-Imagem (1.2496811)A 29ª edição da Caminhada Ecológica chegou ao fim neste sábado (23). Às 17h40, os 21 atletas, 15 homens e seis mulheres, apontaram na entrada do Porto de Aruanã e correram para o tradicional mergulho nas águas do Rio Araguaia. Em 2022, o lema do projeto foi "O Cerrado é Nosso", que significou, também, a retomada do evento em defesa do Rio Araguaia, da preservação do cerrado e dos recursos naturais. A Caminhada Ecológica havia sido realizada pela última vez há três anos e precisou respeitar todos os protocolos de saúde e sanitários para que pudesse ser recolocada onde não deveria ter saído - nas cidades que compõem a Rota do Araguaia e do projeto: Trindade, Goianira, Brazabrantes, Caturaí, Inhumas, Itauçu, Itaberaí, Cidade de Goiás, Faina, Araguapaz e Aruanã. Leia também- Atletas mantém marca positiva na Caminhada Ecológica- Em 24 horas, três embarcações são resgatadas pelos bombeiros no AraguaiaHouve uma pausa, em 2020 e 2021, por causa da pandemia da Covid-19. Assim, atletas e membros das equipes de apoio tiveram de fazer testes para a doença. Reviver a recepção de turistas e moradores de Aruanã foi marcante para o grupo de atletas. A Banda do Corpo de Bombeiros estava à espera dos participantes do projeto. O governador Ronaldo Caiado repetiu o gesto de 2019 e também mergulhou nas águas do Rio Araguaia. Outros políticos também se fizeram presentes, como o deputado federal Zacharias Calil, os prefeitos Hermano Carvalho (Aruanã), Marden Júnior (Trindade) e Carlos Alberto (Goianira)."A Caminhada Ecológica significa a conservação da natureza, o respeito à vida e ao desenvolvimento sustentável" disse Ronaldo Caiado, ao lado do secretário de Esporte e Lazer, Henderson Rodrigues. O atleta e violeiro Almir Pessoa, que está se apresentando em Aruanã, também esperou pela chegada dos atletas e prometeu retornar em 2023.O banho nas águas do Rio Araguaia, em Aruanã, teve também significado de fé e religiosidade. O atleta de Trindade, Esmeraldo Filho, cumpriu a promessa de entrar no rio com a imagem do Divino Pai Eterno, em homenagem à mãe dele, Mirtes Pereira da Silva, que morreu em junho. A atleta Rosana Corrêa não se desgrudava do terço que ela carregou durante os cinco dias. Segundo ela, o rosário molhado significa que o suor de cada atleta foi recompensado pela chegada a Aruanã. Os cinco estreantes - dois homens e três mulheres - também festejaram a chegada. Euzimar Silvania da Silva comemorou o bom desempenho e as experiências vividas na estreia. Ela pretende continuar os treinos para retornar em 2023, na 30ª Caminhada Ecológica. Presente em duas edições - a última em 2017, Izione Xavier Rodovalho lembrou as dificuldades que teve durante o retorno ao projeto, após cinco anos. "Tive febre. Fiz testes para Covid 19 e deram negativo. Eu consegui. Estou muito feliz e nem sei como expressar isso" disse Izione, molhado e muito emocionado pela meta batida na adversidade e pela presença da mulher, Maria Aparecida da Silva, e da filha, Izadora Nathalia. Atleta mais experiente da Caminhada Ecológica, João Batista Pereira de Souza é o representante de Aruanã no projeto. Após cinco dias, novamente o pedreiro chegou à cidade onde mora com o tradicional buquê de flores que, a cada edição, ele prepara em Goiânia e o carrega até Aruanã para fazer as homenagens familiares: para a mulher, Maria de Fátima Assis Rodrigues, e a filha, Cecília Assis. Outras galhas do ramalhete serão colocadas no túmulo da mãe, Filomena Souza. "Acho que plantamos outra semente. Ela é muito importante, pois ficamos sem fazer a caminhada duas vezes (2020 e 2021). Agora, temos de trabalhar dobrado para plantar mais sementes, cuidar delas e defender a vida. Eu estava com saudades dos amigos e da Caminhada Ecológica”, ressaltou João Batista, ausente só de duas edições do projeto em defesa do Rio Araguaia, que ele conhece tão bem por ser morador em Aruanã.-Imagem (1.2496810)-Imagem (1.2496809)-Imagem (1.2496808)-Imagem (1.2496807)-Imagem (1.2496806)-Imagem (1.2496805)