Um dia depois de ficar preso na sede da Polícia Federal (PF), em Goiânia, o ex-governador de Goiás Marconi Perillo foi solto nesta quinta-feira (11) e saiu pela porta dos fundos sem conversar com a imprensa. Ele recebeu habeas corpus no início da tarde de hoje. A decisão é do desembargador Olindo Menezes, da 4ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1). Perillo foi preso ontem no âmbito da operação Cash Delivery enquanto prestava depoimento na PF. Ele ficou detido em uma sala por possuir curso superior e porque as celas estavam cheias.O advogado Antônio Carlos Almeida, o Kakay, informou que a prisão era "ilegal, arbitrária e infundada e de certa maneira afrontava outras decisões de liberdade que ja foram concedidas nesta mesma operação". Kakay também comentou que "não tem nenhuma preocupação com os fatos investigados e temos absoluta convicção na inocência plena do Marconi".InvestigaçãoCash Delivery é um desdobramento das investigações da Operação Lava Jato e decorre de acordos de leniência e colaboração premiada firmados pelo MPF com a Construtora Norberto Odebrecht e seus executivos. De acordo com a investigação, quando ainda era senador e, depois, também como governador, Marconi Perillo solicitou e recebeu propina no valor de R$ 2 milhões em 2010, e, R$ 10 milhões em 2014, em troca de favorecer interesses da empreiteira relacionados a contratos e obras no Estado de Goiás.