Homofobia foi a causa das mortes de Emilly Martins Pereira, de 21 anos, e Meiryhellen Bandeira, de 28, no final do último mês de setembro, em Linhares, no Litoral Norte do Espírito Santo. A decisão foi proferida pelo juiz André Bijos Dadalto, da 1ª Vara Criminal do município nesta quarta-feira (8).De acordo com o magistrado, o autor dos homicídios, Roberto Luis Pavani, agiu com preconceito em virtude do relacionamento que as vítimas tinham. Ainda segundo André Bijos Dadalto, trata-se de um "crime gravíssimo de extrema violência", onde Meiryhellen e Emilly não puderam esboçar qualquer reação diante do acusado, que estava armado.Roberto está preso desde o dia 11 de outubro.O casoNa noite de 21 de setembro, Meiryhellen e Emilly estavam em uma moto no bairro Novo Horizonte quando foram atingidas nas costas, cada uma com um tiro. Ao tentarem fugir dos disparos, as duas se chocaram de frente com uma caminhonete.Meiryhellen morreu na hora. Emilly chegou a ser socorrida, mas sofreu uma grave lesão no fígado e não resistiu a um procedimento cirúrgico.

Namoro entre garotas seria a motivação para homicídios, afirma juiz

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A estudante de pedagogia Ellen Basilio da Silva, de 41 anos, denunciou que teve parte do polegar direito arrancado por uma vizinha durante discussão motivada por homofobia. A agressão aconteceu no dia 17 de outubro deste ano, no setor Pontakayana, em Trindade, na Região Metropolitana de Goiânia, segundo ela.&nbsp;

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Ao POPULAR,&nbsp;a estudante contou que as agressões começaram quando ela e a esposa estavam chegando de moto em casa, quando viu duas vizinhas, mãe e filha, debochando do casal. Irritada com a situação, Ellen foi tirar satisfação com as duas, momento em que as agressões físicas iniciaram.&nbsp;

A reportagem não conseguiu localizar a defesa das vizinhas para um posicionamento até a última atualização desta matéria.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/investigado-por-homofobia-deve-gravar-video-de-conscientizac-o-sobre-assunto-e-pagar-multa-de-r-35-mil-apos-acordo-1.3133242" target="_blank">Investigado por homofobia deve gravar vídeo de conscientização sobre assunto e pagar multa de R$ 35 mil após acordo</a> 
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<cite>Ela mordeu meu dedo e mastigou, depois cuspiu na minha cara”, afirmou a estudante</cite>.&nbsp;

Além de ter tido o dedo dilacerado, Ellen relatou que também teve ferimentos no rosto. Uma das vizinhas teve queimaduras e arranhões na perna, segundo a Polícia Militar (PM).

Ainda conforme a PM, que foi acionada para atender&nbsp;o caso, todas as envolvidas foram conduzidas à delegacia. Ao POPULAR, a Polícia Civil (PC) informou que a mãe e filha foram presas&nbsp;em flagrante e encaminhadas para a Central de Flagrantes. O caso segue em investigação.&nbsp;

De acordo com a estudante, a situação ocorreu após uma série de atitudes preconceituosas anteriores, que incluíram xingamentos e outros episódios de agressões. “Primeiro tive o rosto mordido por reclamar com uma vizinha sobre um vazamento na parede”, relatou. &nbsp;

Ellen ainda contou que, além dos insultos e agressões físicas, ela e a esposa também têm a sua privacidade invadida. “Somos também obrigadas a ficar vendo o marido dela olhando para dentro do nosso quintal quando ele sobe no telhado. Para ele, é normal”, completou ela.&nbsp;

Após a última briga, Ellen disse que precisou se mudar. “Como a casa é nossa e queremos paz, tive que sair da minha casa e estou pagando aluguel por causa dessas pessoas”, desabafou.&nbsp;

Conforme a delegada Silvana Nunes, responsável pelo caso, Ellen possui uma união estável com outra mulher, o que nunca foi bem visto pelas&nbsp;vizinhas de muro. Antes dessa última agressão, em que Ellen teve o dedo cortado, já houve um procedimento lavrado sobre as agressões no contexto de homofobia, segundo a delegada. O caso ainda não foi concluído.&nbsp;&nbsp;

<cite>Ela (vizinha) foi presa em flagrante por diversos crimes”, afirmou.&nbsp;</cite>

<h2>Discriminação&nbsp;</h2>

Segundo a estudante, essa não é a primeira vez que ela é agredida e insultada pela vizinhança por ser lésbica. Em 2022, Hellen denunciou que ela e a esposa foram agredidas por três vizinhos. Na época, ela contou que elas chegaram a levar socos, chutes, pontapés e até mordida&nbsp;(veja fotos abaixo).&nbsp;

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Ferimento no rosto e hematoma no braço provenientes de agressão sofrida em 2022 (Divulgação/Ellen Basilio da Silva)

Ao POPULAR, Ellen Basilio da Silva contou que faz acompanhamento psiquiátrico e uso de remédios antidepressivos desde 2023. Conforme relatório médico de setembro de 2024, ela estava "apresentando humor hipotímico, pensamentos negativos e ruminantes e ideação suicída".&nbsp;&nbsp;

<cite>Um dos gatilhos para o adoecimento parece ter sido o conflito com os vizinhos da sua casa atual. Houve necessidade de vários ajustes medicamentosos para melhora do quadro depressivo”, pontuou um trecho do relatório médico ao qual O POPULAR teve acesso.</cite>

A primeira vez que elas registraram ocorrência contra os vizinhos foi no dia 30 de julho de 2022 e a segunda, em 4 de outubro do mesmo ano. Ao todo, são cinco registros de ocorrência.&nbsp;

Mulher denuncia que teve parte do dedo arrancado por vizinho por ela ser lésbica; imagens são fortes

DISCRIMINAÇÃO

Uma empresa foi condenada a indenizar uma funcionária por danos morais após uma chefe afirmar que ela era “muito bonita para ser gay” e ameaçar desligá-la caso as metas não fossem atingidas. Conforme a decisão judicial do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, de&nbsp;Goiânia, a funcionária&nbsp;sofreu “humilhações e constrangimentos”&nbsp;na empresa em razão de sua orientação sexual.&nbsp;

“O comportamento discriminatório no ambiente de trabalho, por meio de declarações homofóbicas, é claramente contrário às normas legais e sociais de harmonia e boa convivência no local de trabalho, sendo suficientemente grave para justificar a indenização por danos morais”, diz a decisão.&nbsp;

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<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/mulher-recebe-indenizac-o-depois-de-ser-presa-duas-vezes-por-engano-em-goias-1.3184725" target="_blank">Mulher recebe indenização depois de ser presa duas vezes por engano em Goiás</a> 
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O&nbsp;POPULAR entrou em contato com a empresa, por telefone, mas não obteve retorno até a última atualização da matéria. A reportagem&nbsp;não conseguiu localizar a defesa da acusada.&nbsp;

Diante de tais fatos, o tribunal entendeu que o tratamento discriminatório da empresa atingiu a imagem, a honra, a privacidade, a intimidade e a autoestima da vítima. Por isso, a&nbsp;empresa deverá pagar uma indenização de R$ 3 mil.&nbsp;

Ao&nbsp;POPULAR, o advogado Rodrigo Takashima, responsável pela defesa da funcionária, disse que o processo por danos morais já transitou em julgado e portanto não cabe recurso por parte da empresa.

Além disso, na decisão judicial, o desembargador destacou que o comportamento discriminatório contribuiu para reforçar estereótipos e preconceitos que acabam “culminando com a exclusão social daqueles que não seguem orientação heterossexual”.&nbsp;

Empresa é condenada por homofobia contra funcionária: 'muito bonita para ser gay'

JUSTIÇA

Cercado de paisagens deslumbrantes, com cores, formas e experiências diversas, o litoral capixaba abriga mais de 400 quilômetros de belezas naturais. Com reportagem de Mario Bonella, o Globo Repórter desta sexta-feira (5), faz uma expedição pelo Espírito Santo e mostra as descobertas da ciência, a diversidade da cultura, das paisagens e do povo. O programa é uma coprodução com a TV Gazeta. “É um programa de descobertas até para quem mora no Espírito Santo. Nós temos um litoral muito rico e ainda pouco explorado e conhecido. São descobertas científicas que vamos revelar em primeira mão. Além, é claro, das tradições, suas peculiaridades. Tudo isso é encantador para mim. Eu nasci aqui, sou daqui e estou muito feliz em poder mostrar nosso Estado para todo o Brasil”, conta o repórter Mario Bonella. No litoral sul da região, o Arquipélago das Três Ilhas, que na verdade conta com cinco ilhas, guarda uma das maiores biodiversidades marinhas do País. Em seu primeiro mergulho, o repórter conhece os diversos tipos de peixes que residem naqueles recifes, parte da fauna do Nordeste e do Sul do País.Balneário de Guarapari tem mais de 50 praias, entre elas a Praia da Areia Preta, que atrai turistas do mundo inteiro em busca de alívio para suas dores. O Globo Repórter revela, em primeira mão, as pesquisas realizadas pela Universidade Federal do Espírito e pela Universidade de São Paulo sobre os benefícios da areia preta para a saúde, por meio da radiação.Em Piúma, no Instituto Federal do Espírito Santo, Bonella acompanha o sucesso na reprodução do peroá, peixe rico em nutrientes que será incorporado em receitas que farão parte do cardápio escolar do Estado. O programa também mostra como o setor da pesca tem movimentado o litoral, com mais 500 novos negócios criados nos últimos quatro anos.Já ao norte, em Conceição da Barra, são as florestas de eucalipto que dominam o caminho para o Riacho Doce, que reserva 9 quilômetros de praia deserta e marca o começo do Parque Estadual de Itaúnas. O Parque carrega a história da vila que foi soterrada e hoje é tomada pelas dunas, mas que preserva sua cultura e se tornou referência do forró pé-de-serra. A capital do Espírito Santo possui uma forte tradição que tem mais de 500 anos. No Parque Natural Vale do Mulembá, que possui argilas com propriedades raras, o repórter mostra o trabalho dos únicos quatro brasileiros que vão até a região para tirar o barro e sustentam essa tradição centenária. É a partir do trabalho dos barreiros que são feitas as famosas panelas de barro em Goiabeiras Velha, na cidade de Vitória, uma atividade eminentemente feminina, reconhecida como patrimônio imaterial, passada de geração em geração. É também nas panelas de barro em que é feita a torta capixaba, receita tradicional da região.

'Globo Repórter' faz expedição pelo litoral capixaba

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Jornalismo

Motorista denuncia que foi perseguido e agredido por homem armado após briga de trânsito; vídeo

<div attr-cid="policy:1.3141378" attr-version="policy:1.3141378:1717016676" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3141378" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3141378', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3141378">Motorista denuncia que foi perseguido e agredido por homem armado após briga de trânsito; vídeo (1.3141378)</a></div>

Um motorista denuncia que foi agredido física e verbalmente por um homem após um acidente de trânsito. A vítima contou que o homem se apresentou como policial e estava armado. O caso aconteceu em Goiânia, no sábado (25). Um vídeo gravado por câmeras de segurança registrou o momento das agressões. (Assista acima)

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A vítima, que preferiu não se identificar, contou ao POPULAR que encostou o carro no para-choque do carro da frente, que estava parado, quando parou no sinaleiro. Contou que o homem desceu do carro e ele logou pediu desculpas pelo ocorrido. “Ele muito ignorante. Eu falei: ‘mas não aconteceu nada, o senhor me desculpa?’”, explicou a vítima.&nbsp;

No entanto, disse que o homem estava ‘muito alterado’ e decidiu ir embora, mas foi perseguido pelo homem. A vítima chegou a ultrapassar sinais vermelhos tentando fugir. Ele contou que estava seguindo para a casa da irmã para buscá-la, e só parou o carro quando chegou no destino.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/video-mostra-professor-da-ufg-sendo-agredido-durante-assembleia-sobre-greve-em-goiania-1.3140297">Vídeo mostra professor da UFG sendo agredido durante assembleia sobre greve em Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/video-mostra-fisiculturista-carregando-mulher-espancada-em-hospital-1.3139869">Vídeo mostra fisiculturista carregando mulher espancada em hospital</a></div>

<cite>Acho que ele percebeu que eu era gay, e ele começou a alterar e eu peguei e fui embora. E ele me seguiu no sinal, ele chutou meu carro, desceu, chutou meu carro, amassou meu carro, está amassado”, contou.</cite>

Ao chegar no local, a vítima parou o carro na porta da casa da irmã e o suspeito também. Disse que o homem já desceu do carro com a arma de fogo, um revólver, e se apresentou como ‘polícia’, segundo a vítima. No vídeo, registrado por câmeras de segurança, o homem desce do carro já apontando a arma para a vítima, coloca a arma na cintura e dá o primeiro tapa. Uma mulher que estava no carro do suspeito também desceu do carro.

Como o homem não foi identificado, não foi possível verificar se ele é de fato policial. Pelo mesmo motivo, o POPULAR não conseguiu contato com a defesa.&nbsp;

O homem dá um segundo tapa na cabeça da vítima e a mulher interfere e tenta acalmar o suspeito. Como mostra o vídeo, a vítima coloca a mão na cabeça e os dois conversam. Depois, o suspeito dá uma sequência de tapas e socos na vítima, que se distancia do agressor.

<cite>Eu pedi pelo amor de Deus pra ele não me bater. Eu implorei pra ele. Falei: ‘moço, eu perdi minha mãe tem dez dias, faz isso comigo não’. E ele me batendo, me batendo. Ele falou: ‘por isso que esse mundo tá desse jeito, essas mulherzinhas’”, relatou a vítima.</cite>

A vítima realizou a denúncia nesta quarta-feira (29). O caso será investigado pela&nbsp;Delegacia Estadual de Atendimento à Vítima de Crimes Raciais e de Intolerância (Deacri).