Com poucos recursos financeiros e simplicidade, mas com apoio da população, o Iporá Esporte Clube foi a grande surpresa do Campeonato Goiano. Caçula na 1ª Divisão, o Lobo Guará surpreendeu conquistando não só a permanência na elite, mas também vaga inédita na Sërie D do Campeonato Brasileiro.Antes do início do Goianão, existia dúvida sobre a viabilidade da participação do Iporá no campeonato. No entanto, a diretoria conseguiu se organizar e reformar o estádio para que o clube conseguisse mandar seus jogos no Ferreirão, local crucial para a campanha do Lobo Guará.“O objetivo era permanecer e, quem sabe, uma vaga na Série D. Começamos bem a competição e conseguimos credibilidade com a torcida, que foi fundamental indo ao estádio e dando renda para o clube”, afirmou o presidente Valdivino Correia. O dirigente revelou que, além de recursos oriundos da renda dos jogos, conseguiu ajuda de empresas locais e outros R$ 110 mil da prefeitura de Iporá.O zagueiro Patrick, que atuou improvisado como volante, valorizou o respaldo que a diretoria deu aos jogadores, apesar das limitações que existem em um clube pequeno. “Nunca faltou nada. O pessoal da diretoria sempre deu respaldo necessário para nós, temos dificuldades, mas sempre foram corretos e se empenharam para que essa campanha acontecesse”, frisou citando o apoio do diretor de futebol Guilherme Gomes e do técnico Éverton Goiano.Um dos principais nomes da campanha do Iporá, o goleiro Cleriston exaltou a união entre todos os setores do Lobo Guará para culminar no sucesso. “Os jogadores que aqui estavam se doaram ao máximo, sabíamos da dificuldade de ser estreante. A união foi essencial para nós, desde a diretoria, passando pelos jogadores até a torcida”, frisou o goleiro, que agora busca clube para jogar na segunda parte da temporada .Camisa 10 do Iporá, o meia Rodrigo Alves acredita que humildade e força de vontade prevaleceram. “Fomos caçulinhas e conseguimos essa vaga na Série D, por conta da nossa humildade e força de vontade. Rncaramos isso com verdade”, frisou.Destaque no ataque, Vinícius Leite lembra que o descrédito sobre a equipe antes do início do Goianão serviu de incentivo. “Muitas pessoas já davam o Iporá como rebaixado, isso serviu de motivação e falávamos que não íamos cair”, ressaltou.