O número de mulheres que denunciam o médium João de Deus por abuso sexual chegou a 330 nesta quinta-feira (13), de acordo com fontes do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO). Com a demanda crescente, a força-tarefa que apura o caso deve ganhar reforços de novos promotores.Grande parte das possíveis vítimas entrou em contato com o Ministério Público por meio do canal criado exclusivamente para essa finalidade, o e-mail denuncias@mpgo.mp.br. São mulheres de vários Estados do Brasil e até do exterior, que estão sendo orientadas a procurarem o MP do local moram, que ficará responsável pela coleta de depoimentos. Em seguida, as provas serão enviadas para força-tarefa em Goiás.&nbsp;<a href="https://www.opopular.com.br/editorias/cidades/jo%C3%A3o-de-deus-tem-pris%C3%A3o-preventiva-decretada-em-goi%C3%A1s-1.1684501" target="_blank">&gt;&gt; Atualização: João de Deus tem prisão preventiva decretada em Goiás!</a>As vítimas brasileiras se identificaram como sendo de Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Pernambuco, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Pará e Santa Catarina.&nbsp;Além do e-mail, as pessoas que se sentiram abusadas pelo líder espiritual podem procurar o MP-GO pelos telefones (62) 3243-8051 e 8052 ou presencialmente.&nbsp; A força-tarefa conta com cinco promotores e duas psicólogas da equipe do MP. O grupo é composto pelo promotor de Justiça Steve Gonçalves Vasconcelos, que está em substituição na Promotoria de Abadiânia, onde os fatos teriam acontecido e onde tramitarão eventuais ações penais; o coordenador e o coordenador adjunto do Centro de Apoio Operacional (CAO) Criminal do MP, Luciano Miranda Meireles e Paulo Eduardo Penna Prado; a coordenadora do CAO dos Direitos Humanos, Patrícia Otoni, e a promotora Gabriella de Queiroz Clementino, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). As psicólogas são as servidoras Liliane Domingos Martins e Lícia Nery Fonseca. O procurador-geral de Justiça do Estado de Goiás, Benedito Torres, também encaminhou no dia 11 um ofício-circular aos procuradores-gerais de Justiça dos MPs Estaduais e do Distrito Federal solicitando que sejam designadas unidades de atendimento para coleta de depoimentos de possíveis vítimas do médium.&nbsp;

Chega a 330 o número de mulheres que denunciam João de Deus no MP de Goiás

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João de Deus&nbsp;foi condenado a mais 48 anos e 6 meses de prisão por crimes sexuais em Goiás, nesta sexta-feira (3), segundo o Tribunal de Justiça do Estado de Goias (TJGO). No processo referente a crimes cometidos entre os anos 2015 e 2016 contra cinco pessoas ele deve indenizar as vítimas em R$ 60 mil. Ele segue em prisão domiciliar determinada pelo tribunal, em substituição à prisão preventiva decretada pela comarca de Abadiânia.As sentenças emitidas nesta quarta-feira são do juiz Marcos Boechat Lopes Filho, titular da comarca de Abadiânia. A reportagem,&nbsp;o advogado Anderson van gualberto de Mendonca, que representa João Teixeira de Faria, disse que a defesa irá recorrer da sentença quando for formalmente intimada (veja a nota na íntegra).Além disso, criticou a sustentação das condenações e disse que elas "vem sendo sustentadas por conta do apelo midiático que esteve presente durante toda instrução processual o que inevitavelmente criou estigma contra o Médium João".No total, faltam apenas seis processos referentes ao ex-médium para serem julgados na comarca de Abadiânia. O médium já havia sido condenado em outros processos por violação sexual mediante fraude, estupro de vulnerável e posse ilegal e irregular de armas de fogo.Leia também:&nbsp;<a href="https://opopular.com.br/noticias/cidades/assembleia-aprova-cadastro-de-investigados-por-crimes-sexuais-em-goi%C3%A1s-1.2575734" target="_blank">-&nbsp;Assembleia aprova cadastro de investigados por crimes sexuais em Goiás</a><a href="https://opopular.com.br/noticias/cidades/justi%C3%A7a-de-goi%C3%A1s-condena-jo%C3%A3o-de-deus-a-mais-109-anos-de-pris%C3%A3o-1.2574638" target="_blank">-&nbsp;Justiça de Goiás condena João de Deus a mais 109 anos de prisão</a><a href="https://opopular.com.br/noticias/cidades/mp-entende-que-casamento-comprova-que-jo%C3%A3o-de-deus-tem-condi%C3%A7%C3%B5es-de-ir-para-a-pris%C3%A3o-1.2449872" target="_blank">&nbsp;-&nbsp;MP entende que casamento comprova que João de Deus tem condições de ir para a prisão</a>Entenda a condenação desta sexta-feira (3):Segundo o Tribunal de Justiça de Goiás, João Teixeira foi&nbsp;condenado pela prática de crimes de violação sexual mediante fraude e de estupro de vulnerável&nbsp;contra cinco vítimas em um único processo.Com a decisão, João de Deus&nbsp;deve indenizar as vítimas em R$ 60 mil,&nbsp;sem que prejuízo de que elas busquem indenizações em ações próprias.Veja todas as demais condenações do médium:- por crimes sexuais contra 13 vítimas, em três processos distintos; pena de 109 anos e 11 meses,&nbsp;em dezembro de 2022;- por violação sexual mediante fraude, 4 anos prisão,&nbsp;em janeiro de 2022;- por posse ilegal de arma de fogo, pena de 4 anos em regime semiaberto,&nbsp;novembro de 2019;- por crimes sexuais cometidos contra quatro mulheres, condenado a 19 anos em regime fechado,&nbsp;em dezembro de 2019;- por crimes sexuais cometidos contra cinco mulheres, sentenciado a 40 anos em regime fechado,&nbsp;em janeiro de 2020;- por violação sexual mediante fraude, a dois anos e meio de reclusão, que podem ser cumpridos em regime aberto,&nbsp;em maio de 2021;- por estupro e estupro de vulnerável contra quatro mulheres, a 44 anos de prisão.Prisão do médiumNo dia 7 de dezembro de 2018, mulheres começaram a denunciar que foram abusadas sexualmente pelo réu durante atendimentos espirituais na casa Dom Inácio de Loyola. João de Deus foi preso inicialmente no dia 16 de dezembro em 2018.Em março de 2020, ele passou para o regime de prisão domiciliar. Porém, no dia 26 de agosto de 2021, o idoso voltou para o presídio. No mês seguinte, ele voltou ao regime domiciliar, em Anápolis, onde segue até esta quarta-feira (7).Nota da defesa de João de Deus na íntegra:"Quando formos formalmente intimados da sentença iremos recorrer.Reforçaremos junto TJGO e demais instâncias pela necessidade de se aplicar corretagem legislação vigente à época dos fatos que isentam completamente o meu cliente de qualquer responsabilidade criminal.Infelizmente as condenações vem sendo sustentadas por conta do apelo midiático que esteve presente durante toda instrução processual o que inevitavelmente criou estigma contra o Médium João."

João de Deus é condenado a 48 anos de prisão e deve indenizar vítimas de crimes sexuais em R$ 60 mil

João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus, poderá voltar a cumprir pena domiciliar. Aos 80 anos, o médium preso em 2018 já foi condenado e havia iniciado o cumprimento das penas no complexo prisional, mas em março desde ano foi beneficiado com o cumprimento da pena em casa, acompanhado por monitoramento eletrônico. O Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) confirmou a decisão, mas informou que o processo corre em segredo judicial.&nbsp;Os advogados do médium informaram em nota que o TJ-GO acatou os argumentos da defesa e concedeu habeas corpus para João Teixeira de Faria. Entre os argumentos apresentados pelos advogados Anderson Van Gualberto de Mendonça e Marcos Maciel Lara, estão as doenças crônicas do preso, que são atestadas pela junta médica do próprio TJ-GO.Os advogados ainda reforçaram que João de Deus tem mais de 80 anos, “além da ausência da ocorrência de novos crimes e a falta de contemporaneidade da prisão decretada com os fatos sob investigação.” Os defensores ainda reforçaram que o médium está comprometido com o atendimento das decisões judiciais e que repudia “a exposição cruel e desarrazoada da sua imagem, sempre em contexto de espetáculo público.”Relembre<a href="https://www.opopular.com.br/noticias/cidades/jo%C3%A3o-de-deus-volta-para-cadeia-por-risco-para-v%C3%ADtimas-argumenta-juiz-1.2309213">No dia 26 de agosto, depois de passar quase um ano e meio em prisão domiciliar, João Teixeira de Faria voltou para o Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia</a> por força de decisão judicial assinada pelo juiz de Abadiânia, Marcos Boechat Lopes Filho, que acatou o pedido do Ministério Público para colocá-lo de volta em regime fechado porque a liberdade neste momento poderia prejudicar a ação. Dois dias depois, em 28 de agosto, <a href="https://www.opopular.com.br/noticias/cidades/justi%C3%A7a-de-goi%C3%A1s-mant%C3%A9m-em-regime-fechado-a-pris%C3%A3o-de-jo%C3%A3o-de-deus-1.2310267">ele passou por audiência de custódia</a> e a Justiça manteve sua prisão em regime fechado.&nbsp;Na decisão, o magistrado diz que o réu poderia implicar “em séria e real probabilidade de reiteração na prática de crimes diversos com a intenção de intimidar vítimas e testemunhas, demonstrando igualmente a presença do risco à ordem pública”. Ainda na decisão, o juiz critica a expressão “prisão domiciliar”, dizendo que esta modalidade de pena não é prisão e que mesmo com uso de monitoramento eletrônico por tornozeleira, há, inegavelmente, certa restrição de liberdade do acusado, mas a medida não é eficaz para afastar a sensação de insegurança jurídica e social às vítimas para que possam prestar depoimentos sem medo.O juiz ainda acrescentou no texto que, em prisão domiciliar, o condenado poderia por si ou por alguém a seu mando, entrar em contato pessoal ou virtual com as vítimas, testemunhas ou outras pessoas para intimidá-las, ameaçá-las ou atentar contra a vida das mesmas.

João de Deus volta para prisão domiciliar depois de 19 dias no regime fechado

O médium João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus, de 78 anos, teve sua primeira absolvição desde o início das acusações de crimes diversos, em dezembro de 2018. Neste caso, ele e mais três pessoas respondiam pela prática de falsidade ideológica, mas depois do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) ter determinado o trancamento da ação penal contra Edna Ferreira Gomes, ex-assessora de imprensa de João de Deus em fevereiro do ano passado, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Nefi Cordeito rejeitou o Agravo de Instrumento interposto pelo Ministério Público do Estado de Goiás e manteve o trancamento. Assim, o processo é encerrado. &nbsp;O advogado de Edna Gomes, Demóstenes Torres explica que a decisão favorável à sua cliente se estende aos outros acusados no processo. Além de Edna e João de Deus, João José Elias e Reginaldo Gomes do Nascimento eram acusados de terem acompanhado uma suposta vítima de João de Deus até um cartório de Abadiânia e obrigado a mulher a fazer declarações falsas em favor do médium. Esse documento teria sido “forjado” para que pudesse ser apresentado como prova de inocência nos casos de abuso sexual. A mulher em questão era conhecida do médium, frequentava a casa vendendo pedras preciosas, além de fazer excursões de cidades brasileiras para Abadiânia.Demóstenes destaca que esse tipo de declaração que foi apresentada como forjada pelo Ministério Púbico não produz efeitos judiciais, seja ela falsa ou verdadeira, por não gerar efeito junto aos promotores e juízes. Ele defende, no entanto, que a declaração em questão seja verdadeira. “Fato é que os tribunais não entendem que seja crime prestar esse tipo de declaração porque ela não tem efeito, para valer, estas declarações precisariam ter sido feitas em juízo. Neste processo foram falhas sucessivas que terminaram com o trancamento, que era o que a gente esperava.”Quando sugeriu o trancamento, o desembargador do TJ-GO Luiz Cláudio Veiga Braga, que era o relator, entendeu que o documento não oferecia potencial lesivo ao processo e que a pessoa que assinou a declaração não havia sido denunciada. O entendimento do magistrado era de que o crime de falsidade ideológica necessitaria uma ação pessoal, o que não foi observado no caso. Ele sugeriu o encerramento e outros três desembargadores seguiram seu voto: Carmecy Rosa Maria Alves de Oliveira, Edison Miguel da Silva Júnior e João Waldeck Félix de Sousa. O desembargador Leandro Crispim foi contrário e por 4 x 1 votos a favor de Edna, a ação foi trancada.O Ministério Público de Goiás apresentou ação de agravo de instrumento ainda no ano passado, mas o ministro Nefi Cordeiro, do STJ, o rejeitou. A decisão do ministro foi dada em 17 de dezembro, mas só foi publicado no começo deste mês, mas por correr em segredo de justiça, os detalhes da decisão não podem ser divulgados.João de Deus segue em prisão domiciliar, em Anápolis, desde março do ano passado, por conta da pandemia do coronavírus (Sars-CoV-2). João de Deus é acusado ainda, por corrupção de testemunha e coação e posse ilegal de armas de fogo e de munição, além dos crimes sexuais. Mais de 300 mulheres já o denunciaram e ele já foi condenado a mais de 60 anos de prisão por alguns destes crimes.<div attr-cid="policy:1.1763380" attr-version="policy:1.1763380" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.1763380" data-onecms-type="image" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.1763380', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.1763380">Imagem (1.1763380)</a></div>

João de Deus tem primeira absolvição

Localizada no Japão, a família de Hitomi Akamatsu, de 43 anos, nomeou esta semana um procurador para encaminhar o processo de cremação do seu corpo que se encontra no Instituto Médico Legal (IML), de Anápolis. A mulher, que vivia há dois anos em Abadiânia, estava desaparecida desde o dia 10 deste mês e seu <a href="https://www.opopular.com.br/noticias/cidades/an%C3%A1polis/pc-encontra-corpo-em-abadi%C3%A2nia-que-pode-ser-de-japonesa-desaparecida-1.2152263">corpo foi encontrado</a> no dia 16, próximo a uma cachoeira dentro da área que pertence à Casa Dom Inácio de Loyola, centro conduzido pelo médium João Teixeira de Faria, o João de Deus. Um jovem de 18 anos foi <a href="https://www.opopular.com.br/noticias/cidades/justi%C3%A7a-mant%C3%A9m-pris%C3%A3o-de-suspeito-pela-morte-de-japonesa-em-abadi%C3%A2nia-1.2153013">preso</a> e confessou ter estuprado e assassinado Hitomi Akamatsu.O inquérito do caso foi concluído pela delegada da Polícia Civil Isabella Joy, de Abadiânia, e encaminhado ao Judiciário. Rafael Lima Costa, que inicialmente afirmou ter enforcado Hitomi depois de ela reagir a um assalto, mudou seu depoimento e confessou o estupro. Laudo pericial revelou que a causa da morte foi traumatismo craniano provocado por uma pancada. O jovem, que teve a prisão em flagrante convertida para preventiva, foi indiciado por latrocínio, estupro e ocultação de cadáver.Chefe da unidade da Superintendência da Polícia Técnico Cientifica em Anápolis, Renata Batista disse que o procurador nomeado pela família de Hitomi já esteve no IML para pegar a documentação necessária para a cremação. “É um processo que pode demorar até duas semanas. É preciso tirar a declaração de óbito, fazer o registro da certidão e entrar com o processo judicial. A liberação do corpo depende de um juiz”, explica. Conforme Renata Batista, os procedimentos que dependiam da Polícia Técnico Científica foram concluídos.RadiaçãoO desaparecimento de Hitomi foi registrado na Delegacia da Polícia Civil de Abadiânia por um amigo, um argentino que também vive na cidade. Ele contou que a japonesa chegou a Abadiânia há cerca de dois para se curar de sequelas da exposição à radiação do acidente nuclear da usina de Fukushima, em 2011. Em março daquele ano o noroeste da costa do Japão sofreu um terremoto de 8,9 graus de magnitude que provocou um tsunami e, em seguida explosões e o vazamento radioativo. Hitomi teria adquirido câncer de pele em função da radiação.O amigo, que pediu anonimato, disse que Hitomi evoluiu após o tratamento na Casa Dom Inácio. “Ela chegou aqui praticamente sem poder se mexer e foi melhorando muito. Ela continuava em Abadiânia porque ainda estava em tratamento.” De acordo com o argentino, Hitomi era professora no Japão, doutora em Psicologia.Embora sem domínio do português, a japonesa era conhecida nas imediações da Casa Dom Inácio por ser tranquila, discreta e educada. A oriental teve também uma trajetória marcada por experiências paranormais. De acordo com o Jornal de Brasília, em 2013 a japonesa estrelou o documentário Hitomi and the God Particle (Hitomi e a Partícula de Deus), que narra sua jornada no Havaí para desenvolver a capacidade de ver lugares ou vivenciar experiências à distância, por meio de habilidades paranormais. O amigo argentino confirmou o fato.