O Atlético-GO terá dois recursos julgados nesta quinta-feira (15), na sessão do Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), a partir das 11 horas. O clube foi punidos duas vezes em primeira instância em casos que têm relação com o comportamento de torcedores no Accioly.No caso de injúria racial contra o volante Fellipe Bastos (Goiás) no clássico pela Série A, no dia 8 de maio, o Atlético-GO perdeu um mando de campo e foi multado em R$ 50 mil. O clube recorreu e pediu efeito suspensivo da pena, no que foi atendido. Agora, mais de quatro meses depois do episódio, volta ao STJD.Fellipe Bastos denunciou ter sido xingado de “macaco” por um torcedor do Atlético-GO. O jogador do Goiás registrou boletim de ocorrência no Grupo Especializado de Crimes Raciais e Delitos e Intolerância (Geacri). O caso foi investigado pela Polícia Civil e uma imagem do acusado foi divulgada, mas a identificação da pessoa ainda não ocorreu.Leia também:+ Para evitar queda, gargalo do Atlético-GO é a defesa+ Lateral do Atlético-GO concorda com cobranças antes de enfrentar o vice-líderNo julgamento em primeira instância, auditores do STJD falaram seguidas vezes sobre a necessidade de identificação e de combate ao racismo nos estádios.Outra punição recebida pelo Atlético-GO foi por causa de gritos homofóbicos, invasão de um drone e um objeto atirado no gramado durante outro clássico com o Goiás, válido pela Copa do Brasil, no dia 26 de junho.O clube foi punido com multas de R$ 10 mil pelos cânticos homofóbicos e de R$ 5 mil pelo drone e pelo objeto atirado no gramado.Na súmula da partida, o árbitro Flávio Rodrigues de Souza (Fifa/SP) relatou que “aos 5 minutos do primeiro tempo, foram observados gritos homofóbicos da torcida do Atlético-GO que se encontrava atrás do gol do goleiro Tadeu proferindo as seguintes palavras: ‘mocinha, mocinha, mocinha’”. Escreveu também que, aos 22 minutos da etapa, “o sistema de som do estádio informou que não fossem pronunciados gritos homofóbicos”.O árbitro registrou ainda a presença do drone, sem a necessidade de paralisação da partida, e que um copo foi arremessado ao campo de jogo.O Atlético-GO terá dois advogados na sessão do Pleno: Marcos Egídio e Paulo Henrique Pinheiro.Segundo Marcos Egídio, os torcedores não entoaram música homofóbica contra o alviverde e a pauta gera “apelo para punição” contra o clube. Em relação ao drone, alega que o objeto sumiu e não foi identificado quem fez uso dele. O clube, segundo ele, não pode ser punido por causa disso.No caso da injúria racial, Paulo Henrique Pinheiro disse que confia na absolvição, que as causas inerentes à situação têm sido bandeiras atuais e que será uma pauta difícil para a defesa do Atlético-GO no Pleno.