A Aparecidense teve quatro testes positivos entre os 32 jogadores, desde que iniciou as atividades visando à temporada de 2022 - desde o dia 27 de dezembro, jogadores chegam aos poucos. Dois foram constatados na sexta-feira (7), após o clube iniciar uma bateria geral de exames em todos os departamentos. Os testes seguirão sendo feitos neste sábado (8). Todos os jogadores estavam assintomáticos e foram isolados. Um deles só se apresentou em Aparecida de Goiânia após o período. O clube não divulgou os nomes dos atletas.Foi a primeira vez neste ano que a Aparecidense começou a fazer testagem geral. Antes, o protocolo era realizar algum exame em profissional que apresentasse sintoma. O clube também vai aguardar orientações da Federação Goiana de Futebol (FGF) e CBF para saber se será necessário seguir com exames pré-jogos.O departamento médico da Aparecidense criou um questionário que será apresentado para os jogadores na próxima semana com o objetivo de levantar dados sobre situações específicas de Covid-19 e influenza.“Eu mesmo que elaborei o questionário para fazer levantamento estatístico e individual para, quando CBF e FGF definirem protocolos, eu já ter dados do clube. Já coloquei na comissão técnica e a ideia é fazer um levantamento para saber a realidade. Coloquei perguntas bem detalhadas sobre a imunização, as datas das doses, quantas doses para a Covid, se vacinou para influenza, se foi contaminado com a Covid, quantas vezes e em quais datas foi confirmado com teste positivo”, explicou o médico da Aparecidense, Rodolfo Cambota.A Aparecidense diz que mantém a rotina de cobrar uso de máscara e álcool em gel nos ambientes do clube, dividiu o elenco em grupos quando fazem uso da academia e reforçam os cuidados para prevenir aglomeração.De acordo com o médico, a Aparecidense não conviveu com surtos de Covid-19 desde o início da pandemia. “Nas duas últimas temporadas, não tivemos surtos. Foram casos isolados. O máximo que tivemos de perda foi de um titular por rodada. Não teve nenhuma rodada com dois titulares com testes positivos. Contribuiu para as boas campanhas. Não se deve a nós, mas ao comprometimento dos atletas e comissão”, afirmou o médico do Camaleão.O clube teve um caso de jogador que testou positivo em 2021 e apresentou complicação em exames complementares. O jogador, que não teve nome divulgado, teve uma fibrose pericárdica. “Ele recebeu todo aconselhamento do clube e do cardiologista que encabeçou a pesquisa que nos orientou, Marcos Perillo. Não teve sintoma nenhum, foi infectado um ano antes e manteve desempenho normal e físico. Ficou afastado alguns dias até que novos exames constataram que o problema havia sido resolvido com o afastamento e treinos específicos”, revelou Rodolfo Cambota.A equipe de Aparecida de Goiânia não trata a vacinação como obrigatória para o elenco, mas Rodolfo Cambota afirmou que os atletas sabem da importância de se vacinar. “É evidente para os atletas que fica mais confortável quando se tem o esquema completo. Isso isenta de coletas durante seis meses, de acordo com o protocolo da CBF. Sabem que, se não vacinar, vão ser testados a cada rodada”, salientou Rodolfo Cambota, que não tem o número exato de vacinados no clube, mas vai fazer o levantamento por meio de questionário.Grêmio Anápolis e Goianésia afirmam que elencos estão vacinadosTodos os 30 jogadores e comissão técnica do atual campeão goiano, Grêmio Anápolis, estão vacinados contra a Covid-19 com ciclo vacinal completo. O clube diz ter utilizado a vacinação contra a doença como critério para contratação e teve dois períodos de exames em todo o elenco, em dezembro nos dias 17 e 27, após alguns jogadores apresentarem sintomas gripais.A Raposa respondeu à reportagem do POPULAR por meio de nota. O clube informou que todos os jogadores que foram contratados para 2022 foram questionados se haviam ou não se vacinado contra Covid-19. Quem não estava com ciclo completo também foi contratado, mas precisou finalizar o ciclo vacinal. O Grêmio Anápolis também explicou que testes no clube são feitos quando algum profissional apresenta algum sintoma. “Não mantemos uma rotina de testes porque todos os jogadores estão vacinados, mas, todos os dias, verificamos as temperaturas dos atletas e se algum deles tem algum tipo de sintomas. Caso isso ocorra, imediatamente é encaminhado para o médico para realizar o teste. Dando positivo, é isolado e realizado os testes em todos os atletas e funcionários do clube também”, disse, em nota, o atual campeão goiano. Apesar de não seguir com testes semanais, o Grêmio Anápolis mantém o hábito de cobrar de jogadores e comissão técnica informações por meio de questionários sobre sintomas. Dos testes feitos no clube desde o início da pré-temporada, em 13 de dezembro de 2021, nenhum resultado positivo foi constatado. Os protocolos de uso de máscara e álcool em gel, além de que aglomerações sejam evitadas, seguem cobrados no clube anapolino.Goianésia Após todo o elenco se vacinar contra a Covid-19, a diretoria do Goianésia deseja viabilizar, junto à prefeitura local, para que os 30 jogadores e comissão técnica do Azulão do Vale também recebam doses da vacina contra a gripe influenza. A equipe azulina diz ter utilizado o ciclo vacinal completo contra a Covid-19 como critério para contratação. “Três ou quatro atletas não tinham tomado a segunda dose. Orientamos e se vacinaram para acertar com a gente. Todo o resto do grupo já tinha tomado as doses antes de iniciarmos a pré-temporada (no dia 3 de janeiro). Até conversei com o pessoal da diretoria para organizarmos junto à secretaria de saúde para vacinarmos contra a gripe”, afirmou o gerente de futebol do Goianésia, Fabrício Leopoldo, conhecido como Gelol. De acordo com o profissional, não há previsão de que o clube faça testes ou questionários semanais para levantar informações do elenco a respeito da pandemia da Covid-19. “São situações que a FGF e CBF nos cobraram nos últimos anos, ainda estamos no aguardo das orientações para 2022. O que seguimos são com os cuidados no dia a dia”, argumentou Gelol, reforçando que todo o elenco do Goianésia está vacinado contra a Covid-19. “Os protocolos são os mesmos e cobramos uso de máscara, não aglomerar, evitar sair pela cidade, que usem álcool em gel. Orientamos que, em caso de sintoma, já procurem a direção do clube para informarmos o nosso médico (profissional da saúde que tem uma clínica particular em Goianésia). Através do que ele orienta, fazemos o teste da Covid-19”, salientou Gelol - todo o elenco do Azulão do Vale mora em um alojamento. “Até facilitou porque não tem familiares. Moram todos juntos em um alojamento e se cobram para seguirem os cuidados”, disse o gerente de futebol. Reunidos há mais tempo, Goiatuba e Jataiense dizem ter controle rígidoA Jataiense começou a pré-temporada no dia 14 de dezembro e tem mantido o controle do elenco em relação à Covid-19. A Raposa do Sudoeste realiza testes a cada 15 dias, mas deve diminuir o intervalo para melhor controle. “A princípio, os testes são realizados a cada 15 dias, mas, devido à nova onda que estamos vendo surgir, já estamos debatendo sobre diminuir o tempo entre os testes”, disse Rodrigo Rangel, que é fisioterapeuta e chefe do departamento médico da Jataiense. Rangel explicou que existe um controle de casos e vacinas para todo o elenco. Neste momento, apenas um jogador não tomou a segunda dose da vacina. “Temos uma planilha com informações referentes ao ciclo de vacinação, se o atleta já foi infectado ou não. Quando ele teve Covid, se foi necessária internação. Atualmente, todos estão vacinados”, disse. Segundo o chefe do departamento médico da Jataiense, os reforços que estão chegando ao clube ficam em regime de quarentena até que seja feito um teste para Covid-19 e são monitorados diariamente, além de munidos de informações sobre a prevenção da doença.GoiatubaCampeão da Divisão de Acesso, o Goiatuba iniciou bem cedo a preparação para o Campeonato Goiano. O clube está reunido desde o dia 13 de dezembro e afirma ter um controle rígido sobre a Covid-19 e para isso conta com um convênio com a Secretaria Municipal de Saúde. Vice-presidente do clube, Ederson Pacheco contou que o Azulão passou por toda a Divisão de Acesso sem registrar casos da doença. “Não temos nem jogadores e nem pessoas da comissão técnica com casos de Covid-19. Nós jogamos toda a 2ª Divisão sem nenhum caso. Nossos protocolos são muito rígidos com relação a esta doença”, garantiu. O dirigente afirma que os jogadores passarão por testes semanalmente e manteve todos os protocolos desde a temporada passada. Sobre a vacinação, Ederson Pacheco disse que o clube mapeia os atletas e disponibilizou vacinação para aqueles que ainda não estavam vacinados. “Assim que os reforços chegam, há testagem de todos e uma quarentena para adentrar nas instalações do clube. Dentro do clube, onde há pessoas aglomeradas, é cobrado o uso de máscaras”, explicou Ederson Pacheco em relação ao protocolo utilizado para a chegada de reforços. Iporá divide grupos. Vila Nova diz que irá mapear vacinação do elencoO Iporá trabalha com 25 pessoas - 18 atletas e membros da comissão técnica. Todos chegaram à cidade e foram testados na rede municipal de saúde. “O jogador chega e faz todo tipo de exame por agendamento. São os testes para Covid-19 e outros tipos de exames, como os de sangue e cardiológicos. Até agora, nenhum caso foi registrado”, diz diretor de futebol do Lobo Guará, Guilherme Gomes. No dia a dia de trabalho, por exemplo, o elenco foi dividido em dois grupos para o uso dos vestiários (visitante e time local) no Estádio Ferreirão, para evitar aglomerações. Outros protocolos, como uso de máscara e álcool em gel, são obrigatórios no clube. Ano passado, segundo Guilherme Gomes, só um caso foi registrado no clube. Guilherme afirma que aguarda as recomendações (protocolos) da FGF e da CBF para saber como proceder com o elenco na questão dos jogos - como e quando será feita a testagem, o que será obrigatório, por exemplo. A meta é reforçar os protocolos à medida que os surtos são verificados em outros clubes, além da nova variante da Covid 19 e os casos de gripes. Por causa de dois casos de jogadores gripados, a chegada deles ao clube ficou atrasada, mas os nomes não foram revelados. Eles estão bem e participam da pré-temporada. O Iporá não obriga a vacinação contra a Covid 19 nem usa a vacinação como critério para contratar um jogador. Porém, se isso passar a ser obrigatório pelos protocolos de saúde da CBF, o clube vai seguir. “Posso dizer que o Iporá seguirá as recomendações”, ressalta o dirigente do Iporá. Vila NovaO Vila Nova orientou os jogadores do elenco a se vacinarem contra a Covid-19, mas não tratou o assunto como uma obrigação. Ainda sem ter um número exato, segundo o médico do Tigre, Tiago Caixeta, a maioria dos 22 atletas que estão treinando na pré-temporada e da comissão técnica já se vacinou contra a doença. O clube fará um levantamento para saber quem ainda não está com ciclo vacinal completo. A equipe colorada não fez testes no retorno para a pré-temporada e ainda não definiu se fará testes semanais. O clube vai aguardar orientações da Federação Goiana de Futebol (FGF) e CBF para saber se terá de realizar exames antes dos jogos. Essa foi uma orientação dos protocolos contra a Covid-19, que foram utilizados nas disputas de 2020 e 2021. “Neste início (de pré-temporada) não exigimos e não fizemos testes (contra a Covid-19). Muitos jogadores até fizeram porque viajaram. Todos deram negativos. Orientamos apenas que mantivessem os cuidados do protocolo de segurança. No clube seguimos com essa orientação, uso de máscara, álcool em gel, evitar aglomerações”, comentou o médico do Vila Nova, Tiago Caixeta. O profissional contou que o clube estabeleceu que vai fazer um formulário para colher informações do elenco. “Vai abranger quantidade e resultados de exames (de Covid-19) feitos, se testou positivo em algum momento, se apresentou sintomas e principalmente sobre a vacinação. Queremos saber exatamente quem está com ciclo completo, mas, pelo que conversei, a maioria já está com as duas doses entre atletas e comissão técnica. Não vamos obrigar a vacinar, é complicado hoje em dia apesar de eu achar que tem de ser, mas vamos buscar esse histórico no grupo. Dos novos reforços, só um atleta tinha uma dose e orientei a tomar a segunda”, disse o médico. Em 2021, o Vila Nova teve dois casos de jogadores que tiveram complicações causadas pela Covid-19. O atacante Pedro Júnior foi o mais emblemático ao revelar que cogitou se aposentar no início do ano passado e que precisou fazer fisioterapia pulmonar para voltar a jogar em alto nível. Outro caso foi o goleiro Fabrício, que, na virada das temporadas de 2020 e 2021, teve alguns problemas musculares, que segundo o médico Tiago Caixeta, afetaram seu desempenho técnico. “Apenas o Pedro Júnior ficou afastado por se tratar de um problema mais sério. O Fabrício conseguiu retomar o ritmo nos treinos, mas não precisou de nenhum tratamento diferente após exames que fizemos”, comentou Tiago Caixeta, que disse que, no atual elenco, nenhum jogador revelou algum tipo de complicação causada pela Covid-19.