A fase copeira do Atlético-GO ficou para trás depois de a equipe ter sido eliminada pelo São Paulo na semifinal da Copa Sul-Americana, na noite de quinta-feira (8), no Morumbi. No calendário atleticano, até o final da temporada, resta apenas a Série A do Brasileiro e é para ela que o clube voltará atenções para tentar evitar o pior - o rebaixamento à Série B - num ano de resultados positivos nas outras competições, apesar das eliminações após abrir vantagem.A partir do que houve até agora, e do que será avaliado nas 13 rodadas restantes do Brasileiro, a direção atleticana vai preparar o planejamento do futebol para 2023. Além disso, reformular o elenco com base no que foi produzido. O técnico Eduardo Baptista segue no comando.O discurso é de salvar o clube do descenso na Série A, cuja participação era tratada como prioridade desde o início do ano. O Dragão está em penúltimo lugar na Série A (22 pontos) e disputa jogo decisivo contra o Coritiba (25 pontos), neste domingo (11), às 16 horas, na capital paranaense.Até a derradeira partida da Série A, o clube disputará 39 pontos e precisa obter pelo menos 60% deles (23 pontos). No radar, os concorrentes principais são Coritiba, Avaí, Cuiabá e Juventude. Na projeção do presidente Adson Batista, só um deles deve escapar.Os adversários do Atlético-GO serão: Coritiba, Corinthians, Avaí, Juventude, São Paulo, Fortaleza e América-MG (fora), Inter, Fluminense, Palmeiras, Ceará, Santos, Athletico-PR (em casa). A maioria está do meio para cima da tabela, mira vagas na Libertadores ou Sul-Americana e vê possibilidades de conquista do título da Série A.Leia também:+ Atlético-GO fecha copas com premiação de R$ 25,5 milhões+ Tite convocação seleção com Pedro, Bremer e IbañezCaso o Dragão consiga se salvar do descenso, fechará uma das temporadas mais vitoriosas do clube, na qual reconquistou o Goianão, chegou às quartas de final da Copa do Brasil e foi semifinalista da Sul-Americana. Caso contrário, esse desempenho fica maculado pelo retorno do Atlético-GO à Série B 2023, mudando por completo o calendário.Como a salvação na Série A é uma missão difícil, voltar à Sul-Americana ficou mais distante ainda. Se deixar de disputar o torneio continental, perderá seis jogos em 2023. Essa é uma contradição: o Dragão sonhou com a final, o título da Sula e a vaga na Libertadores, mas poderá acordar sem calendário internacional no próximo ano.O planejamento para 2023 pode começar a partir dos resultados até o início do próximo mês (outubro). O Atlético-GO terá quatro jogos, até início de outubro, que devem nortear as decisões a serem tomadas pelo presidente, Adson Batista, nesse período. O time enfrenta dois concorrentes ao descenso - Coritiba (dia 11) e Avaí (dia 1º de outubro), fora - e dois postulantes às vagas na Liberadores e até ao título da Série A: Inter (dia 19, em casa) e Corinthians (dia 28, fora).Se o time não conquistar uma boa pontuação nessa sequência, o deverá antecipar uma reformulação profunda no elenco, conforme revelou Adson Batista após a eliminação para o São Paulo, quinta-feira (8).Nesta temporada, o dirigente trouxe alguns jogadores com os vínculos contratuais mais longos, como Pedro Paulo e Ronaldo (goleiros), Camutanga, Ramon Menezes, Lucas Gazal (zagueiros), Kelvin, Léo Pereira, Airton (atacantes), Rhaldiney e Shyalon (meias). São atletas jovens e deverão ser melhor avaliados neta Série A - à exceção dos contundidos Ronaldo e Ramon Menezes (não atuam mais neste ano).Resultados negativos obtidos fora nas duas decisões nas copas - eliminações na capital paulista para Corinthians (quartas de final da Copa do Brasil) e São Paulo (semifinal na Copa Sul-Americana) - e a campanha ruim na Série A não foram bem digeridos internamente.Nos últimos 13 jogos do Brasileiro, o Dragão venceu só duas vezes, empatou três e sofreu oito derrotas. Por isso, desceu de uma faixa intermediária para as últimas posições (Z4).O outro desafio será trazer o apoio da torcida para o lado do time nos jogos em casa. O elenco, a diretoria, a comissão técnica e a torcedores sentiram bastante a eliminação na Sul-Americana. O atacante Léo Pereira chorou após desperdiçar o último pênalti. Outros titulares, como Jorginho e Gabriel Baralhas, mostraram abatimento no Morumbi depois da eliminação para o São Paulo. O “fator emocional”, após cada jogo, será decisivo para a escalação dos jogadores nas partidas seguintes.