O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta quinta-feira, 9, que o País vai encerrar o ano crescendo e poderá entrar em 2018 crescendo a taxas próximas de 3%. Em discurso realizado durante cerimônia no Palácio do Planalto de relançamento do programa Avançar, Meirelles disse que os números oficiais ainda estão em torno de 2%, mas que serão revisados. Ao fazer um resumo das principais reformas realizadas pelo governo, Meirelles disse que o País vive agora a volta o crescimento, "dessa vez forte e sustentável". "O Brasil termina o ano crescendo, termina o ano crescendo a taxas perto de 3%. Vamos entrar o ano de 2018 crescendo a taxas que podem, de fato, chegar a esse número de 3%.", disse. Segundo ele, o orçamento ainda está contando crescimento de 2%, mas conservadoramente. "Mas certamente já estamos preparados para revisar isso, se de fato se configurar as melhores expectativas."Segundo ele, já se espera o melhor Natal dos últimos anos, com mais poder de compra, a inflação mais baixa da história, "dando mais margem para corte de juros", comentou Meirelles.O ministro da Fazenda aproveitou para defender a reforma da Previdência. "A reforma visa, em última análise, garantir que todos os brasileiros venham a ter sua aposentadoria no futuro", comentou, citando exemplos de países europeus que, por não terem mexido no regime, acabaram por cortar as aposentadorias já dadas. "Na Europa, há países que ficaram insolventes por conta da previdência. O Brasil está tomando as providências a tempo", declarou. Meirelles destacou que os "três pilares" da produtividade, da área fiscal e da infraestrutura estão permitindo a retomada da economia. Meirelles citou o teto de gastos, a busca do equilíbrio fiscal e o controle das contas públicas como ações que aumentam a confiança, o emprego e a renda, melhorando a qualidade e a quantidade de entrega do setor público. O ministro afirmou que a política monetária permitiu a queda de juros para toda a sociedade e que a reforma trabalhista tem aumentado a produtividade. "Toda essa série de reformas, eu diria, é exatamente por isso que volta o crescimento, e dessa vez forte e sustentável."