Começar e concluir uma edição da Caminhada Ecológica é o desafio que move cada atleta do projeto. Antes de cada passada, é necessário se certificar que a saúde do participante está em dia e que reúne condições clínicas para suportar os cinco dias de estrada e os mais de 300km de percurso, de Trindade até Aruanã.Por isso, os 30 atletas selecionados (25 homens e 5 mulheres) depois de três etapas da seletiva (prova física realizada nos dias 14 e 15 de junho) passaram pelos exames e testes cardiológicos do Centro de Diagnóstico por Imagem (CDI G) em Goiânia. A 32ª Caminhada Ecológica é realizada pelo Grupo Jaime Câmara (GJC) e pelo Jornal O Popular e parceiros, como o CDI G.É nesta etapa que os participantes se certificam de que podem cumprir a jornada com a devida segurança e de forma saudável. “O grande objetivo é averiguar que (atletas) têm condições de realizar todo o percurso sem riscos e verificar as condições cardiovasculares deles, verificar as condições para fazer uma atividade extenuante e que se encontram preparados para o esforço deste nível”, explicou o médico, sócio e CEO do CDI G, Francisco Porto.Entusiasta do pioneirismo do projeto e da dedicação dispensada por cada atleta, Francisco Porto lembra que, pela terceira vez, o CDI G será parceiro da Caminhada Ecológica com o “selo de qualidade” da empresa.Nas palavras dele, o atleta necessita, antes de mais nada, ter a iniciativa de saber como o corpo dele funciona e se está apto para fazer esforço físico, como os da Caminhada Ecológica. “Toda atividade física exige (pessoa) checar antes como está.”Os 30 selecionados fizeram no CDI G, o ecocardiograma e os testes ergométricos. Eles atestam a saúde cardiológica de cada atleta. Os resultados dos dois métodos são praticamente instantâneos, mas os dados serão avaliados pelos médicos do CDI G, uma espécie de junta médica de especialistas. Se houver algum problema, a coordenação da Caminhada Ecológica é avisada, assim como o atleta toma conhecimento do diagnóstico. Por isso, um dos selecionados pode ser vetado nos testes, conforme os resultados. A participação do CDI G passa pelos testes cardiológicos e continua durante a 32ª edição da Caminhada Ecológica. Uma médica estará acompanhando o desempenho dos 30 atletas, dando-lhes orientações e fazendo os atendimentos, se houver necessidade. Uma das recomendações, na verdade uma exigência, será a “boa hidratação” da equipe. Nas avaliações, durante os cinco dias, também haverá a preocupação com as dores musculares que, eventualmente, ocorrem com os atletas.“É importante fazer exames periódicos e de qualidade. Para os atletas da Caminhada Ecológica, estar bem de saúde e saber que podemos fazer com segurança atividades físicas é satisfatório”, disse Silveliton Alves de Lima, de 40 anos. Conhecido como Nonô, ele se prepara para a 8ª participação no projeto. Exames laboratoriaisOs atletas selecionados à 32ª Caminhada Ecológica também passaram pela bateria de exames laboratoriais antes da realização do projeto, que será realizado entre os dias 22 e 26 de julho, para verificação das condições clínicas de cada um deles. O Laboratório Padrão, com unidades espalhadas por Goiânia, região metropolitana da capital e por outras cidades do interior, é o parceiro da 32ª edição do projeto e cada participante escolheu a unidade que fosse mais próxima da moradia ou trabalho para coleta de sangue. Também foi realizado o exame de urina tipo 1, conforme a explicação da Doutora Marília Turchi, assessora médica do Laboratório Padrão.A coleta de sangue serve para a realização de uma série de exames solicitados pela coordenação da Caminhada Ecológica: hemograma completo, glicemia de jejum, hemoglobina glicada, creatinina, ureia, potássio, ácido úrico, vitamina D, ferritina, ferro sérico, hormônio de tireóide TSH, sódio e função hepática. “Os exames são rápidos. No máximo, levam dois dias para terem os resultados”, citou Marília Turchi.Para um atleta, como os da Caminhada Ecológica e de outros esportes, a lista de exames clínicos é recomendável para verificar se também está apto às exigências de uma atividade física desgastante. “O ideal é que os atletas façam periodicamente os exames. No mínimo, uma vez por ano. Eles (exames) ajudam a avaliar um conjunto de situações, importantes à prática esportiva”, esclareceu a médica do Laboratório Padrão. Através deles, é possível diagnosticar valências, ou ainda, deficiências que precisam ter cuidados ou serem tratadas. “São exames de rotina que dão o parâmetro de como a pessoa se encontra naquele momento e que servem para averiguar se está dentro de uma normalidade”, afirma Marília Turchi, também atleta, mas voltada às provas curtas, de 5km e que, algumas vezes, pôde acompanhar a chegada dos atletas a Araguapaz, cidade que faz parte do roteiro da Caminhada Ecológica, no penúltimo dia de cada edição.