abrigará 232 unidades, de 2 e 3 quartos com suíte, com o metro quadrado por cerca de R$ 10 mil.&nbsp;

As obras começam em março de 2026 e a entrega está prevista para setembro de 2029. Santos lembra que o Plano Diretor de Anápolis é muito restrito para verticalidade, mas que a empresa conseguiu uma área que possibilitou, na equação dos recuos, obter este nível de verticalização. “Era uma área onde iríamos implantar duas torres, mas o cliente final preferiu uma verticalidade mais alta para deixar o empreendimento com uma melhor vista do bairro Jundiaí e do Parque Ipiranga”, destaca.

Segundo ele, pesquisas mostraram o encantamento do cliente de poder ver a cidade do alto, principalmente aqueles que valorizam a visão do nascer e do pôr do sol. O rooftoop contará com uma área de lazer, onde o morador cliente poderá usufruir desta vista. “A cidade tem um crescimento populacional e os novos moradores escolhem o bairro Jundiaí, que oferece a melhor qualidade de vida e mais valorização da cidade”, justifica.

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<h2>Saúde</h2>

O Gran Life, o primeiro empreendimento de uso misto da cidade especializado na área da saúde, é também a maior obra imobiliária privada de Anápolis, tanto em tamanho, quanto em volume de investimentos: 58 mil metros quadrados e R$ 253 milhões investidos pelo grupo empreendedor, formado pela ABL Prime e a Trinus. Todo o concreto utilizado na obra seria suficiente para erguer três prédios de 20 andares ou para encher quase nove piscinas olímpicas.

Leonardo Affra, engenheiro e gestor de contrato da ABL Prime, informa que o complexo mixed use é focado em cinco tipologias: 156 apartamentos residenciais, 252 salas comerciais, um parque com estacionamento rotativo com 600 vagas, um shopping e um hospital. “Ele nasceu de um estudo feito com a parceria Sírio Libanês, que identificou esta demanda para atender Anápolis e 54 municípios na região.”&nbsp;

São 20 pavimentos que abrigam o residencial e o estacionamento. O prédio está entre os mais altos de Anápolis e fica bem no centro da cidade. Nas unidades residenciais, muitos dos compradores são investidores que têm foco no short stay, ou locação de curta temporada. Leonardo Affra informa que o residencial, as salas comerciais e o estacionamento foram entregues no último mês de setembro. Já o shopping será entregue no primeiro semestre de 2026 e o hospital em 2027.&nbsp;

Todas as salas comerciais foram comercializadas e uma reserva técnica será vendida após a entrega do hospital ou de acordo com a necessidade que faça sentido para as vendas. Já as unidades residenciais foram 65% comercializadas a cerca de R$ 9 mil o metro quadrado. “Tivemos uma supervalorização de 128% desde o lançamento no residencial e de 178% no comercial. Anápolis está num centro estratégico, entre Brasília e Goiânia, e tem o segundo maior PIB do estado. Trazemos para Anápolis uma nova era, agregando moradia, trabalho, lazer e saúde”.&nbsp;

<h3>Mais opções</h3>

Para o presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO), Felipe Melazzo, quem compra para morar ou para investir em imóveis passou a ter boas opções de investimento também em seus próprios municípios ou em regiões vizinhas, com empreendimentos de alto padrão que antes só existiam na capital.&nbsp;

Segundo ele, estes investimentos se concentram em algumas cidades polo, como Rio Verde, Jataí e Itumbiara, municípios com boa população, bom desenvolvimento econômico, bom poder aquisitivo e infraestrutura bem resolvida, como saneamento básico, energia elétrica e esgoto. “Os habitantes destas cidades têm este desejo de ter mais perto deles o que só tinha na capital, por isso eles investiam em Goiânia. Agora, também já existe este tipo de produto por lá”, ressalta Melazzo.

Para ele, o grande indutor desta movimentação econômica é a força do agronegócio goiano, formado não apenas pela agropecuária e plantio de grãos, mas também por agroindústrias processadoras destas matérias-primas. O resultado deste potencial é que os imóveis nestas regiões têm conseguido bons preços de mercado e boa valorização, muitas vezes parecidos com Goiânia.&nbsp;

O presidente da Ademi-GO lembra que o regramento exigido pelo Corpo de Bombeiros de Goiânia é o mesmo no interior para garantir a segurança destes prédios mais altos, acima de 120 metros, já considerados arranha-céus. Entre as exigências, estão equipamentos de combate de incêndio nas áreas privativas, escadas pressurizadas, reduto no meio do prédio hermeticamente fechado e pressurizado.&nbsp;

“É uma tendência que chegou a estas cidades mais fortes do interior e outras passarão também a ver este movimento”, prevê Felipe Melazzo. Mas em alguns municípios, diz, ainda são necessárias discussões em relação às regras dos planos diretores, por exemplo.

Prédio de 30 andares é lançado em Anápolis

Imóveis

Emendas parlamentares

É grave e inaceitável a denúncia que vem sendo divulgada pela imprensa goiana: o pagamento de até 15% do valor das emendas impositivas de vereadores de Goiânia para o orçamento municipal. Tal prática fere frontalmente o princípio da legalidade e afronta a própria hierarquia das normas jurídicas. 
A Lei Federal nº 13.019/2014 e o Decreto Federal nº 8.726/2016, que disciplinam as parcerias entre a administração pública e as entidades privadas sem fins lucrativos, estabelecem de forma expressa que o valor máximo da taxa de administração ou custo operacional não pode ultrapassar 5%. Nada além disso é legítimo. Portanto, qualquer cobrança acima desse teto é ilegal e imoral. O Município de Goiânia, ao permitir a retenção de 15%, extrapola o que a lei autoriza e compromete a credibilidade das políticas públicas financiadas pelas emendas. Mais grave ainda é o silêncio do Ministério Público de Goiás e do Tribunal de Contas dos Municípios, que deveriam exercer vigilância rigorosa sobre cada centavo oriundo do erário. A omissão de tais instituições fragiliza o sistema de controle e estimula a banalização do desvio de finalidade. É dever constitucional do controle externo zelar pela moralidade administrativa e impedir que a lei federal seja violada por normas ou práticas locais. Além disso, cabe recordar que o Congresso Nacional, ao admitir o limite de 5%, também se distancia do interesse público. Emendas parlamentares são instrumentos de aplicação direta e transparente de recursos, que não justificam taxas administrativas vultosas. O dinheiro público não pode se converter em prêmio de gestão, mas em serviço concreto ao cidadão. Como bem enfatizou o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal, “o controle e a prestação de contas são pilares de qualquer democracia que se respeite”. É tempo de Goiânia, de Goiás e do Brasil honrarem esse princípio, pondo fim a práticas que desonram a República. 
O povo goianiense e nós goianos merecemos respeito, e o dinheiro público, zelo. Que o Ministério Público, o Tribunal de Contas e os próprios vereadores reencontrem o caminho da legalidade e da ética. A sociedade já não tolera mais o silêncio cúmplice.

Rubens Vieira da Silva 
Silvânia-GO

Combustíveis&nbsp;

Neste ano o governo anunciou duas reduções no preço dos combustíveis. Onde foram parar essas reduções, alguém viu? Será que realmente tem crédito o anúncio do governo? Ou será que os donos dos postos não quiseram&nbsp; 
repassar ao consumidor final?&nbsp; 
Os órgãos fiscalizadores fazem de conta que fiscalizam e os donos dos postos fazem de conta que são fiscalizados, e o consumidor paga a conta. O que falar do alinhamento dos preços? Ou talvez os donos dos postos sejam as vítimas dos consumidores.&nbsp;

Valentin Moreira Da Silva Jr. 
Setor Aeroporto – Goiânia&nbsp;