Goiânia está crescendo para cima, ao construir prédios cada vez mais altos e com mais tecnologia. Neste ano, a capital ganhará o Órion Business e Health Complex, o segundo maior prédio do Brasil, com 183,43 metros de altura divididos em 50 pavimentos. Por alguns meses, ele será o maior do País, até a entrega do Infinity Tower Coast, em construção em Balneário Camboriú, Santa Catarina, e que terá quase 240 metros de altura e 66 andares.Entre as características comuns desses arranha-céus, estão uma grande quantidade de elevadores em relação aos prédios tradicionais, e a existência de helipontos, além de uma estrutura super reforçada e moderna.O Órion, localizado na Avenida Portugal, Setor Marista, será um complexo ancorado por um moderno hospital, que também abrigará espaços voltados para consultórios, clínicas, negócios, hotelaria, shopping e lazer. Como o pé direito varia de 3,24 a 6 metros, a altura da torre corresponderá a um prédio de 65 andares, explica o engenheiro civil e administrador técnico da obra, Frank Guimarães.Um prédio tão alto exigiu os mais modernos processos e tecnologias de construção, por isso muitos componentes tiveram de ser importados. Mesmo com o metro quadrado a R$ 9,5 mil, 93% das salas já foram vendidas, sendo que 85% já haviam sido comercializadas nos dois primeiros dias de venda. “As instalações terão o mesmo padrão encontrado nos grandes centros mundiais, bem acima do mercado”, garante Frank.O topo do edifício, que terá 29 elevadores, sendo 21 de alta velocidade (200 metros por minuto), abrigará um restaurante de dois pavimentos com vista de 360 graus da cidade. No pináculo (estrutura em geral metálica que fica no topo de um arranha-céu), haverá uma grande bandeira do Brasil. “O mais importante é que ele servirá a população com um centro de saúde de excelência, com a mais avançada tecnologia”, ressalta.PlanejamentoOutro gigante de Goiânia será o Nexus Shopping & Business, complexo que reunirá shopping, torres comercial e corporativa, hotel, via gastronômica e centro de convenções, em frente a Praça do Ratinho. De acordo com o engenheiro responsável pela obra, Edijan Fernandes, o ponto mais alto do Nexus está a 159 metros de altura em relação ao nível da rua.“Uma obra assim exige muito mais logística e planejamento, e um corpo técnico altamente capacitado”, explica. A obra recebeu até um concreto mais evoluído. O prédio será revestido por pele de vidro sustentável, que reduz a incidência de luz solar e garante um visual mais moderno e um clima interior mais agradável.Uma construção assim costuma ter uma boa valorização de mercado pela sua imponência e ter escritório no local é considerado sinal de status. O diretor comercial da Consciente Construtora, Adriano Carrijo, informa que são 27 elevadores e 1.700 vagas de garagem. Segundo ele, Goiânia já demandava um empreendimento deste porte pelo nível de desenvolvimento da cidade. Por isso, as vendas desafiam a crise. “Muitas cidades hoje vivem um movimento de verticalização como o que ocorreu em São Paulo”, diz.Goiânia ainda está longe de se tornar uma Dubai, nos Emirados Árabes, onde fica o Burj Khalifa, o prédio mais alto do mundo, com 828 metros de altura e 163 andares, que logo será desbancado pelo Jeddah Tower, na Arábia Saudita, com um quilômetro de altura. Até agora, os prédios mais altos da capital eram os residenciais Premier Vision, com 148 metros de altura e 44 andares, e o Premier Unique, de 142 metros distribuídos em 42 andares. Mas, logo, a cidade também ganhará o Kingdom Park Residence, no Nova Suíça, que terá 175 metros.Para Fernando Razuk, diretor de Incorporação da EBM, prédios com mais de 30 pavimentos já se tornaram comuns em Goiânia. A construtora investiu no Metropolitan, na esquina das avenidas E com Jamel Cecílio, no Jardim Goiás. O mix used tem uma torre comercial e outra residencial, com 114 metros e 37 pavimentos. Na visão dele, um prédio mais alto se torna icônico, o que agrega valor ao empreendimento. Na média, eles têm entre 15% e 20% mais valor agregado.-Imagem (1.1232201)