Com a regularização de recursos não declarados no exterior junto à Receita Federal, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) estimou que o valor destinado às cidades goianas pode chegar a R$ 209,8 milhões. O reforço no caixa também virá para o Estado. Segundo a Secretaria da Fazenda (Sefaz), serão R$ 123 milhões. Já o governo federal deve ficar com R$ 38,5 bilhões do total arrecadado de R$ 50,9 bilhões com multas e imposto de renda (IR). Os ativos regularizados chegaram a R$ 169,9 bilhões. O prazo para a regularização terminou na segunda-feira (31) e a divisão da arrecadação já começa a ocorrer. Porém, Estados e Municípios têm direito a receber apenas o montante obtido com o IR (R$ 24,5 bilhões). “Perdemos juros e multas por causa de veto da Presidência que não conseguimos derrubar no Congresso”, explica o presidente da Federação Goiana de Municípios (FGM), Divino Alexandre da Silva, que comemora a superação da expectativa de arrecadação.Para os municípios de Goiás, segundo a FGM, restaram R$ 170 milhões da repatriação, já descontados os 20% do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), o 1% do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP) e os 15% destinados à área de Saúde. Assim, Divino afirma que o alívio será parcial. “Veio em boa hora, não resolve tudo, mas ameniza a vida neste final de mandato.” Porém, como informa, a Federação também quer conseguir que o dinheiro do Estado possa atender parcela da Saúde. A previsão é de que o repasse às Prefeituras ocorra ainda no segundo decênio de novembro, juntamente aos valores que normalmente são repassados do Fundo de Participação dos Municípios.