-Imagem (1.1678616)Márcio Gomes Borges e Meire Cristina Rodrigues Borges, presos na manhã desta quinta-feira (6) na Operação Confraria, têm, segundo o Ministério Público Federal, vida de luxo incompatível com os salários que recebem como gerente geral de Distritos da Companhia de Desenvolvimento Econômico do Estado de Goiás (Codego) e assessora especial da Governadoria, respectivamente. De acordo com o MPF, Márcio tem vencimentos de R$ 18,9 mil e Meire ganha R$ 3 mil, mas são proprietários de 12 veículos e três imóveis de luxo. “Associado às viagens e ao caro estilo de vida exibido ostensivamente pelo casal, indica de forma consistente padrão de vida incompatível com as atividades lícitas por eles exercidas”, informa o documento assinado pelo procurador da República Helio Telho.A assessoria do governo esclareceu que Meire Cristina não trabalha na Governadoria, como destacado pelo MPF, mas na Secretaria de Articulação Política como telefonista. Ainda segundo a assessoria, todos os servidores comissionados do Estado são contratados como assessores especiais, independente da função que desempenham.OperaçãoA denúncia aponta que Márcio e Meire eram responsáveis por receber o dinheiro de propina, no mesmo formato em que foi flagrado o policial militar e motorista de Jayme Rincón, Márcio Garcia de Moura, na Operação Cash Delivery. O texto do MPF também destaca que Márcio e Meire receberam a honraria de Comenda de Ordem do Mérito Anhanguera do ex-governador Marconi Perillo (PSDB).A Operação Confraria é um desdobramento da Operação Cash Delivery, e tem como objetivo desarticular organização criminosa voltada para cobrança, recebimento e ocultação de valores indevidos no âmbito da Codego. Além de Meire e Márcio, também foram presos o ex-presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop) Jayme Rincón, e o presidente da Codego, Júlio Vaz.Em nota, o governo do Estado disse estar acompanhando "com atenção" os desdobramentos da Operação Confraria e informou que já foi determinado o afastamento dos servidores, citados na operação, de seus respectivos órgãos. "O Governo de Goiás enfatiza ainda que apoia e colabora com todas as investigações do Ministério Público Federal e da Polícia Federal", diz o texto.-Imagem (1.1678322)-Imagem (1.1678332)-Imagem (1.1678333)