O calendário de corridas de rua de Goiânia ganha neste domingo (11) uma nova prova. O Circuito dos Parques terá sua primeira edição, com prova disputada no Jardim Botânico, a partir das 7 horas. Mil atletas são aguardados pela organização do evento, feita pelo POPULAR em parceria com a prefeitura de Goiânia.Antes de correr os percursos de 5km e 10km, porém, os atletas precisam retirar o kit da prova, que tem o número a ser utilizado pelo atleta, chip e a camisa da prova. A retirada será exclusiva neste sábado (10), entre 9h e 18h, na Vitalux, que fica localizada na Rua 1.125, nº 369, no Setor Marista. A não retirada do kit impossibilita a participação no Circuito dos Parques.Quem está ansiosa para vencer mais uma vez é a aposentada Vani Rodrigues dos Santos, de 64 anos. Vice-campeã geral no Circuito Junino, última prova do POPULAR disputada pela goiana de Petrolina, a competidora pratica corrida de rua há 11 anos e soma 196 troféus, 109 de primeiros lugares.“Idade não atrapalha, a vontade de vencer é grande. O que pode atrapalhar é a mente, mas estou focada em vencer. Sou uma pessoa muito competitiva. Nos treinos, se vejo alguém na minha frente, já quero passar. Eu corro há 11 anos, não paro mais e estou ansiosa para vencer mais uma vez”, avisou Vani Rodrigues, que vai participar do Circuito dos Parques no trajeto de 5km.A rotina da atleta é pesada. São quatro treinos semanais. “Mas faço três quando corro, desde maio eu não corri só em dois finais de semana. Acabei de ser campeã (domingo passado, 3) de uma prova em Trindade. Fiz 7km em 27min45s. Me preparei bem para o Circuito dos Parques e estou pronta para vencer”, salientou a aposentada.O diferencial do Circuito dos Parques será valorizar as áreas verdes da capital. Goiânia tem em seus parques alguns dos principais cartões postais da cidade. O Jardim Botânico é a maior unidade de conservação de Goiânia, com mais de um milhão de metros quadrados de extensão. O local conta com espaço para apresentações, piqueniques, atividades físicas, além de orquidário e borboletário.“Eu simplesmente amo correr nos parques, não tem outro lugar melhor. Você curte a natureza, o ar, é diferente. Eu me sinto bem nos parques, treino todos os dias no Parque Flamboyant. Quando preciso ir para a Ricardo Paranhos, já não gosto (risos). O Jardim Botânico é um lugar bonito”, brincou Vani Rodrigues, que mora no Jardim Goiás, mas está de mudança para o Setor Marista.Largada e chegada da primeira edição do Circuito dos Parques serão no Jardim Botânico. O planejamento é aumentar o número de provas do evento na próxima temporada, sempre com o objetivo de levar os competidores a conhecer e correr nos parques de Goiânia.A manhã será recheada de atrativos no Jardim Botânico junto com o Circuito dos Parques. O orquidário poderá ser visitado entre 7h e 11h. neste mesmo horário, haverá oficina de resíduos sólidos, coleta de resíduos recicláveis, feira de adoção de pets. A distribuição de mudas medicinais será feita, além do plantio de mudas pelos atletas ganhadores da prova, das 9h30 às 11h. Outra atração serão os balanços instagramáveis, das 7h às 11h.A AMMA também vai disponibilizar os serviços do Disque Árvore para a população da região próxima ao Jardim Botânico, e o PMGO fará exposição de animais taxidermizados.O espaço Kids LBV terá pintura de rosto, pula corda, queimada e passa bola. A Vitalux terá câmera 360 e o aparelho Cm slim, que gera um intenso campo eletromagnético, que provoca contrações musculares involuntárias, utilizado para força muscular e definição.

Circuito dos Parques: corrida para curtir as áreas verdes de Goiânia

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O fortalecimento muscular vem ganhando popularidade entre os corredores. Na série especial Corre que Dá, do POPULAR, a reportagem conversou com profissionais de Educação Física e atletas para entender a importância do processo para prevenção de lesões e aumento do rendimento esportivo.De acordo com o personal trainer Leandro Carlos, de 43 anos, que trabalha com fortalecimento muscular desde 2009 e tem pós-graduação em musculação e treinamento funcional, o processo de fortalecimento é importante para todos os tipos de pessoas, mas se torna ainda mais relevante para quem pratica corridas.“Já começamos a desmistificar. Quem faz força ou treina na academia vai ficar lento para correr? Na verdade, não. Você precisa da musculatura para suportar a carga da corrida. Em asfalto, é uma superfície mais rígida, tem o impacto ao atingir o chão. A estrutura adequada para receber essa carga é a musculatura. Se ela não estiver preparada, outro lugar vai assumir esse papel. Articulações e tendões são onde a maioria começa a sentir dor e ter lesões”, contou o profissional.Isso vai ao encontro ao relato da advogada Eduarda Raineri, de 30 anos, que corre desde 2018. Ela faz fortalecimento desde adolescente, mas somente há um ano começou a ser mais constante no treinamento.Atualmente, a corredora faz fortalecimento muscular três vezes por semana e só altera a rotina de treinamentos uma semana antes de competir, quando diminui a carga e muda alguns exercícios para não sobrecarregar o corpo.“Neste último ano, mudou bastante coisa. Eu decidi, de fato, ser mais constante (no fortalecimento muscular) porque tive diversas lesões por causa da corrida, em 2023 e 2024. Acabei me lesionando por estresse, lesão por repetição, e todos os fisioterapeutas e ortopedistas falavam que eu precisava de fortalecimento muscular. Não do jeito que eu fazia. Eu aparecia na academia, depois ficava três semanas sem ir”, revelou.Segundo ela, essa mudança tem dado certo. Antes, foram dois anos seguidos se lesionando e, desde que começou o fortalecimento, não se lesionou mais. A advogada declarou que se sente muito mais forte, consegue entregar treinos melhores, viu mudanças estéticas e atingiu uma porcentagem de massa magra e gordura que nunca tinha atingido antes. “Estou em minha melhor forma desde que comecei a pegar o fortalecimento”, disse.Leandro Carlos explica que, quanto mais rápida e mais coordenada a pessoa é, mais impacto o corpo vai receber durante uma corrida. Na biomecânica da corrida, se usa o corpo todo, mas panturrilha, quadril e abdômen são algumas das principais regiões trabalhadas. Segundo ele, em corridas longas, pessoas que não têm as partes superiores, como as costas, fortalecidas, também sofrem muito. Leandro complementa que o fortalecimento varia com idade, dia a dia da profissão e a rotina do indivíduo. Os treinos para quem trabalha em escritório, por exemplo, são diferentes de quem trabalha em pé.“Podemos partir da base. Força, capacidade do músculo de gerar tensão para realizar uma tarefa, puxar, empurrar ou suportar alguma carga. O fortalecimento pode ser trabalhado não só em um ambiente de academia, pode ser em parques ou em outras modalidades sem ser dentro de uma sala. Seu corpo é uma academia”, continuou.A personal trainer Drielly Sousa, de 35 anos, é especialista em treinos voltados para a melhora da performance na corrida de rua e emagrecimento. Ela trabalha com corridas de rua desde 2015 e conta atualmente com 70 alunos assistidos presencialmente e online. A profissional também esclarece que o fortalecimento varia de caso a caso.“O fortalecimento muscular não é um só para todo mundo. Ele precisa ser ajustado ao perfil do aluno, respeitando sua idade, seu gênero, seus objetivos e, principalmente, seu corpo. Esse olhar individualizado é o que garante segurança, evolução e longevidade na corrida”, afirmou.A profissional contou que músculos mais fortes contribuem para uma corrida mais eficiente, melhora o tempo de contato com o solo, favorece a propulsão e reduz o gasto energético em cada passada.“Desequilíbrios musculares são comuns em corredores, especialmente entre os músculos estabilizadores do quadril, tronco e tornozelo. Fortalecer essas áreas ajuda a corrigir padrões de movimento ineficientes, evitando sobrecargas repetitivas e assimetrias que prejudicam o rendimento e a saúde do corredor”, prosseguiu.Jacqueline Barros, executiva de vendas de 38 anos, pratica corrida desde 2018 e, aos poucos, buscou melhorar a performance esportiva. Sempre fez musculação e fortalecimento, mas, em 2019, se viu na necessidade de melhorar por ter tido uma lesão por estresse.Enquanto estava treinando para competir na Maratona do Rio, teve uma fratura na fíbula e, desde então, prioriza o fortalecimento, que é feito três vezes por semana. A corredora comentou que o fortalecimento ajuda a melhorar o condicionamento físico e, com isso, há uma melhora significativa de força e na respiração.“Eu falo que toda prova é dolorida, mas, com os fortalecimentos em dia, a recuperação é mais rápida e menos dolorosa. Ajuda até no dia a dia no cuidado com meu filho, tenho uma criança de 2 anos que exige cuidados, atenção e o principal, que é disposição para brincar e aproveitar o dia. Então, preciso de força”, brincou Jacqueline.Sobre os múltiplos benefícios do fortalecimento, Drielly acrescentou que o processo ajuda também na correção de desequilíbrios musculares e de postura, aumento da resistência muscular localizada e mais rapidez na recuperação, funcionando como uma ferramenta complementar em processos de reabilitação de lesões já existentes.“O fortalecimento não apenas ajuda na força máxima, mas também na resistência muscular localizada, ajudando a manter a técnica de corrida durante trechos mais longos, sem que a fadiga muscular comprometa a biomecânica. Músculos mais preparados se recuperam mais rápido após treinos e provas”, concluiu.

Corre que dá: série do POPULAR mostra por que o fortalecimento muscular é importante na corrida

Corrida

Para ajudar os atletas na preparação para a Maratona do Rio, as assessorias esportivas ofereceram programações de treinos e vários tipos de suporte. O POPULAR conversou com professores de algumas equipes em Goiânia para entender o processo.

Fernando Diniz, da equipe de mesmo nome, contou que a sua assessoria enviou um total de 76 atletas para o Rio de Janeiro. Segundo ele, é um ciclo que se inicia com pelo menos 16 semanas de antecedência, com uma base de treinos que começa nos primeiros dias do ano. Quanto maior a distância, maior o tempo de preparação necessário.

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“Definimos as provas com pelo menos um ano de antecedência. Todo final de ano, lançamos o calendário do ano seguinte e apresentamos as provas em que a equipe estará presente. Isso facilita para que todos se organizem e tenham tempo hábil para se prepararem física e financeiramente para cada objetivo”, explicou Fernando Diniz.

O professor afirmou que a equipe tem contato com os organizadores dos grandes eventos mundiais e isso facilita muito a logística, possibilitando inscrições coletivas e muitas vezes com desconto. A estrutura em provas é de acordo com a quantidade de atletas. Os organizadores disponibilizam espaço algumas vezes, mas na grande maioria dos eventos, a missão é chegar na madrugada e encontrar local que comporte a estrutura.

“Além de toda estrutura profissional, com suporte técnico, temos uma estrutura de tendas, mesas, água e pós-treino, o que demanda uma logística especializada, para proporcionar conforto aos atletas que participam das provas, além dos familiares que ficam ali esperando a chegada dos seus conhecidos. É incrível ver o sorriso no rosto quando alguém alcança seu objetivo. É isso que nos motiva a deixar tudo organizado para que, após a prova, todos tenham uma experiência tranquila e acolhedora”, reforçou Fernando Diniz.

Renan Pimenta, treinador e diretor técnico da Infinity Assessoria Esportiva, contou que o número de 150 atletas para a Maratona do Rio de 2025 foi um recorde para a equipe. Ele declarou que o grupo chegou na terça-feira (17) para conseguir montar toda a estrutura, pois há todo um processo para a direção da prova liberar um espaço determinado, que vai de acordo com a quantidade de atletas que a assessoria está levando.

“Para nós está sendo fantástico, pois o retorno pós Maratona do Rio é muito grande. Sair de Goiânia com toda nossa estrutura e montar no Rio não é fácil, porém é gratificante ver a alegria dos nossos alunos realizando sonhos e se sentindo ‘em casa’ com nossas tendas esperando por eles”, falou.

A Santitreinos, em que o professor Rafael Ribeiro trabalha, mandou 300 alunos para o Rio de Janeiro. A equipe tem polos em seis cidades diferentes, mas a matriz é Goiânia. A grande maioria desses participantes vai correr a meia maratona, e o objetivo principal da operação é dar aos alunos segurança e tranquilidade para o dia da prova.

A Santitreinos fornece uniformes específicos, com a logo da assessoria e do evento, para o aluno usar durante a prova e ter melhor identificação, além de sorteio de brindes com as marcas patrocinadoras da assessoria e uma corrida regenerativa e recreativa para os alunos confraternizarem e desestressarem.

“A equipe também conta com mais de 12 professores que conseguem, durante o processo de treino e pré-prova, sanar as dúvidas e criar estratégias de prova. Com isto, geramos muito conteúdo digital, que a nossa equipe de marketing utiliza para publicar na assessoria. Também temos os professores dando dicas”, complementou Rafael Ribeiro.

Comunicação

Os professores das diferentes assessorias citaram um processo em comum de organização dos alunos: os grupos de WhatsApp. A Infinity, que afirma cuidar de tudo para os alunos, desde o processo de retirada de kit à montagem de toda a estrutura, contou que toda a comunicação é feita via grupo exclusivo para alunos.

O mesmo vale para a Santitreinos, que envia dicas e informações importantes para a prova através do WhatsApp. Moara Souza, da equipe Start Move, que enviou 20 alunos para o Rio de Janeiro, também disse que haverá um suporte totalmente on-line e pós-prova para que os atletas possam se divertir durante o trajeto e conquistar os desejos pessoais. Já a equipe Fernando Diniz vai além.

“Temos grupos de WhatsApp divididos por objetivos. Para todas as provas que participamos, temos grupos específicos. Tudo o que é referente à viagem e aos treinos é tratado neste espaço. Temos também um aplicativo exclusivo por onde cada atleta recebe seus treinos e se comunica com o treinador”, explicou Fernando Diniz.

Mulheres

A Maratona do Rio de 2025 terá mais mulheres do que homens pela primeira vez em 46 anos de história. Neste ano, a porcentagem aumentou para 52%. A parcela de mulheres é maior nas provas de menor distância. Nos 5 km, 60% são mulheres. Nos 10 km, 61%. Nos 21 km, 58%. A grande diferença está nos 42 km, com 29% de participação feminina, e no Desafio 21 + 42, também com 29%.

Maratona do Rio: treinadores de assessorias de Goiânia cuidam da equipe, do ciclo ao pós-prova

Corre que dá

Até domingo (22), o Rio de Janeiro realiza o maior festival de corrida de rua da América Latina, com cerca de 60 mil inscritos de diferentes partes do Brasil e do mundo, em provas de 5, 10, 21 e 42 km. A Maratona do Rio conta com maioria de corredores de fora do Rio, entre eles os atletas goianos.

Entre os participantes, 51 mil pessoas de fora do Rio de Janeiro se inscreveram, o que equivale a 85% do total. A equipe Infinity Assessoria Esportiva, de Goiânia, enviou um grupo de 150 atletas para a competição, sendo que 50 deles vão correr a maratona completa de 42,195 km.

A assessoria do triatleta goiano Santiago Ascenço, a Santitreinos, tem mais de 200 inscritos. A empresa nasceu em Goiânia, mas tem unidades estabelecidas em outras cidades.

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O enfermeiro de formação Silvio Queiroz, de 53 anos, que atualmente trabalha como professor, é natural de Fazenda Nova, a noroeste da capital, e vai participar da Maratona do Rio. Ele é aluno da Infinity e pratica exercícios desde os 16 anos, como musculação e corridas leves, mas agora a preparação foi consideravelmente mais complicada.

“É um período mais difícil. Tem que fazer um volume bom (de treinos) para chegar no evento, no dia da maratona, e fazer a melhor performance possível. Não é pelo objetivo de pegar pódio, nunca tive esse objetivo. O meu objetivo é chegar com segurança. Neste ano, o volume de treinamento foi mais pesado”, comentou ao POPULAR.

Silvio Queiroz, que também entrou no mundo do triatlo recentemente, disputará a sua quinta maratona. Além de ter participado do Desafio do Rio no ano passado, que incluiu os circuitos de 21 e 42 km, ele também já correu em São Paulo, Florianópolis e Porto Alegre. Em 2025, na Cidade Maravilhosa, ele fará as provas de 5, 10, 21 e 42 km, respeitando os limites do próprio corpo.

A tesoureira Edna Queiroz, de 47 anos, natural de Goiânia, vai participar do Desafio (21 + 42) pela primeira vez na vida. Por volta de 2019, ela começou a correr para perder peso. Já tinha feito cirurgia bariátrica, mas não queria voltar a ser obesa. De lá para cá, fez duas maratonas, uma em sua cidade-natal e outra em Florianópolis, e participou de diversas outras provas em diferentes cidades.

Neste ano, se comprometeu a elevar as coisas para um novo nível. Segundo ela, a dificuldade do Desafio do Rio começou na hora de fazer a inscrição - precisou passar horas na fila virtual. A partir dali, os percalços foram ficando maiores.

“Não é só treinar, tem que fortalecer para não lesionar. O mais difícil é conciliar toda a vida pessoal e profissional com os treinos. Teve semana que cheguei a fazer 80 km divididos em quatro treinos. Tinha que começar às 4h30 para dar tempo de chegar ao trabalho às 8 horas. São prioridades que mudam durante um ciclo de maratona. Mas uma coisa posso afirmar: ninguém sai de um ciclo sem aprender alguma coisa que leva para a vida”, declarou.

Apesar disso, Edna afirmou que não romantiza a maratona, pois ela exige bastante dedicação. Enquanto se preparava para o evento de 2025, já estava pensando em 2026. Isso porque a corrida lhe proporciona saúde, bem-estar, disciplina e resiliência, além de ter criado um novo círculo de amizades e companheirismo.

Para o Desafio do Rio, a tesoureira vive boas expectativas. Edna torce para não chover e está com frio na barriga, embora confiante de que vai dar tudo certo. Segundo ela, o maior desafio será saber como estará o seu corpo na manhã de domingo (22) para os 42 km, após correr 21 km no sábado (21).

“Esse é o meu primeiro desafio. O que me motivou a tentar foi a minha superação pessoal. A corrida me ensina que tudo aquilo que eu me proponha a fazer, se eu me dedicar e for resiliente para passar pelo processo, eu conseguirei. Fiz todo o meu ciclo, fiz todos os exames, suplementação necessária. Ou seja, minha parte está feita. Agora é só curtir a prova e trazer as medalhas para celebrar minha conquista com minhas filhas, minha família e amigos da corrida”, complementou a atleta da equipe Fernando Diniz.

A cabeleireira goianiense Bárbara Cardoso, de 30 anos, também vai participar pela primeira vez da Maratona do Rio. Ela começou a correr em 2020, quando praticava crossfit. Na época, não gostava muito, mas fazia parte dos treinos e ela tinha que encarar.

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Bárbara Cardoso, de 30 anos, vai correr maratona (42,195km) pela 1ª vez (Wesley Costa / O Popular)

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Em 2023, quando seu marido começou a correr e ela passou a acompanhá-lo, se apaixonou pelo esporte a cada prova. Desde então, já completou duas meias maratonas, uma em Florianópolis e outra em Brasília, e sempre que tem corrida em Goiânia ela tenta participar.

“A decisão de fazer uma maratona veio depois de uma prova no ano passado. Nessa prova tinha também a distância de maratona, e só quatro mulheres participando. Fiquei impressionada com a força e a garra delas, e com a torcida vibrando por cada uma. Aquilo me marcou. Saí dali com a certeza de que um dia eu também queria viver aquilo”, comentou.

Bárbara explicou que a Maratona do Rio sempre chamou sua atenção e que, se um dia fosse correr a distância de 42,195km, teria que ser lá. Em meio à preparação, ela precisou abrir mão de algumas coisas, principalmente passar tempo com a família, além de manter uma alimentação equilibrada e seguir uma rotina puxada de treinos com volume alto. Agora, ela quer curtir a experiência, sem se preocupar com o tempo.

Quem também tinha muita vontade de disputar a Maratona do Rio era a nutricionista goianiense Janaína Pinheiro, de 33 anos, da equipe Santitreinos. Ela sempre foi muito ativa. Em sua infância, fez natação e ginástica olímpica. Aos 17 anos, começou a fazer musculação e nunca parou, além de ter feito aeróbica e spinning.

“Eu sempre quis fazer a minha primeira maratona em um lugar bonito, e de preferência em um percurso plano. O Rio de Janeiro foi uma opção desde que decidi me desafiar. O período de preparação é mais difícil do que a prova em si. Não que a prova não seja um grande desafio, mas o ciclo, que vai de 12 a 16 semanas, é bem puxado. São quatro treinos na semana, em todos os dias que você treina tem que correr longas distâncias. Passa dos 20 km, chega a 32, 34 km”, destacou.

Janaína também reforçou a importância de uma boa alimentação e contou que a sua profissão a ajudou muito nesse sentido. Para a prova em si, ela não tem expectativa quanto ao tempo, só quer curtir a paisagem e o momento, sem qualquer tipo de cobrança interna.

“A corrida é engrandecedora. O processo em si é muito legal, perceber a própria evolução. A competição não existe para mim, é muito comigo mesma, perceber a evolução através da constância. Exige muito da gente, tem dia que dá vontade de desistir. É enfrentar uma semana por vez. Vão ter dias que você vai correr feliz, e outros por obrigação, porque entende como um compromisso”, complementou a nutricionista.

A dermatologista Luciana Salgado, de 37 anos, também de Goiânia e da equipe Santitreinos, fez coro à importância da corrida. Há três anos, ela começou a correr como parte do tratamento contra a depressão. O processo a ajudou muito e ela foi aumentando a frequência e intensidade das atividades com o tempo, migrando para o triatlo após um ano e meio.

Ela fez 21 km na Maratona do Rio de 2023 e 42 km na edição de 2024, e está acostumada com o evento. Os treinos já faziam parte de sua rotina, então as mudanças foram mais no sentido de direcionar o foco para essa corrida, com tempos e tipos de treino e distâncias, além da manutenção do acompanhamento nutricional, que já fazia.

“A primeira expectativa é sempre terminar sem nenhuma intercorrência. Se tudo der muito certo, espero bater uma meta mais ousada de tempo”, concluiu Luciana.

Maratona do Rio: goianos disputam a maior prova de corrida de rua da América Latina

CORPO OCULTADO

Hittalo Gomes Costa, de 24 anos, foi condenado a 17 anos de prisão pelos crimes de homicídio, furto qualificado e ocultação de cadáver praticados contra Armando Silva, de&nbsp;&nbsp;27 anos,<a href="https://opopular.com.br/cidades/jovem-e-preso-suspeito-de-matar-amigo-que-teve-corpo-enrolado-em-lencol-e-jogado-em-parque-de-goiania-1.3075787" target="_self"> em setembro de 2023.</a> Após assassinar a vítima a facadas, Hittalo teria enrolado o corpo de Armando&nbsp;em um lençol e jogado no Parque Jardim Botânico, na Vila Redenção, em Goiânia.&nbsp;

Ao POPULAR, o advogado Ricardo Kos Junior, que faz a defesa de Hittalo, afirmou que interpôs o recurso de apelação para a Justiça, pois o condenado era réu primário na época e teria confessado o crime aos policiais. &nbsp;

Hittalo vai cumprir a pena na Penitenciária Odenir Guimarães, em Aparecida de Goiânia, em regime inicialmente fechado. No julgamento, a defesa argumentou que o condenado teria agido por legítima defesa, o que foi refutado pela promotira como injusta provocação da vítima.&nbsp;&nbsp;

<h2>Relembre o caso&nbsp;</h2>

Na madrugada do dia 4 de setembro, Armando Silva foi assassinado a facadas. Segundo a Polícia Civil de Goiás (PCGO), Hittalo teria deixado o parque na manhã do mesmo dia e na madrugada do dia seguinte (5), retornou, enrolou o corpo em um tapete e o ocultou no bosque do Jardim Botânico, na Vila Redenção, que ficava a uma quadra do imóvel onde ambos residiam.&nbsp;&nbsp;

Um vídeo de câmera de segurança da região registrou o momento em que o corpo foi abandonado no parque, o que ajudou nas investigações da época (veja abaixo).&nbsp;

<div attr-cid="policy:1.3064380" attr-version="policy:1.3064380:1694291953" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3064380" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3064380', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3064380">CORPO OCULTADO (1.3064380)</a></div>

De acordo com as investigações, Híttalo e Armando eram amigos próximos e dividiam o mesmo apartamento há cerca de um mês.&nbsp;

A vítima foi encontrada por familiares no dia 8 de setembro de 2023, enrolada em um lençol, o que reforçou as suspeitas de ocultação de cadáver.&nbsp;A família do jovem é de Uberlândia e viajou a Goiânia após não conseguir contato com o rapaz por quase uma semana, de acordo com informações apuradas pela TV Anhanguera na época.&nbsp;

Segundo a Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), Híttalo Gomes Costa, de 22 anos na época, foi preso cerca de 15 dias após o crime, em Caldas Novas, no sul de Goiás. &nbsp;