Desde que a temporada acabou, o volante Ronald vive uma indefinição no Atlético-GO. O contrato dele por empréstimo do Grêmio chegou ao fim e o jogador ficou sem vínculo com o time goiano. O Dragão demonstrou interesse em sua permanência, mas essa decisão depende do tricolor gaúcho. A situação se arrasta há semanas.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/esporte/atletico-go-deve-aumentar-reformulac-o-em-comparac-o-com-goian-o-2025-1.3349870">Atlético-GO deve aumentar reformulação em comparação com Goianão 2025</a></div>

Ao POPULAR, o presidente atleticano Adson Batista afirmou que Ronald é “um bom jogador e ótimo profissional” e garantiu que o clube está "trabalhando" para mantê-lo no elenco para o ano que vem. Anteriormente, o próprio Ronald já havia dito ter interesse em continuar no Dragão.

O Atlético-GO tem poucos volantes em seu elenco, após as saídas de Luizão, Castro e Ezequiel Ham. Por isso, a permanência de Ronald é tratada como prioridade no Dragão. O clube já buscou duas reposições no mercado de transferências - Igor Henrique, do Vila Nova, já anunciado, e Netinho, da Ferroviária, ainda não oficializado - e, se mantiver Ronald, terá opções suficientes para pelo menos iniciar a temporada com tranquilidade na posição.

No entanto, tudo depende do Grêmio. No dia 8 de novembro, foram realizadas as eleições no clube gaúcho, e Odorico Roman assumiu o posto de presidente, substituindo a gestão de Alberto Guerra, que teve um mandato de três anos entre 2023 e 2025.

Todas as decisões sobre o futebol foram interrompidas até que um novo mandatário assumisse, e a partir disso o tricolor deu início ao planejamento de elenco para 2026. Desde então, o Grêmio contratou o técnico Luís Castro para o lugar de Mano Menezes e está monitorando o plantel para definir quem fica e quem sai.

Até o momento, as únicas movimentações confirmadas foram as renovações com o zagueiro Kannemann, o volante Edenilson e o atacante Alysson. Ronald é um dos três jogadores que voltaram de empréstimo ao tricolor gaúcho, ao lado do goleiro Adriel, que estava no Athletic-MG, e do volante Mila, que defendeu o Tombense.

O argumento do Atlético-GO para convencer o Grêmio a estender o empréstimo por mais uma temporada é dar minutagem para Ronald se desenvolver em um campeonato competitivo como a Série B, além de ter Copa do Brasil, Copa Centro-Oeste e Goianão, sendo que o atleta possui apenas 22 anos e o único time em que ele atuou sem ser o tricolor foi justamente o Dragão.

No Grêmio desde o sub-12, Ronald fez a sua estreia pela equipe profissional em 2023 - jogou dez partidas e marcou um gol. Em 2024, entrou em campo 14 vezes. Em 2025, foram 12 partidas por Copa do Brasil, Copa Sul-Americana e Série A antes do empréstimo ao Atlético-GO, concretizado no dia 25 de agosto.

No Dragão, Ronald não demorou a ganhar sequência. Estreou no dia 31 de agosto e, a partir dali, entre a 24ª e a 37ª rodadas da Série B, foi titular em todos os 14 jogos que disputou. Só não enfrentou a Chapecoense na 38ª rodada porque estava suspenso pelo terceiro cartão amarelo.

Se Ronald renovar com o Atlético-GO, se juntará aos goleiros Vladimir e Paulo Vítor, aos zagueiros Adriano Martins e Heron, ao lateral esquerdo Guilherme Romão, ao lateral direito Valdir Júnior e aos atacantes Jean Dias e Yuri Alves como remanescentes de 2025, além do técnico Rafael Lacerda. O zagueiro Tito também tem renovação encaminhada.

Atlético-GO trabalha por permanência de Ronald e aguarda decisão do Grêmio

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Indefinição

O ataque do Goiás terá novidades na temporada de 2026. O clube esmeraldino negocia com pelo menos dois atacantes - um centroavante e um atleta de beirada - e quer reforçar o setor ofensivo para o ano que vem. Essa é uma das prioridades do diretor de futebol Michel Alves no mercado.

Um dos reforços para o setor ofensivo pode ser o atacante Iury Castilho. O Goiás iniciou conversas com o estafe do jogador há alguns dias e tenta chegar a um acordo. A contratação seria por empréstimo por uma temporada.

Iury Castilho foi contratado pelo Coritiba no meio deste ano em definitivo com vínculo de três anos - até junho de 2028. O atacante terminou a temporada em baixa no clube paraense, que foi campeão da Série B, e está na lista de jogadores negociáveis.

O atacante é formado na base do Avaí e jogou por anos fora do País com passagens por Ucrânia (Zorya), Emirados Árabes Unidos (Al-Nasr), Arábia Saudita (Al-Fayha), Portugal (Portimonense) e Japão (Renofa Yamaguchi).

Iury Castilho se destacou no retorno ao Brasil com boa passagem pelo CSA em 2021, com 16 participações diretas em gols, sendo 11 gols e cinco assistências, em 45 jogos pelo time alagoano. Neste ano, a equipe alagoana ficou a 2 pontos do acesso à Série A.

O atacante tem no currículo três acessos seguidos à elite nacional, com dois títulos. Em 2023, conquistou seu primeiro título da Série B com o Vitória. Na temporada seguinte, em 2024, o jogador foi um dos destaques do Mirassol, com cinco gols em 18 partidas e o acesso. Neste ano, participou da campanha do título do Coritiba.

Iury Castilho disputou 27 partidas na Série B deste ano, marcou quatro gols e distribuiu três assistências. Apesar de ter sido titular em boa parte dos jogos - foram 20 vezes na formação inicial -, o atacante terminou a temporada em baixa por causa da pouca participação em gols e por não ter correspondido às expectativas.

Centroavante

Além de um ponta, que pode ser Iury Castilho, o Goiás também quer um centroavante para a temporada de 2026. Nenhum nome foi divulgado, mas o clube esmeraldino tem buscado no mercado nacional e sul-americano um jogador da função. No elenco, Anselmo Ramon é a única opção para o técnico Daniel Paulista.

Em 2025, o Goiás começou a temporada com Breno Herculano, Edu e Facundo Barceló para a posição. Nenhum conseguiu deslanchar no comando do ataque esmeraldino.

Em abril, Anselmo Ramon foi contratado e, após saídas de Breno Herculano, Edu e Facundo Barceló, o atacante Arthur Caíke passou a jogar improvisado como centroavante em algumas ocasiões.&nbsp;

Arthur Caíke também não teve bom desempenho e foi mais um atacante que deixou o Goiás, mas apenas após o fim da Série B. A busca de um centroavante reserva se tornou uma das prioridades do diretor Michel Alves.

Quem fica

Para 2026, o ataque do Goiás terá jogadores conhecidos que permanecem no clube por terem contratos. São os casos dos atacantes Jajá, Esli Garcia, Pedrinho (único com contrato mais longo, até final de 2027), Jean Carlos e Anselmo Ramon.

Ataque do Goiás deve ter novidades em 2026; veja quem o clube pode contratar

Mercado

Uma goiana de 30 anos está desaparecida desde o dia 29 de novembro, após relatar à família que estava sendo perseguida enquanto vivia na Europa. Bianca Ferreira da Rocha Pimenta morava há cerca de quatro anos em Portugal, onde possuía cidadania portuguesa, e mantinha contato diário com familiares no Brasil até o dia do desaparecimento.

Em entrevista ao g1, a mãe, Luiza Ferreira da Rocha, disse que Bianca passou a relatar episódios de perseguição no fim de novembro, sem conseguir explicar exatamente quem a estaria seguindo ou por qual motivo.

<cite>A minha filha é uma mulher trans e ela estava se sentindo ameaçada, se sentia perseguida. Ela é uma menina meiga, doce, gentil. Só estava correndo atrás do sonho dela de ir para fora do Brasil", disse, chorando.</cite>

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/empresario-acusado-de-matar-companheira-e-fingir-que-ela-sumiu-e-condenado-a-17-anos-de-pris-o-1.3348510" target="_self">Empresário acusado de matar companheira e fingir que ela sumiu é condenado a 17 anos de prisão</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/adolescente-desaparece-apos-sair-de-casa-para-vender-doces-em-goiania-1.3344906" target="_self">Adolescente desaparece após sair de casa para vender doces, em Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/tecnica-de-enfermagem-que-desapareceu-em-rio-verde-e-encontrada-em-mata-no-parana-1.3346692" target="_self">Técnica de enfermagem que desapareceu em Rio Verde é encontrada em mata no Paraná</a></div>

Segundo a família, uma amiga comprou uma passagem para Bucareste, na Romênia, e custeou dois dias de hospedagem para que ela pudesse se reorganizar. Bianca chegou ao país no dia 23 de novembro, no período da madrugada, e inicialmente ficou em um hotel reservado pela amiga.

"Em cada lugar que vou, eu faço um relatório enorme e relato para o delegado. Depois que faço tudo, eles dizem que é com o Itamaraty. A gente não sabe se a polícia está procurando por ela. A família está desesperada porque ela não deixava de ter contato com a gente”, contou a mãe.

O POPULAR tentou entrar em contato com a embaixada do Brasil em Bucareste, com o Itamaraty e com a polícia da Romênia para saber como estão as buscas por Bianca, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

Ainda segundo informações do g1, após dois dias, Bianca afirmou que não estava se sentindo bem no local e voltou a relatar perseguições. Nesse período, ela manifestou o desejo de retornar a Portugal, mas disse que não tinha dinheiro para comprar outra passagem.

"Eu não sei o que aconteceu com a minha filha. Ela pode ter tido um surto psicótico. Ela pode estar presa, não sei. A gente não sabe. O consulado fala que ela não saiu do país", desabafou Luiza.

<h2>Último contato</h2>

O último contato da família com Bianca aconteceu no dia 29 de novembro. Em uma chamada de vídeo com a tia, Ana Paula Ferreira, ela afirmou que estava solicitando um carro por aplicativo para ir ao aeroporto de Bucareste.

A ligação foi interrompida enquanto o celular estava com pouca bateria e, desde então, não houve mais respostas às mensagens ou chamadas. A família afirma que não há registro de que ela tenha embarcado no aeroporto da capital romena.

Ana Paula ainda relatou ao g1 que a jovem já havia apresentado, no Brasil, episódios de depressão e ansiedade, o que levanta a possibilidade de uma crise psicológica no período que antecedeu o desaparecimento.&nbsp;

"Ela só falava ‘tia, eles vão me matar, não deixa eles me machucarem’, mas ela nunca detalhava o porquê ela se sentia assim. Eu tentava perguntar o que que estava acontecendo, mas ela não falava”, contou Ana Paula.

Mulher trans desaparece após dizer que era perseguida na Europa e tentar ir ao aeroporto, diz mãe

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Desaparecimento

Desde o fim da Série B, o Vila Nova está no mercado de transferências. Um dos nomes no radar há mais tempo é o do atacante Janderson, que chegou a ter um acordo encaminhado com o Tigre, mas a situação esfriou por causa do Ceará.

A 38ª rodada da Série B foi disputada no dia 23 de novembro. Janderson, que fazia parte do elenco do Remo e fez 33 jogos, dois gols e seis assistências pelo time na temporada, conquistou o acesso à Série A com a equipe paraense.

Apesar do objetivo assegurado, o atacante terminou como reserva e em momento de instabilidade. Por isso, o Remo optou por não renovar o contrato de empréstimo com o Ceará, dono dos direitos de Janderson. Foi então que o Vila Nova enxergou a oportunidade de trazê-lo para a disputa da Série B de 2026.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/esporte/para-2026-vila-nova-aposta-em-atletas-com-pouca-minutagem-neste-ano-1.3349856">Para 2026, Vila Nova aposta em atletas com pouca minutagem neste ano</a></div>

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A contratação estava encaminhada, mas a situação mudou em 7 de dezembro, na 38ª rodada da Série A. O Ceará, que tinha poucas chances de cair em relação a adversários como Internacional e Vitória, perdeu em casa para o Palmeiras, viu os concorrentes diretos fazerem as suas partes e acabou rebaixado para a 2ª Divisão.

Com a queda, as negociações de Janderson com o Vila Nova foram pausadas porque o Ceará entende que o atacante pode ser útil em uma disputa de Série B. Mesmo assim, a diretoria colorada segue otimista por um acerto com o jogador, que seria a 10ª contratação da equipe para 2026, atingindo a quantidade calculada pelo clube para a pré-temporada.

Até agora, os nove jogadores anunciados foram os seguintes: os goleiros Airton e Gabriel Átila, o zagueiro Anderson Jesus, os volantes Marco Antônio e Willian Maranhão, o meia Marquinhos Gabriel e os atacantes Dellatorre, Rafa Silva e Ryan.

Entenda por que o Vila Nova ainda não acertou com Janderson

Desde 1937, o Palácio das Esmeraldas, sede do governo do Estado e residência oficial do governador, é testemunha de mudanças de poder, embates políticos e transformações que moldaram a história de Goiás. Esse espaço é o fio condutor do livro Os Inquilinos da Casa Verde, do jornalista e escritor Hélio Rocha, lançado em 1998. A obra, que revisita oito décadas de história política goiana, ganha agora uma edição ampliada e atualizada pelas mãos de Bruno Rocha e Ana Cláudia Rocha, respectivamente filho e irmã de Hélio, falecido em 2024. O lançamento será nesta quarta-feira (17), às 16 horas, no Espaço Cultural Carmo Bernardes, no TRE-GO, na Praça Cívica.

“Esse livro foi a primeira obra literária escrita pelo meu pai, o primeiro dos 18 que ele publicou, e também a de maior referência”, afirma Bruno Rocha. Segundo ele, o fato de a obra ter inaugurado a produção literária de Hélio Rocha e se consolidado como referência foi decisivo para a atualização. “Isso nos levou, a mim e à Ana Cláudia, a decidir pela atualização até o governo de Ronaldo Caiado. Era um desejo do meu pai”, destaca. Bruno acrescenta que sua participação na pesquisa e na edição de praticamente todos os trabalhos do autor o motivou a assumir o desafio. “Sei da importância desse livro para a sociedade, e a sua atualização se torna fundamental, de tempos em tempos”, ressalta.

A terceira edição de Os Inquilinos da Casa Verde traz uma atualização ampla do conteúdo original, com revisão completa do texto, atualização de dados econômicos, sociais e políticos e reorganização de capítulos para tornar a leitura mais fluida. A obra passa a contextualizar cada governo de Goiás não apenas no cenário estadual, mas também em relação a acontecimentos do Brasil e do mundo, ampliando a compreensão histórica do período. A edição inclui ainda entrevistas revisadas, novas informações sobre gestões mais recentes, atualização do recorte temporal até o governo Ronaldo Caiado e a incorporação de fotos inéditas e de acervo, reforçando o caráter documental e de consulta do livro, concebido desde a origem para ser periodicamente atualizado e preservar a memória política do Estado.

Segundo Ana Cláudia Rocha, o trabalho de curadoria do acervo visual da nova edição foi pensado como parte essencial da narrativa histórica, já que as imagens carregam informações que vão além do texto. Ela destaca registros emblemáticos, como o encontro de Iris Rezende com a poeta Cora Coralina, uma histórica reunião entre Nion Albernaz, Iris Rezende, Onofre Quinan e Juarez Magalhães, além de momentos recentes, como Ronaldo Caiado no aeroporto recebendo as primeiras remessas da vacina contra a Covid-19 e tomando posse de forma virtual durante tratamento de saúde em São Paulo.

A nova edição traz ainda uma imagem inédita de um cartaz das campanhas de Pedro Ludovico e Getúlio Vargas, encontrado no lixo próximo ao Museu Pedro Ludovico pelo escritor Gabriel Nascente e doado para o livro, além de cenas da intimidade dos governantes com suas famílias nos jardins da Casa Verde. “Trabalhar com esse acervo visual foi muito gratificante. Como irmã e grande admiradora da obra que o Hélio deixou e do conhecimento que ele tinha, é uma honra assinar esse livro. Principalmente por estarmos lançando pouco após sua morte. É uma maneira de mantê-lo vivo”, afirma Ana Cláudia.

Bruno acompanhou as entrevistas, ainda na década de 1990, que Hélio conduziu com os ex-governadores. A nova edição passa a incluir entrevistas com 13 dos 16 políticos abordados. Para ele, ouvir os protagonistas revisitando seus próprios governos é revisitar a história recente do Estado. “Ouvir cada um deles contando a sua história, que é a nossa história recente, é muito emocionante. Lembro de cada entrevista. Mauro Borges, por exemplo, nos concedeu depoimento durante três sábados”, relata. Apenas Coimbra Bueno, Juca Ludovico e Emílio Ribas, que foi interventor, não foram entrevistados por já terem falecido.

Segundo Bruno, os relatos colhidos ao longo desse processo se destacam pela franqueza e pela maturidade de quem já havia passado pelo exercício do poder. Ele cita como exemplo a entrevista concedida por Pedro Ludovico em sua fazenda, em outubro de 1974, ainda durante o período dos governos militares. A maioria dos encontros ocorreu nas casas dos ex-governadores e, mais recentemente, incluiu Ronaldo Caiado, que recebeu Bruno e Ana Cláudia mesmo em meio a um dia de intensa agenda. “Todos deram muita importância a esse trabalho de resgate da história da sucessão de governos em Goiás”, afirma.

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Lançamento: 
Livro: Os Inquilinos da Casa Verde – Governos de Goiás de Pedro Ludovico a Ronaldo Caiado 
Autores: Bruno Rocha, Ana Cláudia Rocha e Hélio Rocha 
Lançamento: 17 de dezembro de 2025, às 16h 
Local: Espaço Cultural Carmo Bernardes – TRE-GO, Praça Cívica, nº 300

 
Referência histórica 
Atualizar uma obra construída a partir de memória política exigiu dos organizadores um trabalho de checagem cuidadosa e decisões editoriais constantes. Ana Cláudia Rocha destaca que o desafio não foi apenas acrescentar novos capítulos, mas lidar com a escassez de registros sistematizados sobre o Executivo goiano ao longo do tempo. O processo envolveu confrontar informações, revisar contextos e reorganizar dados para que a narrativa permanecesse coesa e fiel aos fatos, sem perder o ritmo de leitura pensado originalmente por Hélio Rocha. Preservar essa coerência, ao mesmo tempo em que se ampliava o recorte histórico e documental, foi uma das tarefas mais delicadas da atualização.

Para Bruno Rocha, o desafio central esteve em manter o livro como registro histórico, sem contaminação por disputas políticas ou interpretações pessoais. Atualizar uma obra que trata de governos recentes significou lidar com personagens ainda vivos, versões distintas dos mesmos fatos e memórias construídas ao longo do tempo. A opção editorial foi tratar os acontecimentos com distanciamento jornalístico, valorizando depoimentos, documentos e imagens, mas sem juízo de valor. Esse equilíbrio, aliado ao trabalho minucioso de pesquisa e edição, permitiu atualizar o livro sem descaracterizá-lo, mantendo-o como fonte de consulta e referência histórica.

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Os Inquilinos

Pedro Ludovico Teixeira — 1930–1945 (interventor/governador); 1951–1955

Jerônymo Coimbra Bueno — 1947–1950

José (Juca) Ludovico de Almeida — 1955–1959

José Feliciano Ferreira — 1959–1961 (mandato-tampão)

Mauro Borges Teixeira — 1961–1964

Emílio Rodrigues Ribas — 1965–1966 (eleito indiretamente)

Otávio Lage de Siqueira — 1966–1971

Leonino Di Ramos Caiado — 1971–1975 (eleito indiretamente)

Irapuan Costa Júnior — 1975–1979 (eleito indiretamente)

Ary Ribeiro Valadão — 1979–1983 (eleito indiretamente)

Iris Rezende Machado — 1983–1986; 1991–1994

Henrique Antônio Santillo — 1987–1991

Maguito Vilela — 1995–1998

Marconi Perillo — 1999–2002; 2003–2006; 2011–2014; 2015–2018

Alcides Rodrigues Filho — 2007–2010

Ronaldo Caiado — 2019–2022; 2023–2026

 
Folclore político&nbsp;

Confira algumas curiosidades reveladas no livro Os Inquilinos da Casa Verde:

Pedro Ludovico evitou que as primeiras ruas de Goiânia recebessem os números 38 e 45, calibres de revólver, uma precaução curiosa para um admirador confesso de filmes de faroeste.

As constantes viagens aéreas de Jerônymo Coimbra Bueno ao Rio de Janeiro renderam uma sátira estudantil: seu rosto foi colado no cartaz do filme Voando para o Rio, em provocação direta à oposição.

No governo Mauro Borges, um pedido de perdão fiscal foi negado com ironia. O secretário da Fazenda lembrou que a Rainha Maria I perdoava impostos, “mas era louca”.

Apaixonado por Rio Quente, Emílio Ribas não deixou barato ao ser coberto de poeira por uma caminhonete: usou o gancho do próprio cachimbo para esvaziar os pneus do veículo.

Na campanha de 1998, Marconi Perillo cruzou o Estado com fôlego de atleta e praticamente um figurino único: a camisa azul, marca de uma vitória considerada improvável.

Ronaldo Caiado é conhecido pelo zelo quase obsessivo com o Palácio das Esmeraldas e a Praça Cívica. No gabinete, o companheiro constante era o cão Balu, que, mesmo após a morte, segue “presente” em telas expostas no local.

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