O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) deve oferecer nova denúncia contra João Teixeira de Faria, de 77 anos, o João de Deus, nesta quarta-feira (23). Detido desde o último dia 16 de dezembro no Núcleo de Custódia, em Aparecida de Goiânia, o médium foi ouvido pela terceira vez pelo órgão na manhã desta terça-feira (22). Assim como na última vez, o depoimento foi coletado dentro do Sistema Prisional e teria durado cerca de uma hora.Especial João de Deus: conheça a história do médium suspeito de abusar sexualmente de mulheres em GoiásOs promotores Gabriela Queiroz e Paulo Penna, do MP, foram até o Sistema Prisional e permaneceram no local por aproximadamente uma hora. Os questionamentos realizados se referem a cinco casos, incluindo uma vítima de Goiás. Para contrapor as informações, os promotores fizeram a leitura dos depoimentos das vítimas e João de Deus negou todas as acusações, como das outras vezes.O interrogatório foi acompanhado por dois advogados de defesa e assim como os promotores deixaram o Complexo Prisional sem falar com a imprensa.2ª denúnciaNa semana passada a força-tarefa do MP-GO ofereceu a segunda denúncia contra o médium. A representação engloba 13 casos, mas o médium irá responder somente por cinco, já que os outros oito prescreveram. No entanto, eles foram utilizados para dar sustentação na nova imputação. Nesta denúncia, dos cinco casos, quatro são por estupro de vulnerável, sendo um continuado, e teriam ocorrido em atendimentos individuais. O quinto caso foi por violação sexual mediante fraude e teria acontecido em um acolhimento coletivo. Quatro vítimas são de Goiás e uma de São Paulo, sendo a mais nova com 19 e a mais velha com 47 anos, atualmente. Os promotores explicaram ainda que cada crime possui um tempo de prescrição e no caso de o suspeito ter mais de 70 anos cai pela metade, João de Deus se enquadra neste quesito.No final de dezembro do ano passado, o MP-GO protocolou uma denúncia contra o médium pelos crimes de violação sexual mediante fraude e estupro de vulnerável. Os casos aconteceram contra quatro mulheres entre os meses de abril e outubro de 2018. Algumas são de outros Estados.Os promotores também afirmam que novas denúncias podem ser feitas de qualquer lugar do mundo, por meio do e-mail denuncias@mpgo.mp.br. Os relatos podem ser colhidos pelos MPs http://e-mail denuncias@mpgo.mp.brde cada localidade.