Mesmo com a crise econômica vivenciada no País, as transferências do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) aos municípios goianos não refletiram em prejuízos em 2015. De acordo com dados da Secretaria da Fazenda e do anuário Multi Cidades – Finanças dos Municípios do Brasil, da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), das 50 cidades que mais contribuíram para a arrecadação do imposto em Goiás, 36 apresentaram crescimento.Goiânia, Anápolis, Rio Verde e Catalão são as cidades que mais receberam repasse no ano passado. Porém, não fazem parte da lista das que mais cresceram (veja quadro), que tem no topo Barro Alto, Aparecida de Goiânia, Nerópolis e Cachoeira Dourada.O secretário executivo do Conselho Deliberativo dos Índices de Participação dos Municípios (Coíndice) da Sefaz, Fabiano Gomes de Paula, explica que em Goiás o repasse para os municípios é de 25% sobre o ICMS arrecadado no Estado. Desse montante, 85% é calculado sobre todas as operações de saídas dos municípios subtraindo as operações de entrada. O resultado é somado às prestações de serviços realizados em cada cidade no período vigente. Outros 10% são divididos de forma linear para todos. Já os 5% restantes, são relativos a ICMS ecológico.“Cada um recebe de acordo com as operações de saídas e entradas. Aqueles que têm mais contribuintes, maiores empresas instaladas, possuem também um incremento maior na receita. Se o município ganha novas empresas, isso influencia no repasse”, diz . Em Barro Alto, por exemplo, a economia gira em torno da mineração de níquel. A cidade conta com a presença da mineradora Anglo American, que gera milhares de empregos e movimenta o comércio local. O secretário municipal da Fazenda de Aparecida de Goiânia, Carlos Eduardo de Paula Rodrigues, explica que o bom resultado se dá diante de um crescimento anual de 21% na economia local. Há sete anos havia 6,5 mil empresas instaladas na cidade. Atualmente, são 32 mil.“Há um crescimento constante no comércio local em várias regiões do município. Além disso, investimos nos últimos sete anos R$ 714 milhões, atraindo novos empreendimentos. E essas empresas também trouxeram um aumento na empregabilidade”, afirma Carlos Eduardo.