-Imagem (1.1022174)A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) anunciou o pagamento de R$ 100 milhões para as Organizações Sociais (OSs) que gerem unidades hospitalares no Estado. Os valores são referentes aos meses de outubro e novembro. O pagamento de metade, conforme a SES-GO, foi feito ontem, dia em que o POPULAR publicou matéria sobre o atraso do repasse de R$ 131 milhões para as 16 unidades geridas por OS. A ordem de pagamento para os outros R$ 50 milhões será efetuada na próxima segunda-feira, 26. Segundo a assessoria de imprensa, o secretário Leonardo Vilela viajava, e por isso não pôde atender a reportagem. Sobre os R$ 31,6 milhões remanescentes, a assessoria justificou que o valor de R$ 131 milhões é o teto, e não significa que deve ser integralmente repassado. O secretário havia dito ontem que é normal a demora de dois meses para realizar o repasse, já que o órgão precisa auditar as notas fiscais e observar o que deve ser pago. Desta forma, a assessoria afirmou que os R$ 31,6 milhões ainda estão sendo conferidos, para que se observe se o serviço foi de fato prestado. Se faltar algum valor a ser repassado, o pagamento será feito referente ao mês de dezembro.A informação sobre o repasse foi divulgada ontem em nota no site da secretaria. Texto explicava que o anúncio foi feito por Leonardo Vilela na quinta-feira em evento interno da secretaria, com servidores e integrantes das OSs, ocasião em que foi feita uma retrospectiva do ano do órgão. O valor anunciado pelo secretário será distribuído para as 16 unidades geridas por OSs conforme a prestação de serviço de cada uma. Em evento, diz a nota, o secretário ainda disse que com o esforço das organizações sociais, nenhum serviço nos hospitais foi fechado. Como mostrado na edição de ontem, algumas unidades passavam por problemas gerados pela falta de repasse. Um laboratório que prestava serviço ao Hospital de Doenças Tropicais (HDT) rescindiu contrato no dia 30 de novembro por falta de pagamento na data definida. Um outro laboratório assumiu o serviço no último dia 16. Apesar dos problemas, o secretário avaliou como positiva a implantação de OSs na Saúde e reiterou que é normal a demora para a realização de repasses. “Essa é a média do Brasil. Estamos fazendo em 60 dias”, disse Vilela. A SES afirmou que não existe nenhum serviço parado nos hospitais estaduais. Em entrevista publicada ontem, o secretário ainda disse que as OSs têm que cumprir os objetivos previstos, e que como irão fazer “é problema delas”. “Quero que o serviço seja feito. Isso que me interessa”, afirmou.