Clubes goianos esperam crescimento do futebol local com a mudança na presidência da Federação Goiana de Futebol (FGF). Nesta terça-feira (23), Ronei Freitas foi aclamado para o cargo máximo na entidade e vai iniciar o mandato de quatro anos a partir do dia 1º de janeiro.A assembleia de aclamação contou com a presença de dirigentes de 62 das 64 entidades (clubes e ligas amadoras) com direito a voto. Crac e a Liga Desportiva Rioverdense não enviaram representantes. O presidente do clube de Catalão, Roberto Silva, está com dengue e preferiu não enviar substituto. Já a liga está com documentação desatualizada junto à FGF e não pôde comparecer.Dos três principais clubes do Estado, apenas o Vila Nova não falou sobre a aclamação de Ronei Freitas. O Tigre foi representado na assembleia pelo presidente Hugo Jorge Bravo.“Eu fico feliz pela continuidade. O tempo que Ronei (Freitas) tem na federação o deixa experiente para assumir a presidência. Está em boas mãos. Vou conversar com o Ronei sobre mudanças, principalmente no Campeonato Goiano, de buscar novas alternativas de transmissão, de parceiros para o campeonato que possa trazer rentabilidade para os clubes”, declarou o presidente da Aparecidense, Elvis Mendes.Ronei Freitas é o atual vice-presidente no mandato de André Pitta, que ocupa o cargo de presidente há 15 anos.“É um continuísmo, porém, com mentalidade diferente. O futebol tende a crescer. Não que com o André (Pitta) não vinha. Pelo contrário, ele fez ao longo dos anos uma grande administração do futebol goiano. Sempre ajudou os clubes, principalmente os da capital, junto à CBF por causa da sua abertura. Com o Ronei, espero que possamos evoluir em todos os sentidos”, elogiou o supervisor de futebol do Atlético-GO, Júnior Mortosa.A Chapa “FGF Unida” foi a única inscrita para a disputa da eleição. Como não houve concorrentes, o grupo liderado por Ronei Freitas foi aclamado sem nenhuma objeção por parte dos representantes dos 62 clubes e ligas.“O Ronei era um sucessor natural do André Pitta, até pelo trabalho que vem fazendo durante todos esses anos como vice-presidente. Se tivesse chapa concorrente, é quase unanimidade que ele seria o sucessor da mesma forma. Mesmo sendo sucessor natural, é sangue novo, com energias e ideias novas que podem contribuir para o futebol goiano. O que o Goiás espera, e o que a gente busca e entende, é que essa parceria com a FGF continue e permaneça sendo fortalecida para que clube e futebol goiano cresçam cada vez mais”, afirmou o advogado do Goiás, João Vicente.Segundo o advogado esmeraldino, a relação entre o Goiás e a FGF, hoje, é boa. No início deste ano, depois do primeiro jogo de ida da final do Goianão entre Goiás e Atlético-GO, o presidente Paulo Rogério Pinheiro chamou a FGF de “lixo”. No perfil oficial do Goiás nas redes sociais, o clube classificou a entidade como “esgoto do futebol”.“A relação hoje é boa, não é ruim. E a prova disso é que, quando o clube precisa de qualquer auxílio perante CBF e FGF, o André Pitta sempre se coloca à disposição. Lógico que divergências de ideias e pensamentos são naturais, mas nada que deixe a relação ruim e em tom de inimizade”, frisou.A chapa de Ronei Freitas é formada por dois vices: Yuri Pires, de 20 anos e filho do atual presidente André Pitta, e Wilson Queiroz Brasil Filho, de 38 anos, filho de Wilson Passarinho, ex-presidente da Aparecidense.A sugestão de indicar Yuri Pires surgiu de uma conversa entre André Pitta e Ronei Freitas. O próximo vice da FGF cursa Direito, faz o curso de Gestão Esportiva na CBF Academy e trabalha na federação como assessor da presidência.“A ideia era trazer uma modernidade, por meio de uma pessoa jovem. Ninguém vai poder falar que ele (Yuri Pires) está lá por ser Goiás, Vila, Atlético ou qualquer clube (por não ter ligação com nenhum). Está lá pela capacidade que tem, por ser uma pessoa jovem e com visão diferente. Pode ser uma pessoa que pode pensar nos novos torcedores, na tecnologia pensada para o futebol e pode contribuir na gestão que vem pela frente”, defendeu André Pitta.