Atualizada às 17h14Morreu neste sábado (22) em Goiânia, aos 70 anos, o médico e escritor Celso Costa Ferreira. Ele sofreu um infarto no início da semana e estava internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Santa Helena. Durante 14 anos o psiquiatra, reconhecido pelo bom humor, foi cronista do jornal O POPULAR. Em maio deste ano ele lançou o primeiro livro Pousada Mandala da Paz, Bicho no qual reuniu crônicas e contos publicados na coluna Crônicas &amp; Outras Histórias. Celso Costa não teve tempo de lançar duas outras obras, que estavam prontas.&nbsp;"A doença mental é muito fascinante..., mas ela nos suga quando estamos cansados ou nos nossos momentos difíceis da vida. É preciso que nos cuidemos muito bem, fato que médicos têm dificuldade de fazer", escreveu a amiga de longa data e também médica psiquiatra Valéria Ávilla. Em nota, a Associação Médica de Goiás informou que Celso Costa Ferreira "era conhecido no meio por sua expertise e dedicação à medicina".&nbsp; &nbsp;O psiquiatra deixa a mulher Rosarita, dois filhos e duas netas. Seu corpo será velado a partir das 19 horas deste sábado (22) no Cemitério Jardim das Palmeiras onde será sepultado domingo (23), às 10 horas.A Associação Médica de Goiás publicou nota de pesar nas redes sociais.&nbsp;<iframe allow="encrypted-media" allowtransparency="true" frameborder="0" height="478" scrolling="no" src="https://www.facebook.com/plugins/post.php?href=https%3A%2F%2Fwww.facebook.com%2Famgoias%2Fposts%2F2061661483913486&amp;width=500" style="border:none;overflow:hidden" width="500"></iframe>

Psiquiatra e escritor Celso Costa Ferreira morre aos 70 anos

Cidades

Cidades - título

Assine - Offers Target - 2

Matéria - Cidades

<img attr-cid="policy:1.3195186" attr-version="policy:1.3195186:1730738301" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3195186/Proporção para foto do site (87).png?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Ex-vereador de Iporá e médico Sérgio Gomes da Silva morreu aos 71 anos (Reprodução/Redes sociais)

O ex-vereador de Iporá e médico Sérgio Gomes da Silva morreu, neste domingo (3), aos 71 anos, em Goiânia. Ele lutava contra um câncer no pâncreas, segundo a Prefeitura de Iporá.&nbsp;

<a href="http://opopular.com.br/canal" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp&nbsp;</a>

O médico estava internado no Instituto Ortopédico de Goiânia (IOG), mas não resistiu a doença e morreu durante a noite.&nbsp;

Sérgio era oftalmologista, produtor rural e atuou como vereador na Câmara Municipal de Iporá de 1989 a 1992. Ele era irmão do médico Ézio Gomes, ex-prefeito de Iporá (1980-1982) e ex-deputado estadual de Goiás (1991-1995). O médico deixa esposa, dois filhos e quatro netos.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/magazine/cantor-e-ator-agnaldo-rayol-morre-aos-86-anos-1.3195088" target="_blank">Cantor e ator Agnaldo Rayol morre aos 86 anos</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/ex-secretario-de-edealina-morre-apos-bater-carro-contra-caminh-o-e-trator-video-1.3194644" target="_blank">Ex-secretário de Edealina morre após bater carro contra caminhão e trator; vídeo</a></div>

A Prefeitura de Iporá prestou homenagem ao político: “Manifestamos nossa solidariedade à família e amigos neste momento de tristeza. Que seu legado e memória sejam honrados.”&nbsp;

O velório aconteceu nesta segunda-feira (4) na Igreja Assembleia de Deus do Jardim Arco Íris, no Jardim Novo Horizonte, em Iporá. O sepultamento ocorre a partir das 14h no Cemitério São João Batista, na mesma cidade.

&nbsp;

&nbsp;

Morre ex-vereador de Iporá e médico Sérgio Gomes

LUTO

Médico atropela pastor

<div attr-cid="policy:1.3178170" attr-version="policy:1.3178170:1726946122" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3178170" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3178170', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3178170">Médico atropela pastor (1.3178170)</a></div>

O médico que foi preso <a href="https://opopular.com.br/cidades/medico-e-preso-suspeito-de-matar-pastor-atropelado-e-fugir-do-local-sem-prestar-socorro-video-1.3178165" target="_blank">suspeito de atropelar e matar o pastor Edilson Silva</a>, de 30 anos, e ter fugido sem prestar socorro, foi solto após pagar uma fiança de mais de R$ 84 mil. O atropelamento aconteceu na madrugada de sábado (21), em Rio Verde. Imagens de câmera de segurança mostram que o pastor é atropelado duas vezes e que o motorista acerta um carro estacionado (assista acima).

<a href="http://opopular.com.br/canal" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp </a>

Em nota, a defesa do médico lamentou a morte do pastor e expressou sentimentos à família da vítima. Os advogados afirmaram que a liberdade provisória foi concedida tendo em vista que se trata de um crime culposo, isto é, sem intenção. “Neste momento a defesa silencia e aguardará o momento processual oportuno para exercer o contraditório”, diz um trecho do comunicado (leia íntegra ao final da reportagem).&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/medico-e-preso-suspeito-de-matar-pastor-atropelado-e-fugir-do-local-sem-prestar-socorro-video-1.3178165" target="_blank">Médico é preso suspeito de matar pastor atropelado e fugir do local sem prestar socorro; vídeo</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/homem-e-suspeito-de-jogar-carro-contra-cliente-de-bar-apos-briga-video-1.3175718" target="_blank">Homem é suspeito de jogar carro contra cliente de bar após briga; vídeo</a></div>

Na audiência de custódia, o juiz Vitor França Dias Oliveira concedeu a liberdade provisória ao médico, ao considerar que ele seria réu primário, mediante o pagamento da fiança e do cumprimento de medidas cautelares, como a proibição de se ausentar da cidade sem prévia autorização judicial por mais de 15 dias, proibição de mudar de endereço sem comunicar à Justiça, cumprir todas as intimações e comunicações das autoridades, abster-se de praticar novas infrações penais, uso de tornozeleira eletrônica pelo prazo mínimo de seis meses e o recolhimento domiciliar noturno nas 21 às 6 horas.&nbsp;

Na decisão, o juiz afirma que os fatos envolvendo o médico são graves. “Estamos diante de um profissional de medicina que não só teria atropelado alguém como, após ouvir seus gritos, teria avançado com o carro novamente contra a vítima. A circunstância de ser médico, ao invés de computar a seu favor, diz contra”, pontuou o magistrado.&nbsp;

<h2>Entenda o caso&nbsp;</h2>

Segundo o relato da Polícia Militar (PM), que atendeu a ocorrência, o médico fugiu do local sem prestar socorro à vítima. Ele foi encontrado pelos policiais em frente à própria casa. À PM ele teria dito que consumiu bebida alcoólica, quando questionado, mas não quis fazer o teste do bafômetro. Quando submetido a exame, em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), não foi constatada embriaguez.&nbsp;

O POPULAR solicitou nota de posicionamento ao Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) quanto ao ocorrido. Em nota, o Cremego afirmou que o&nbsp;fato citado não tem relação com as atribuições legais do Conselho, e que, portanto, não cabe ao Cremego se posicionar sobre o assunto (leia íntegra ao final do texto).&nbsp;

A Polícia Civil informou, em nota, que o médico foi preso em flagrante delito, e autuado pelos crimes de homicídio culposo qualificado por omissão de socorro. “A Polícia Civil requisitou perícia criminal no local dos fatos, assim como solicitou o Instituto Médico Legal para exame cadavérico”, afirmou. (confira nota na íntegra abaixo).

A primeira Igreja Batista de Rio Verde comunicou o falecimento aos fieis por meio de nota. “Um grande esposo, pai, amigo e servo de Deus”, escreveu. Um culto fúnebre foi realizado nesta manhã, na igreja, que cancelou as demais atividades do dia. O corpo foi levado para Cantanhede, no Maranhão, cidade natal do pastor.&nbsp; 
&nbsp;

<img attr-cid="policy:1.3178169" attr-version="policy:1.3178169:1726946082" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3178169/OPOPULAR - Montagem de fotos e vídeo para o site - 2024-09-21T161437.586.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
O pastor Edilson Silva foi atropelado em Rio Verde (Reprodução/ TV Anhanguera)

<h2>Nota de defesa do médico&nbsp;</h2>

"A situação é deveras lamentável e expressamos nossos sinceros sentimentos à família do senhor Edilson Gomes Silva.&nbsp;

Quanto a custódia, foi realizada no mesmo dia dos fatos, foi concedida liberdade provisória tendo em vista se tratar de crime culposo (sem intenção), no entanto, foram impostas cautelares diversas, dentre elas o uso de tornozeleira eletrônica.&nbsp;

O alvará de soltura do investigado foi cumprido na data de ontem (22/09/2024)

Nesse momento a defesa silencia e aguardará o momento processual oportuno para exercer o contraditório.&nbsp;

No mais, o investigado está a disposição da Autoridade Policial e do Poder Judiciário para o que for necessário.&nbsp;

Dr Arício Vieira da Silva 
Advogado

Dra Gabriella Lima 
Advogada"

<h2>Nota da Polícia Civil na íntegra</h2>

"Na madrugada de hoje (21), a Polícia Civil tomou conhecimento de um homicídio ocorrido no Setor Central da cidade de Rio Verde.

A Polícia Civil requisitou perícia criminal no local dos fatos, assim como solicitou o Instituto Médico Legal para exame cadavérico.

A Polícia Militar conduziu o suspeito à Delegacia de Polícia e o apresentou à Autoridade Policial, que decidiu pela autuação em flagrante delito do autuado pelos crimes de homicídio culposo qualificado por omissão de socorro na direção de veículo automotor e afastar-se do local dos fatos para fugir da responsabilidade.

Não foi arbitrado fiança em sede policial, sendo o autuado recolhido à Casa de Prisão Provisória, à disposição do Poder Judiciário. As investigações continuam sendo apuradas pelo Grupo de Investigação de Homicídios de Rio Verde (GIH)."

<h2 style="font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif;">Nota do Cremego na íntegra&nbsp;</h2>

"Sobre a solicitação, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) foi criado em 30 de setembro de 1957 (Lei nº 3268/57)para normatizar e fiscalizar o exercício da medicina, zelando pelo respeito à ética médica e pelo bom atendimento à população. O fato citado não tem relação com nossas atribuições legais, portanto não cabe ao Cremego se posicionar sobre o assunto."

Médico suspeito de atropelar e matar pastor é solto após pagar fiança de mais de R$ 80 mil

Rio Verde 

<div attr-cid="policy:1.3178170" attr-version="policy:1.3178170:1726946122" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3178170" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3178170', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3178170">Médico atropela pastor (1.3178170)</a></div>

Um médico foi preso neste sábado (21) suspeito de matar um pastor atropelado e fugir do local sem prestar socorro, segundo a Polícia Militar (PM). O pastor Edilson Silva, de 30 anos, foi levado ao Hospital Municipal, onde foi constatado o óbito, informou a PM. O atropelamento aconteceu às 2h24, em Rio Verde. Imagens de câmera de segurança mostram que o pastor é atropelado duas vezes e que o motorista acerta um carro estacionado (assista acima). O caso será apurado pelo Grupo de Investigação de Homicídios de Rio Verde (GIH).&nbsp;

<a href="http://opopular.com.br/canal">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp&nbsp;</a>

A cena que aparece no vídeo, reproduzido pela TV Anhanguera, foi também descrita aos policiais pelas testemunhas, dois homens que conversavam com o pastor de frente a um hotel. O relato deles é compatível com as imagens. É possível ver quando o médico, que passava pela Rua Rosulino Ferreira Guimarães, acerta o pastor e bate em um carro que estava estacionado paralelo ao meio fio. Com o impacto, o carro é empurrado por alguns metros. Ao sair de trás do carro em que colidiu, o médico volta a passar em cima do pastor, que já estava no chão.&nbsp;

Segundo o relato da PM, que atendeu a ocorrência, o médico fugiu do local sem prestar socorro à vítima. Ele foi encontrado pelos policiais em frente à própria casa. À PM ele teria dito que consumiu bebida alcoólica, quando questionado, mas não quis fazer o teste do bafômetro. Quando submetido a exame, em uma Unidade de Pronto Atendimento, não foi constatada embriaguez.&nbsp;

&nbsp;O&nbsp;POPULAR&nbsp;solicitou nota de posicionamento ao Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) quanto ao ocorrido. Em nota, o Cremego afirmou que o&nbsp;fato citado não tem relação com as atribuições legais do Conselho, e que, portanto, não cabe ao Cremego se posicionar sobre o assunto&nbsp;(leia íntegra ao final do texto).&nbsp;

O local onde o atropelamento ocorreu foi isolado pela Agência Municipal de Mobilidade e Trânsito de Rio Verde e Polícia Técnico Científica, para realização de perícia inicial. O corpo foi recolhido do Hospital Municipal Universitário (HMU) por equipe do Instituto Médico Legal (IML).

A Polícia Civil informou, em nota, que o médico foi preso em flagrante delito, e autuado pelos crimes de homicídio culposo qualificado por omissão de socorro. Ele não pôde pagar fiança e foi recolhido à Casa de Prisão Provisória, onde está à disposição do Poder Judiciário. “A Polícia Civil requisitou perícia criminal no local dos fatos, assim como solicitou o Instituto Médico Legal para exame cadavérico”, afirma (confira nota na íntegra abaixo).

A primeira Igreja Batista de Rio Verde comunicou o falecimento aos fieis por meio de nota. “Um grande esposo, pai, amigo e servo de Deus”, escreveu. Um culto fúnebre foi realizado nesta manhã, na igreja, que cancelou as demais atividades do dia. O corpo foi levado para Cantanhede, no Maranhão, cidade natal do pastor.&nbsp;

<img attr-cid="policy:1.3178169" attr-version="policy:1.3178169:1726946082" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3178169/OPOPULAR - Montagem de fotos e vídeo para o site - 2024-09-21T161437.586.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
O pastor Edilson Silva foi atropelado em Rio Verde (Reprodução/ TV Anhanguera)

Nota da PC na íntegra

"Na madrugada de hoje (21), a Polícia Civil tomou conhecimento de um homicídio ocorrido no Setor Central da cidade de Rio Verde.

A Polícia Civil requisitou perícia criminal no local dos fatos, assim como solicitou o Instituto Médico Legal para exame cadavérico.

A Polícia Militar conduziu o suspeito à Delegacia de Polícia e o apresentou à Autoridade Policial, que decidiu pela autuação em flagrante delito do autuado pelos crimes de homicídio culposo qualificado por omissão de socorro na direção de veículo automotor e afastar-se do local dos fatos para fugir da responsabilidade.

Não foi arbitrado fiança em sede policial, sendo o autuado recolhido à Casa de Prisão Provisória, à disposição do Poder Judiciário. As investigações continuam sendo apuradas pelo Grupo de Investigação de Homicídios de Rio Verde (GIH)."

Nota do Cremego na íntegra&nbsp;

"Sobre a solicitação, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) foi criado em 30 de setembro de 1957 (Lei nº 3268/57)para normatizar e fiscalizar o exercício da medicina, zelando pelo respeito à ética médica e pelo bom atendimento à população. O fato citado não tem relação com nossas atribuições legais, portanto não cabe ao Cremego se posicionar sobre o assunto."

Médico é preso suspeito de matar pastor atropelado e fugir do local sem prestar socorro; vídeo

HOMICÍDIO

A Justiça determinou que o médico Rubens Mendonça Júnior, de 31 anos, seja julgado pelo crime de homicídio culposo (quando não há intenção) na direção de veículo automotor, conforme previsto no Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Com isso, o médico se livra de responder perante um júri popular por homicídio com dolo eventual de acordo com o Código Penal, cujas penas são mais severas. Rubens é acusado de matar duas pessoas em um acidente no viaduto da Avenida T-63 sobre a Avenida 85, no Setor Bueno, em Goiânia, em abril do ano passado.

<a href="https://www.whatsapp.com/channel/0029Va9rbSgCHDyl4gQj7A1C" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

O médico estava com a mulher no carro quando, ao sair do cruzamento com a Avenida T-4, acelerou até alcançar a velocidade de 148 km/h já no viaduto, perdendo o controle em seguida e chegando a ter o carro descolado do chão ao atingir o ponto mais alto da estrutura. Ao voltar para o asfalto, atingiu a motocicleta em que estavam o motoboy Leandro Ferreira Pires, de 23 anos, e o garçom David Antunes Galvão, de 21. Os dois morreram no local. Outras duas pessoas também ficaram feridas.

Desde outubro, o caso tem vivido um impasse sobre o encaminhamento do processo dentro do Judiciário, se Rubens responderia por crime de trânsito ou de homicídio. Em abril, as famílias das vítimas conseguiram incluir dois advogados como assistentes de acusação que recorreram de uma decisão em primeira instância que mantinha o médico respondendo pelo crime de punição mais branda. Enquanto por homicídio culposo dentro do CTB ele poderia pegar até quatro anos de prisão, no Código Penal o homicídio com dolo eventual pode chegar a 12 anos, sendo que se houver qualificadoras pode ir a 30 anos.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/medico-que-matou-dois-em-acidente-em-viaduto-de-goiania-cobra-r-1-milh-o-de-seguradora-1.3137507" target="_blank">Médico que matou dois em acidente em viaduto de Goiânia cobra R$ 1 milhão de seguradora</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/bebe-morre-apos-ser-atropelado-por-caminhonete-1.3156108" target="_blank">Bebê morre após ser atropelado por caminhonete</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/acidente-entre-caminh-o-e-carro-mata-motorista-na-br-040-1.3155945" target="_blank">Acidente entre caminhão e carro mata motorista na BR-040</a></div>

O juiz substituto em segundo grau Alexandre Bizzotto, da 5ª Turma Julgadora da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), negou recurso apresentado pelas famílias das vítimas contra a decisão na primeira instância que desclassificou o crime para homicídio culposo e manteve o entendimento de que, apesar de haver indícios de que o motorista agiu de forma imprudente, não há indicativos de que assumiu “o risco de produzir o resultado morte das vítimas”, o que configuraria o dolo eventual.

Em maio, o Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) havia se manifestado a favor do recurso apresentado pelas famílias e dito que caberia ao júri analisar se houve ou não dolo eventual, podendo, aí sim, o caso ser posteriormente encaminhado para uma vara de crime de trânsito, caso fosse o entendimento dos jurados. “Caso exista discussão sobre a configuração ou não do dolo eventual em mortes causadas em acidente de trânsito, em que a imprudência do autor possa ultrapassar os limites da culpa consciente, não se pode retirar do conselho de sentença a possibilidade de decidir pela condenação, absolvição ou desclassificação do fato”, afirmou na época a procuradora Cleide Maria Pereira.

Para o magistrado, cujo relatório foi seguido pelos colegas da 5ª Turma, Rubens “conduzia seu veículo de forma imprudente e sem perícia necessária”, o que “contribuiu sobremaneira” para o acidente. Entretanto, esta situação se encaixaria em um cenário de possível homicídio culposo, quando não há a intenção. “O que foi possível extrair dos depoimento colhidos em juízo foi que o processado estava em alta velocidade, na busca de testar o desempenho de seu carro”, afirma Alexandre na decisão.

Ao argumentar sobre a falta de fatos no recurso que levassem ao entendimento do dolo eventual, o juiz também destaca que Rubens não estava alcoolizado no momento do acidente. “O recorrido, em tese, poderia ter agido de modo imprudente, mas não com dolo eventual.” Ao fim da decisão, ele determinou que o processo volte para a primeira instância para que siga sua tramitação como crime de trânsito.

Em sua decisão, o magistrado comenta sobre a dificuldade que é caracterizar o dolo eventual em casos similares. Ele chega a falar sobre a diferença desse conceito com a “culpa consciente”, quando o autor do fato age com imprudência, sabe do risco, mas confia que não ocorrerá.

Para Alexandre, o dolo eventual é quando o autor não se importa com o resultado da sua imprudência. E isso, no entendimento dele, os recorrentes não conseguiram provar. “Não obstante as emoções, devemos ter em mente que traçamos o caminho escudado em um Estado democrático de direito, no qual os princípios da culpabilidade e da legalidade precisam da forma da imperatividade para se evitar atitudes pautadas pelo casuísmo circunstancial que acaba por destruir toda base dos direitos fundamentais que foram conquistadas pela humanidade.”

<h2>Divergências</h2>

A versão dada pelo médico à Justiça diverge das apresentadas por testemunhas. Ele diz que estava dirigindo normalmente pela T-63 quando na altura do viaduto outro veículo o fechou e, a partir daí, o carro que ele dirigia iniciou um procedimento automático que ele desconhecia e que envolvia a aceleração para fazer uma ultrapassagem. Diante desse cenário, ele, que tinha o Volvo havia dois meses, perdeu o controle da direção e houve o acidente.

Rubens também diz que ao descer do carro chegou a orientar uma pessoa ferida, prestar socorro e ter uma postura mais proativa do que afirmam as testemunhas, para as quais o médico ficou inerte.

Pessoas que presenciaram o acidente afirmam que ele acelerou já a partir do cruzamento com a T-4 e que já tinha visto um carro na frente no viaduto, sinalizando com luz alta para que o deixasse passar. Como o carro não mudou de pista, ele avançou pela contramão e perdeu o controle então.

Uma das testemunhas diz ter ouvido a esposa de Rubens afirmar ao sair do veículo que ele estava testando se o carro conseguia mesmo fazer de 0 a 100 km/h em quatro segundos, como propagandeado.

<h3>Reviravoltas</h3>

Quando a denúncia foi apresentada, ainda no primeiro semestre de 2023, o MPGO havia seguido com o entendimento do dolo eventual, afirmando que ele assumiu o risco de provocar o acidente ao acelerar o carro numa velocidade quase três vezes superior ao limite, numa subida (o que diminuiria o campo de visão de quem trafega à frente) e fazendo uma ultrapassagem proibida na contramão.

Ao final da primeira fase processual, quando o juiz deve decidir se encaminha ou não ao júri, o promotor responsável pelo caso mudou o entendimento e afirmou que não houve dolo eventual, concordando com a tese da defesa de que o motorista se deparou com um veículo cujos mecanismos ele desconhecia, o que contribuiu para o acidente.

Enquanto crime de trânsito, o médico pode ser beneficiado com um acordo de não persecução penal (ANPP), o que quase aconteceu em outubro. Porém, o novo promotor que assumiu o caso e sugeriu um ANPP voltou atrás e afirmou que o caso é de dolo eventual.

O último posicionamento do MPGO, então, é de que o motorista agiu de forma consciente e premeditada ao acelerar o carro numa velocidade três vezes maior que a permitida no local e ao fazer uma ultrapassagem na contramão subindo o viaduto, pisando no freio apenas após o carro já ter “alçado voo”. Este entendimento, de outubro de 2023, não foi mais alterado.

Entretanto, a partir daí, o processo ficou meses travado, com a entrada das famílias das vítimas por meio de assistentes de acusação.

Em abril, o juiz Lourival Machado da Costa, da 2ª Vara de Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal do Júri, já havia se manifestado para manter o processo na vara de crimes de trânsito, negando os pedidos de revisão apresentados pelos advogados. As famílias então entraram com o recurso na segunda instância.

Na decisão da 5ª Turma, divulgada nesta quinta-feira (18), o juiz substituto não aborda em nenhum momento os pareceres dos promotores e da procuradora, mantendo seu posicionamento com base no que foi apresentado pelas testemunhas e pelo acusado e no que afirmou a defesa e os advogados das famílias no recurso.

<h4>Indenização</h4>

Em maio, O POPULAR mostrou que o médico entrou na Justiça para cobrar cerca de R$ 1 milhão da seguradora que fez a apólice de seguro do seu veículo. O modelo, um Volvo/XC Ultimate ano 2023, está avaliado em R$ 350 mil e teria dado perda total, mas além de cobrar o valor integral do carro, o médico pede também outras indenizações previstas no contrato como danos materiais, corporais e morais estéticos. Ele argumenta o fato de o acidente ter ocorrido “por circunstâncias alheias” a sua vontade. O processo ainda está em tramitação.