Maior campeão goiano, o Aliança ampliou a hegemonia no Estado com a conquista do 15º troféu do Campeonato Goiano de futebol feminino. O tradicional clube, que tem parceria com o Goiás, voltou a vencer a competição, após quatro anos, em uma temporada que começou com rebaixamento no Brasileirão, mas termina com duas taças e esperança renovada para o ano de 2023.Voltar a ser campeão goiano era o objetivo do Aliança. Maior campeão do torneio, o clube não vencia a competição desde 2018. Em 2019, viu o Goiás ser campeão. Em 2020, não houve disputa por causa da pandemia da Covid-19. Em 2021, o Vila Nova/Universo conquistou o 1º título de sua incipiente história.“Este título é de suma importância, tendo em vista que não começamos muito bem o ano de 2022. Infelizmente, tivemos a queda para a A3 do Brasileiro. Aprendemos muito com esse momento dolorido para nós. Conseguimos nos unir e nos reerguer como grupo e equipe. Nunca paramos de trabalhar e isso foi o diferencial para o segundo semestre. O título do Campeonato Goiano só veio para coroar nosso trabalho”, avaliou a técnica Christiane Guimarães, que conquistou o 1º título como treinadora.O 15º título goiano do Aliança foi confirmado na terça-feira (15), com a conquista do 2º turno do Campeonato Goiano ao bater o rival Vila Nova/Universo, por 2 a 1. Como venceu os dois turnos da competição, faturou o troféu sem a necessidade de jogos decisivos contra o time colorado.O elenco, no Goiano, contou com 23 jogadoras entre atletas que já atuavam no clube e reforços que vieram de outros Estados (Rio de Janeiro e Minas Gerais). A capitã é, há anos, a zagueira Dalila, que participou da conquista de 7 dos 15 títulos estaduais do Aliança e voltou a erguer o troféu de campeã mais uma vez em 2022.“Mesmo com tantos títulos e por já ter contribuído com quase metade deles, são sempre emocionantes esses momentos. Cada título parece o primeiro. O entusiasmo, o frio na barriga, é tudo sempre do mesmo jeito, é excepcional a sensação de dever cumprido, felicidade que transborda e um orgulho enorme de fazer parte do melhor time feminino do Estado”, declarou Dalila, de 30 anos, que está no Aliança desde os 14 anos e é formada em Psicologia graças à antiga parceria do clube com uma universidade.Para a técnica Christiane Guimarães, o diferencial para a conquista do título goiano foi o comprometimento das jogadoras, principalmente com a chegada de reforços de outros estados. “As atletas que vieram de outros estados estavam abertas a aprender e a somar com quem já estava aqui. Isso foi muito importante para todo o processo”, elogiou a treinadora.Com o fim da temporada, o elenco do Aliança ganhou férias e vai retornar aos trabalhos na próxima temporada. Para 2023, o foco é buscar o acesso à Série A2. “Porém, queremos trabalhar de uma forma mais coesa. Com a história e a representatividade que o Aliança possui, tem que estar sempre buscando o topo de tudo”, completou a técnica Christiane Guimarães.O ano de 2022 teve ainda outra conquista para o Aliança. O time disputou a Taça das Favelas com jogadoras que atuaram na disputa do Campeonato Goiano. Representando o Gentil Meireles, bairro da sede do clube, a equipe bateu o Carolina Parque, que teve as atletas do Vila Nova/Universo, por 2 a 0.“Ganhar títulos é sempre muito importante para qualquer equipe. O Goiano coroou o trabalho intenso de todos, tanto jogadoras quanto comissão técnica, diante de um jejum de títulos goianos que estávamos vivendo. Só confirmamos nossa hegemonia no Estado. A conquista dos dois títulos, com a Taça das Favelas, nos dá mais ânimo para o próximo ano”, salientou a zagueira Dalila, que vai para o 17º ano no Aliança.Times goianos no Brasileiro femininoTrês equipes do Estado vão disputar competições nacionais em 2023Brasileiro Série A2- Vila Nova/Universo (conquistou acesso em 2022)Brasileiro Série A3- Aliança/Goiás (foi rebaixado na atual temporada)- Atletas de Jesus (conquistou a vaga por meio do vice-campeonato goiano)Datas e formatos de disputas serão divulgados pela CBFLeia também:+ Futebol goiano tem mais uma promessa de incentivo ao feminino+ Palmeiras supera Boca Juniors e conquista inédita Libertadores feminina