O formato do curso Cozinha e Voz chamou a atenção e projetos similares estão sendo disseminados pelo país para públicos diversos através da OIT. São Paulo e Goiás beneficiou a comunidade trans, mas na Bahia o alvo são jovens negros carentes da comunidade Calabar, em Salvador. Em Campo Grande (MS), mulheres vítimas de violência doméstica e que cumprem pena no regime semiaberto começaram o curso esta semana. Rio de Janeiro e Pará também estão no calendário. Beth Fernandes, da Astral, está tentando, junto ao MPT em Goiás, a realização de curso semelhante voltado para mulheres que fazem programas nas ruas, mas ainda não obteve resposta. Diretor da OIT no Brasil, Martin Hahn lembrou em São Paulo durante a formatura da segunda turma, que a organização tem “como mandato a promoção do trabalho decente, que é o trabalho em condições de igualdade, liberdade e dignidade humana”. Hahn ainda ressaltou que a OIT, como agência da ONU, está ligada à Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável, que tem a missão de não deixar ninguém para trás. “Isso nos dá uma responsabilidade fundamental de lutar contra todos os preconceitos que excluem grande parte da população dos direitos fundamentais, como o direito de ser”, comentou o diretor da OIT.