O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) em Goiás condenou o deputado federal Jovair Arantes (PTB-GO) a pagar multa de R$ 25 mil por utilizar servidor público em sua campanha eleitoral de 2014. O julgamento aconteceu nesta segunda-feira (18), um dia após votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados, em que Jovair foi relator.O caso foi enquadrado no artigo 73 da lei eleitoral, que considera crime ceder servidor público para comitês de campanha eleitoral durante o horário de expediente. De acordo com o site do jornal O Globo, o deputado é acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de usar o assessor da presidência da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Warllen Aparecido Lucas Lemos, em seu comitê eleitoral durante dois meses em 2014. O presidente da Conab na época, Rubens Rodrigues dos Santos, é aliado político de Jovair e foi indicado por ele para o cargo. Ainda de acordo com a reportagem, o advogado de Jovair defende que o local citado na denúncia do MPF não era o comitê eleitoral do deputado, e sim um escritório de representação parlamentar em Goiânia.Outro lado"Demorou demorou, teve julgamento e eu vou recorrer", resumiu Jovair Arantes sobre decisão do TREPor telefone, Jovair Arantes disse que vai recorrer à decisão, mas preferiu não adiantar sua defesa. "Eu tenho consciência tranquila que todas as pessoas que fizeram isso [trabalhar na campanha] foi como voluntário. Quem eu paguei para trabalhar está tudo contabilizado". O deputado considerou "estranho" o julgamento acontecer um dia depois da votação do impeachment. "Não sei se tem relação, não vou afirmar de forma leviana. Só acho estranho", afirmou. Para a CBN Goiânia, Jovair acrescentou que o servidor envolvido no caso estava de férias, podendo fazer o que bem entendesse.