De terrenos às estatais, o que pertence a Goiás enquadra-se no Programa de Desmobilização e Gestão dos Ativos do Estado (PDEG). O objetivo com ele é reduzir o custo de manutenção da máquina pública e gerar receitas extraordinárias, o que pode ter início ainda neste ano, segundo a secretária da Fazenda Ana Carla Abrão. Para isso, o governador Marconi Perillo deve assinar contrato com a Fundação Getulio Vargas (FGV), que fará um inventário e análises.O governo terá, assim, uma radiografia que indica um caminho para os ativos, o que pode ficar como está, ser concedido, contratar organização social (OS) para gerir ou até mesmo ser extinto. “A FGV vai olhar ativo por ativo para dizer a melhor forma que o serviço pode ser prestado com menor custo para o Estado”, diz Ana Carla. O trabalho da FGV deve iniciar em novembro, após assinatura do contrato, e essa primeira etapa de análise levará seis meses. Porém, em paralelo, assim que o governo receber os diagnósticos, começam os processos de desmobilização. Apesar da análise não ter começado, projetos já estudados pelo governo (veja no quadro) como concessão de rodovias e venda de áreas públicas devem seguir. “O objetivo final é concentrar esforços no que é prioritário e que o Estado faz bem ou é o único a fazer, como segurança, saúde e educação. Se tem uma forma mais barata, com mais qualidade, vamos passar para a gestão privada”, diz Ana Carla. Para o presidente da Goiás Parcerias, Cyro Miranda, o momento é ideal para aproveitar interesse de empresas do exterior e sair na frente de outros Estados.