Após a confirmação do surto do vírus H1N1 e a morte de dois pacientes da Vila São Cottolengo, em Trindade, na Região Metropolitana de Goiânia, por complicações causadas pela doença, as doações para a casa caíram em 70%. O levantamento é da Central de Doações da instituição.Atualmente, a Vila é mantida exclusivamente pelas doações e, com a queda, a preocupação é que o funcionamento da casa comece a ser prejudicado pela falta de material e pagamento aos funcionários. Hoje, 312 pacientes com deficiências intelectuais e motoras residem na entidade e necessitam de cuidados integrais e diários. Outros 2.400 são atendidos diariamente.De acordo com a instituição, o momento de perdas também é marcado pelo preconceito e pelo medo. No entanto, a presidente da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) da casa, Lidiane Figueiredo, esclarece que não há motivo para receio. "A situação está sob controle e os pacientes com a confirmação da doença estão com bom estado de saúde”, afirma. Por enquanto, as visitas estão suspensas.Em entrevista ao POPULAR, o infectologista do Hospital de Doenças Tropicais (HDT), Boaventura Braz de Queiroz, informou que para contrair o vírus é preciso contato direto com o paciente sintomático. “Claro que existe esse receio, justificado pelo medo e pavor social, mas apenas ir ao local entregar doações não significa que a pessoa esteja exposta ao vírus” explicou.Segundo a assessoria de imprensa, três pacientes que ainda apresentam os sintomas da gripe estão sendo tratados em isolamento.De acordo com Boaventura, quem tiver receio de ir ao local entregar as doações pode tomar cuidados básicos, como fazer a higienização das mãos com álcool gel após manter contato com superfícies como maçanetas e corrimãos. Ele destaca ainda que o vírus só sobrevive em ambientes não higienizados.Mesmo trabalhando para esclarecer à população de que é seguro ir ao local entregar as doações, a Vila São Cottolengo se dispõe a buscar os donativos ou dinheiro. Basta entrar em contato pelo telefone (62) 3506-9230 e registrar a solicitação.CampanhaPara conter a queda do número de doações, colaboradores criaram a campanha #TodosPelaVila. "A Vila sempre lutou contra preconceitos e enfrentou todas as dificuldades existentes para cuidar dos pacientes. É muito importante que as pessoas ajudem a dar continuidade nesse trabalho tão importante", pontua Fernando Mota, colaborador da instituição.A entidade esclarece que precisa de doações em dinheiro para pagar o salário dos funcionários, comprar medicamentos e a alimentação especial para alguns pacientes, no entanto, também carece de materiais básicos para pleno funcionamento, tais como:Higiene PessoalFralda descartável adulto tamanho "G"Desodorante antitranspirante aerosolPapel higiênicoShampooCreme sem enxagueCreme dental infantilAlimentosSuco líquido 500ml (Maracujá, Tamarindo, Uva, Manga, Goiaba, Acerola e Caju)Café moídoMucilon multicereaisLeite condensadoFarinha lácteaMucilon de milhoFarinha de aveiaLeite longa vida integralFermento químicoAdoçante Líquido com sucralose 80MLAdoçante Culinário com sucralose 400GAmido de milho (Maizena)Refrigerante (nero açúcar e Normal)Doce (goiabada)OvosLimpeza e descartáveisDetergente neutroFibra verde limpeza pesada 260 x 102 mmEsponja para vasilhasSaco de Lixo preto de 200 litros reforçadoSaco alvejado 100% algodão para limpar chão 63cmx48cmÁgua sanitáriaGuardanapo de papelColher descartávelCopo descartável 200mlMarmitexCanudo plástico dobrávelPapel toalha Quem for à Vila entregar sua colaboração será direcionado para Central de Doações, local que, segundo informações da assessoria de imprensa, encontra-se separado das unidades de visitação e, portanto, não oferece contato com pacientes. Outra opção é deixar a doação na portaria principal.MortesDesde o começo do ano, nove pacientes já morreram na Vila São Cottolengo. Dois deles tiveram diagnóstico confirmado do vírus. A assessoria de imprensa informou que, na segunda-feira (19), um dos pacientes internados no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) recebeu alta médica e já retornou para a unidade. No momento, ele está na área de isolamento, com outros dois pacientes com resultado positivo para o vírus.Outras duas pessoas estão internados no Hugo, mas só uma delas com diagnóstico positivo para a doença. Há ainda outro paciente internado no Hospital de Doenças Tropicais (HDT), porém, segundo a assessoria de imprensa da Vila, seu exame deu negativo para H1N1. A Secretaria de Saúde de Goiás informou que já começou a imunizar os internos e servidores da Vila São Cottolengo para conter o surto de H1N1. A vacina usada é a mesma que foi aplicada no ano passado. A imunização segue até quinta-feira (22) e deve atingir cerca de mil pessoas.#mc_embed_signup{background:#fff; clear:left; font:14px Helvetica,Arial,sans-serif; } /* Add your own MailChimp form style overrides in your site stylesheet or in this style block. We recommend moving this block and the preceding CSS link to the HEAD of your HTML file. */