O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) propôs, nesta quarta-feira (13), uma ação civil pública contra o Estado de Goiás e a Agência Goiana de Infraestrutura e Transporte (Goinfra), antiga Agetop, para que seja retomado o serviço que faz a travessia das pessoas no leito do Rio das Almas, no município de São Luís do Norte, localizado a 236 km de Goiânia, entre as cidades de Ceres e de Uruaçu. O caso veio à tona após uma matéria do jornal POPULAR no dia 1° de fevereiro mostrar a condição de isolamento e a dificuldade de acesso da população da região.A autoria da ação é dos promotores Afonso Antônio Gonçalves Filho e Alessandra Gonçalves. Eles pedem que, além do transporte, feito por balsa ou outro tipo de embarcação, o Estado tome conta da manutenção dos equipamentos. Os problemas começaram quando a balsa Júlia, que atravessa o Rio das Almas, foi interditada pela Marinha do Brasil por falta de manutenção. A empresa responsável por cuidar do veículo deixou o trabalho por falta de repasses por parte do Estado.A travessia de balsa é o melhor caminho para quem sai do distrito via GO-338. Com sua interdição, a população tem de dar uma volta de cerca de 100 km para ir ao trabalho, à escola e fazer suas atividades normais. O percurso, utilizando a balsa, é de apenas 12 km.À época da interdição, a Goinfra informou que iria tentar viabilizar a retomada do serviço. (Maria Jessyca é estagiária do GJC em convênio com a Fasam)