A presidente do Movimento Todos Pela Educação, Priscila Cruz, lembra que os dados do Pisa refletem os resultados que já apareceram nas avaliações nacionais, como o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Priscila afirma que, sem resolver os desafios de formação e valorização de professores, o País não vai avançar.“O principal fator de sucesso do aluno é a qualidade do professor”, diz. “Enquanto tivermos essa condição de baixa atratividade docente, sem conseguir formar profissionais na área específica e com qualidade, não temos a menor condição de melhorar”,argumenta.Para o educador Mozart Neves Ramos, do Instituto Ayrton Senna, é preocupante a distância do Brasil com a média da OCDE. São quase 90 pontos, o que equivale a cerca de três anos de escolaridade. “Isso sem falar de quem aparece no topo, estamos falando da média mesmo”.A OCDE agrupa 34 países (maioria ricos) e o restante realiza a avaliação como convidado. Na edição de 2012, Xangai liderava o ranking nas três áreas. A partir de 2015, o desempenho da província passou a ser considerado em conjunto com Pequim, capital, Jiangsu e Guangdong.O Pisa 2015 avaliou mais de 540 mil alunos, amostra considerada representativa de 28 milhões de jovens na faixa etária de 15 anos. No Brasil, fizeram o teste cerca de 23 mil estudantes de 841 escolas. A maior parte (78%) no ensino médio. A prova avalia redes pública e privada, mas 74% daqueles que fizeram a prova está na rede estadual.