Atualizada às 16h10 - 12/03/2018A Universidade Federal de Goiás (UFG) oferecerá, a partir de abril, um Núcleo Livre Interdisciplinar que vai tratar “O golpe de 2016 e o futuro da democracia Brasil”. De caráter optativo, a disciplina segue a tendência de outras universidades brasileiras que optaram por ofertar o conteúdo depois que o Ministro da Educação, Mendonça Filho, questionou a promoção da disciplina na Universidade de Brasília (UnB), alegando que a mesma fere o princípio da autonomia universitária.#mc_embed_signup{background:#fff; clear:left; font:14px Helvetica,Arial,sans-serif; } /* Add your own MailChimp form style overrides in your site stylesheet or in this style block. We recommend moving this block and the preceding CSS link to the HEAD of your HTML file. */Newsletter O POPULAR - Receba no seu e-mail informação de confiança* preenchimento obrigatórioNome * Email * Uma das organizadoras, professora Margareth Pereira Arbués, também vice-diretora da Regional Goiás da UFG, defende a importância de se discutir a temática na Universidade. “A Universidade enquanto espaço plural e de construção do saber tem o dever histórico de refletir e debater as implicações do golpe sobre os direitos sociais e a democracia brasileira. Uma das dimensões do golpe resvala sobre o avanço de um tipo de ativismo conservador que tem comprometido as conquistas relativas às questões de gênero e aos direitos sexuais”, afirma.Para o diretor da Regional Goiás, professor Renato Francisco dos Santos Paula, é papel da Universidade debater todos os temas que gerem reflexão crítica: “Além das implicações de gênero, o golpe de 2016 também afeta outras dimensões da vida em sociedade, por isso, a disciplina, de caráter optativo, abordará o retrocesso no campo dos direitos sociais e humanos que muda por completo as formas tradicionais de democracia e de justiça social”.PolêmicaA polêmica começou depois que a Universidade de Brasília (UnB) criou disciplinas optativas que levam como tema “o golpe de 2016” envolvendo a ex-presidente Dilma Rousseff.Alegando que a oferta de tais disciplinas fere o princípio da autonomia universitária, o Ministro da Educação, Mendonça Filho, publicou um texto em seu Facebook manifestando insatisfação. Ele alega que “as instituições não são reféns de partidos políticos” e, ainda, que “é inaceitável o uso de recursos humanos e materiais das universidades públicas para a divulgação de teses petistas”.A reação ao discurso do Ministro foi imediata. Em apoio à UnB, outras nove universidades brasileiras informaram que também passariam a ofertar a disciplina.Ciclo de DebatesA UFG, por meio do conselho diretor da Faculdade de Educação (FE), aprovou na última semana a proposta para o curso de extensão chamado “Ciclo de Debates Sobre o Golpe de 2016 e a Universidade Pública”, que tem como referência a disciplina “O Golpe de 2016 e o Futuro da Democracia no Brasil”.O curso acontecerá no miniauditório da Faculdade de Educação. As aulas têm início no dia 16 de março. A carga horária é de 30 horas e os participantes serão certificados. A inscrição é gratuita e pode ser feita no local e na hora dos debates.