Para largar na frente nas quartas de final da Copa do Brasil, o Atlético-GO terá de aproveitar momentos em que o Corinthians apresentar queda no ritmo durante o duelo desta quarta-feira (27) e uma possível falta de entrosamento que a equipe pode apresentar por causa das prováveis mudanças que o técnico Vítor Pereira vai promover. Essas são as opiniões de especialistas sobre como o Dragão pode buscar um bom resultado no jogo de ida, no Accioly.Três analistas consultados pelo POPULAR concordam que o time do Corinthians apresenta disciplina tática, é eficiente e competitivo. Todos reforçam, entretanto, que o time paulista dá brechas para os adversários em determinados momentos do jogo, por causa do cansaço causado pelo acúmulo de partidas seguidas, como também ocorre com o Atlético-GO, por estar vivo em três competições.“O principal ponto fraco do Corinthians são as três competições, o excesso de jogos e o departamento médico muito movimentado. O que a gente vê no Corinthians é falta de intensidade em momentos do jogo. O Atlético-GO tem que resistir ao Corinthians e aproveitar para espetar nos momentos em que o Corinthians sente”, avisou o jornalista Sérgio Xavier, do Sportv.O pensamento é reforçado pelo jornalista André Kfouri, do Grupo Disney. Ao longo da temporada, o Corinthians teve desfalques por lesões e chegou a ter um time inteiro de ausência em determinado momento do ano. Para o duelo desta quarta-feira (27), de sete a oito mudanças podem ser feitas pelo técnico Vítor Pereira, que adota sistema de rodízio. O goleiro Cássio deve jogar.Leia também:+ Atlético-GO x Corinthians: onde assistir, escalações e detalhes+ Suárez anuncia retorno ao Nacional-URU, e Atlético-GO brinca: 'aí é f*'As mudanças podem causar, em fases do jogo, falta de entrosamento, que pode ser aproveitada pelo Atlético-GO. “As soluções encontradas pela comissão técnica (do Corinthians) foram capazes, até agora, de manter o nível de competição do time, mas com um jeito de jogar muito distante do desejado. Um time que não tem sequência sempre apresenta alguns problemas”, salientou André Kfouri.O Corinthians de Vítor Pereira é um time disciplinado. O treinador português varia sistemas táticos. Na fase de construção de jogadas, utiliza a saída de três, alternando o terceiro homem entre meia e lateral. Sempre tem um volante na cobertura. A ideia é ter opções para triangulações.A partir disso, o jogo apoiado é a característica do time paulista. A ideia do técnico português é que o Corinthians avance no campo com posse, troca de passes, mobilidade, ocupação de espaços dos jogadores sem a bola e tente dominar o adversário na busca da finalização certeira.O Corinthians é o time mais letal, na Série A, entre as 20 equipes. O clube alvinegro tem média de um gol a cada três chutes no alvo. Contra o Atlético-MG, na última rodada do Brasileirão, finalizou três vezes e marcou dois gols.“Vítor Pereira conseguiu convencer os jogadores de que é possível competir e vencer sob qualquer circunstância. Jovens entram no time e se comportam como se fossem experientes. O Corinthians, mesmo não jogando bem sempre, é um time que tem muita confiança”, reforçou o jornalista André Kfouri.Uma marca de Vítor Pereira é deixar as formações corintianas mais jovens. Atletas como Adson (21 anos), Roni (23), Lucas Piton (21) e Raul Gustavo (23), por exemplo, são utilizados com frequência pelo treinador e devem estar em campo contra o Atlético-GO.“As ideias do Vítor Pereira foram bem encaixadas. Ninguém fala mais de colocar só medalhões, todos entenderam que é preciso passar pelo processo de juventude e isso tem sido bem aceito. Esse time parece que assimilou o que quer o Vítor Pereira. Seja jogar tendo mais a bola, no erro do adversário, sofrer durante um tempo e aproveitar um lance ou outro, como ocorreu contra o Atlético-MG no Brasileirão”, pontuou o jornalista Mário Marra, do Grupo Disney.