A conjugação do verbo empatar é um grande problema no dicionário do Atlético-GO. Quando o time não marca gol e fica no 0 a 0, a equipe sofre gol em circunstâncias que viram motivo de lamentações, como no 1 a 1 contra o Juventude, quando cedeu a igualdade aos 43 minutos do segundo tempo, em falha do lateral Igor Cariús.Faltando quatro rodadas para o término do torneio, o Dragão caminha para superar a quantidade de empates do clube nas participações na elite do Brasileirão. Nas últimas rodadas na Série A, o Atlético-GO coleciona sequência de sete jogos sem vitória - são três derrotas e quatro empates consecutivos.Depois de alcançar quatro empates seguidos - contra Santos e América-MG (0 a 0), Ceará e Juventude (ambos de 1 a 1) -, o Atlético-GO é um dos times que mais empataram nesta Série A. Já são 14 resultados de igualdade, número só superado nesta quarta-feira (24) por Ceará e Cuiabá (16 empates), mas que compensam isso com vitórias, produto em falta no Dragão.Pode-se dizer que o Atlético-GO já empatou com a temporada passada do Brasileirão - são 14 empates. A diferença é que o clube ainda tem mais quatro partidas pela frente e, se empatar uma delas, superará todas as edições dele na Série A: 2010, 2012 e 2017 (9 empates), 2011 (12 empates) e 2020 (14 empates).Sem vencer na competição e só empatando, o clube se vê ameaçado de descenso, mesmo que tenha jogado bem. “Nos empates, jogamos muito melhor que os outros times. Contra o Santos (0 a 0), amassamos o time deles. Diante do América-MG (0 a 0), foi o jogo mais complicado que tivemos de empate. Acho que foi bom. Contra o Ceará (1 a 1), nós jogamos bem melhor. Agora (1 a 1 com Juventude), também. Acho que é como o Marlon (Freitas) falou no vestiário, que não adianta jogar bem. Temos de jogar bem e transformar isso em vitória”, constatou o atacante Zé Roberto, autor do gol no jogo passado. Segundo ele, o time atleticano tem de “resolver os jogos”, jogando bem ou mal.As duas igualdades contra o Juventude (1 a 1) podem explicar a pontuação aquém do que o clube planejava. Nos jogos contra a equipe do interior gaúcho, Zé Roberto abriu o placar no segundo tempo, mas o Dragão levou o gol no final: de pênalti, batido por Matheus Peixoto, aos 51 minutos do segundo tempo, em Caxias do Sul (RS), e o marcado por Ricardo Bueno, aos 43 minutos da etapa final no jogo que calou a torcida no Estádio Antonio Accioly lotado - teve 9.051 pagantes.Outra frustração do Atlético-GO é que alguns empates foram em casa e diante de concorrentes da chamada “tabela do clube”: Sport (1 a 1), América-MG (1 a 1), Cuiabá (0 a 0), Ceará (1 a 1), Fortaleza (0 a 0), Chapecoense (1 a 1). Por isso, se vê na obrigação de vencer em Chapecó, na noite desta sexta-feira (26).Zé Roberto deve ser uma das novidades do time, assim como Arthur Henrique tem boas chances de começar como titular na lateral esquerda.A delegação atleticana viajou na noite desta quarta-feira (24) para o pernoite em São Paulo, onde vai treinar no CT do Corinthians na manhã desta quinta-feira (25). À tarde, segue viagem para Chapecó. O retorno será no sábado (27), com treino no CT do Dragão no domingo (28) e concentração para outro jogo decisivo na segunda-feira (29), contra o Bahia.