O governo estadual admite recuar em pelo menos três pontos do pacote de ajuste fiscal em tramitação na Assembleia Legislativa: reduzir o porcentual e o prazo do Fundo de Estabilização Fiscal (FEF), composto por parte dos incentivos fiscais; manter a parcela indenizatória por transporte, alimentação e hospedagem (PI) a auditores fiscais; e desistir da extinção de parte dos conselhos.Das quatro matérias do programa, uma já está pronta para votação em plenário na próxima semana: aquela que eleva de 13,25% para 14,25% a contribuição previdenciária do servidor público. A deputada Eliane Pinheiro (PMN) foi a relatora na Comissão Mista.VistasOs dois projetos que tratam dos cortes de gastos com pessoal e do FEF tiveram pedido de vistas ontem na Comissão Mista do líder do Governo na Assembleia, José Vitti (PSDB), para avaliação das emendas.Vitti afirmou que o governo estuda a possibilidade de reduzir para 10% a fatia que as empresas terão de repassar dos incentivos fiscais ao FEF e ainda reduzir a 2 anos, em vez de 10, o período de validade do fundo. “Pode ser acertado restringir apenas ao mandato do governador Marconi Perillo (PSDB) e o próximo governador avaliaria se mantém ou não”, conta. O setor produtivo reclama do fundo (leia mais na página 10), que chegou a ser criado no início do ano, mas o governo recuou na decisão. Agora, sob argumento de que é uma das condições impostas pelo governo federal no acordo com os Estados, a proposta voltou. Vitti explicou que vai segurar a tramitação do projeto até que o governo bata o martelo sobre acerto com os empresários.O líder do Governo afirma que a única orientação até ontem era de poupar os auditores fiscais - sob protestos das demais categorias - e aguardar uma avaliação sobre conselhos. Sobre a parte da PI dos auditores, ele afirmou que houve um erro na inclusão. “Aquilo fica a cargo do gestor da pasta conceder ou não. Houve acordo para que não fosse mudado em lei”.A extinção de 50 conselhos será revista porque alguns são exigidos por legislação federal, segundo Vitti.