O atacante Luiz Fernando, de 27 anos, foi homenageado pelo Atlético-GO na tarde desta sexta-feira (8) por ter se tornado bicentenário no clube, pois alcançou 200 atuações pelo Dragão desde a estreia no time profissional, há nove anos, em 2015, na vitória (1 a 0) sobre a Anapolina, pelo Goianão. O jogador recebeu camisa personalizada (número 200 e nome gravado atrás), uma placa, roupas infantis da grife atleticana e o bonequinho estilizado com traços do jogador.

O goleador do clube no ano passado fez questão de ter a presença da família. Acostumado a fazer cara feia para os marcadores e de reclamar da arbitragem, Luiz Fernando se mostrou tranquilo. Com a filha Helena no colo, teve de segurar as lágrimas no começo da solenidade.

“Não vou chorar”, disse, engolindo o choro em meio a um sorriso no rosto. Por mais uma de uma vez, repetiu a frase “quero continuar dando alegrias” para a torcida atleticana.

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Luiz Fernando marcou 48 gols em 201 jogos pelo Atlético-G (Wesley Costa / O Popular)

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Por alguns instantes, o agora pai de Helena e do pequeno Luiz Henrique parecia viajar no tempo para se lembrar do menino que chegou ao clube em 2014, para atuar nas categorias de base. Luiz Fernando veio do Tocantinópolis-TO. Chegou como promessa e, contrariando a lógica das categorias de base dos últimos anos, que não tem nenhum atleta como titular, Luiz Fernando é uma realidade.

“Pude sair, pude voltar. Espero continuar crescendo como ser humano, fazendo bons jogos, gols. Quero marcar o meu nome no clube”, planejou o jogador, que, além da presença dos filhos, contou com o cunhado Luiz Felipe, a sogra Maria dos Anjos e a mulher Laila na homenagem. Os pais e irmãos dele ainda moram em Tocantinópolis-TO, onde o Talismã foi criado às margens do Rio Tocantins, na região do Alto do Bonito.

No Atlético-GO, Luiz Fernando marcou 48 gols em 201 jogos. Foi campeão da Série B (2016) e do Goianão (2023), além deter sido artilheiro (dez gols), escolhido para a seleção do Estadual 2023 e craque da competição.

O Talismã se lembrou dos gols marcantes no clube: sobre o Nacional (em Montevidéu, capital do Uruguai, na vitória de 1 a 0 sobre o Nacional), no jogo do título da Série B (5 a 3 sobre o Tupy-MG) e os da final do Goianão do ano passado, sobre o Goiás.

Por causa do faro artilheiro, se transferiu para o Botafogo (2018), atuou no Grêmio e voltou ao Dragão para a segunda passagem, a partir de abril de 2022, “Quando recebi o convite para voltar, não pensei duas vezes”, disse o jogador atleticano.

Nos últimos meses, Luiz Fernando tem sido sondado. As propostas aparecem, mas ele prefere continuar no clube. Terá como missão levar o Atlético-GO ao inédito tricampeonato do Goianão, fazer uma boa campanha na Copa do Brasil e garantir o time para o próximo ano na Série A do Brasileiro.

Nesta segunda-feira (11), o Atlético-GO recebe o Goiatuba, às 19h30, no Estádio Antônio Accioly. Com a vantagem de 3 a 0 obtida no jogo de ida, o Dragão poderá perder por até dois gols de diferença, mas Luiz Fernando garante que a meta é conquistar a 11ª vitória seguida, para o time atual entrar para a história do clube com a sequência vitoriosa.

Com 200 jogos no Atlético-GO, Luiz Fernando é homenageado

Esporte

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Matéria - Esporte

Futebol

O Atlético-GO ostenta uma sequência favorável contra o próximo adversário na Série B, pela 7ª rodada. Diante do Avaí-SC, o Dragão não perde há dez anos e 11 partidas, todas válidas pelas séries A e B do Brasileiro. O último triunfo do Avaí sobre o time atleticano se deu no dia 15 de julho de 2014, por 2 a 1, no Estádio da Ressacada,&nbsp; onde os dois times se enfrentam no próximo sábado (10), em Florianópolis.

Nos últimos 11 jogos contra o Avaí, o Atlético GO venceu sete vezes e empatou quatro. No último encontro entre os times, o Dragão venceu por 2 a 0, no dia 2 de setembro de 2023, pela Série B - os gols da equipe rubro-negra foram marcados por Luiz Fernando e Matheus Peixoto (pênalti). O time atleticano era dirigido pelo técnico Jair Ventura,&nbsp; que agora está no time catarinense.

No geral, os dois clubes se enfrentaram 20 vezes, com a vantagem atleticana de nove trunfos, cinco do Avaí e seis empates. No ano da conquista do principal título da história do Atlético GO, a Série B de 2016, o Dragão foi campeão, seguido pelo Avaí como vice. Mas, na elite nacional em 2017, os dois foram rebaixados à Série B novamente.

No retorno ao Estádio da Ressacada, o Atlético GO terá duas novidades: o goleiro Anderson, no lugar de Vladimir (suspenso), e o meia Rhaldney (cumpriu suspensão na vitória de 1 a 0 sobre o Novorizontino-SP). Rhaldney deve ocupar vaga no meio, enquanto o versátil Robert pode atuar mais adiantado.

A formação provável terá Anderson; Raí Ramos, Alix Vinicius, Matheus Felipe e Conrado; Luizão, Willian Maranhão e Rhaldney; William Pottker, Sandro Lima e Robert.

Atlético-GO ostenta sequência favorável diante do próximo adversário na Série B

Dragão

O Atlético-GO nasceu no tradicional bairro de Campinas e é o clube de futebol, em atividade, mais antigo da capital goiana. O reduto do time, a Caverna do Dragão, é o Estádio Antônio Accioly. O clube, o bairro e a praça esportiva terão parte da história deles resgatada no livro "Atlético, Campinas e Accioly: Memórias da Força Quente de Um Dragão", com 340 páginas, que será lançado na noite desta sexta-feira (9), a partir das 19 horas.

O local não poderia ser mais sugestivo e original - o Estádio Antônio Accioly, agora um local repaginado, revitalizado e que se tornou ponto turístico de Campinas.

A obra que será lançada é uma compilação de 96 crônicas, escritas por 75 autores, além de contemplar as belas imagens (43 fotos) de sete fotógrafos, como o histórico Hélio de Oliveira, que morreu aos 90 anos no dia 6 de abril de 2020. Ele usou, com sensibilidade, as lentes de uma máquina fotográfica para retratar a história de Campinas (completará 215 anos no dia 8 de julho) e de jogos do Dragão no Accioly.

Os organizadores da equipe de cronistas são os professores Horieste Gomes, Paulo Winícius Maskote e Ângela Mascarenhas. Os três convocaram um time de escritores que emprestam opiniões, dados e curiosidades ao livro, que não fala só de futebol, mas de cultura.

A sequência dos escritos obedece a três tópicos básicos: a paixão e a identidade atleticana com o Bairro de Campinas, a resistência comunitária contra a destruição do Estádio Antônio Accioly e o cultivo às memórias (personagens, histórias e fatos).

Alguns escritos são de pesquisadores e de docentes, como Eguimar Felício Chaveiro, Ged Guimarães, Pedro Célio Borges, Maria Teresinha, Juarez Costa Barbosa, Ubiratan Francisco, Romualdo Pessoa, além de dois que morreram recentemente: Antônio Teixeira Neto e João Alves de Castro.

Há os nomes cuja trajetória se mistura à história do Atlético-GO, como a dupla de escritores e atleticanos José Mendonça Teles e Bariani Ortêncio. Nomes da política, como Célia Valadão, Elias Vaz e o professor Reinaldo Pantaleão (torcedor do Goiânia e candidato a prefeito de Goiânia nos últimos pleitos), também colaboraram com opiniões no livro.

"Nem todos os cronistas são atleticanos. Isso ressalta a pluralidade do livro", afirma Paulo Winícius Maskote, um dos organizadores da obra. Ele diz que campineiros têm textos no livro, como Paulo de Jesus, Maria Dulce Machado, João Silva Neto, Adriele Marques, assim como jornalistas, entre eles João Paulo di Medeiros, Enzo Lisita, Cleber Ferreira, Josiane Coutinho, Álvaro de Castro e Charlie Pereira.

A bola também foi repassada para alguns craques do passado, como o ex-jogador Osmarzinho (campeão do Goianão 1985) e um parente de dois irmãos e campeões pelo Atlético-GO na gênese do clube, nas décadas de 1940 e 50: Luiz Fernando Hidalgo, filho de Aldo Hidalgo e sobrinho de Plínio Hidalgo.

Gilberto Alves Filho, cujo nome de batismo não esconde a origem (é filho de Gilberto Alves, ex-jogador, presidente do clube e da Federação Goiana de Futebol) também deixa o testemunho dele sobre o clube. Também herdeiros de ex-dirigentes, aparecem Leonardo Bariani, Moacir Cícero de Sá Júnior e Fernando Accioly, neto de Antônio Accioly.

"São crónicas que falam de torcedores simples, como o Divino Donizeth, o Divinão, o Respeita as Cores, o Barretão e alguns outros. Eles não estão mais entre nós, mas as memórias deles estão vivas nos textos e imagens", acrescenta Maskote, que também cita que há fotos da torcida feminina do Atlético-GO e da primeira equipe feminina do clube, na década de 1980, quando a modalidade engatinhava no País.

FICHA TÉCNICA

Lançamento do livro "Atlético, Campinas e Accioly: Memórias da Força Quente de um Dragão" 
Data: &nbsp;Sexta-feira (9 de maio) 
Horário: a partir das 19 horas 
Local: Estádio Antônio Accioly (Bairro de Campinas)

Organizadores: professores Horieste Gomes, Paulo Winícius Maskote e Ângela Mascarenhas

Preço: 50 reais (no lançamento) e site&nbsp;www.ludopedio.org.br. Depois, será 70 reais

Como será: além do lançamento da obra, haverá noite de autógrafos com cronistas e fotógrafos, exibição de vídeo e músicas temáticas da história de Campinas

Livro de crônicas e fotos resgata história do Atlético-GO, do estádio e de Campinas; lançamento será no Accioly

História e Futebol

O Atlético-GO obteve triunfo importante na Série B (1 a 0 sobre o Novorizontino-SP), na última rodada, mas convive com uma contradição e precisa começar a resolvê-la a partir do próximo jogo, contra o Avaí-SC, no próximo sábado (10), em Florianópolis: é um dos clubes de melhores números como mandante no torneio nacional, mas amarga baixo aproveitamento como visitante.O Dragão está numa lista de dez equipes que não venceram ainda na Série B fora de casa. O Atlético-GO jogou três vezes distante de Goiânia. Até agora, o time atleticano empatou duas vezes: 1 a 1 com Botafogo-SP e o Amazonas-AM e foi derrotado pela Ferroviária-SP por 2 a 0. No geral, o Atlético-GO está em 12º lugar, com 9 pontos (7 deles conquistados em casa).Para subir na tabela e brigar pelo acesso à Série A, os atleticanos sabem que terão de conseguir vitórias como visitante. O próximo adversário, o Avaí, já venceu uma vez fora (2 a 0 sobre o Amazonas-AM), empatou outra (2 a 2 diante do Cuiabá-MT, um dos candidatos ao acesso) e perdeu uma (do Goiás, por 1 a 0). Isso é uma das razões para colocar a equipe catarinense numa boa posição na tabela (está em 5º lugar, com 11 pontos).“Dentro de casa, estamos fazendo grandes jogos. Temos de pegar o mando (campo), fazer valer isso diante de nossa torcida e, com o apoio dela, jogar bem. Fora, temos de buscar o resultado (vitória) também, respeitando sempre a equipe adversária. O Avaí é uma grande equipe, estava na liderança (até perder para o Goiás) do campeonato. Mas vamos buscar o nosso objetivo, os três pontos”, frisou o zagueiro Alix Vinícius, que recuperou a titularidade nos últimos jogos.Alix e Matheus Felipe devem ser mantidos como dupla de zaga no jogo no Estádio da Ressacada. A missão é evitar gols do time adversário, assim como na vitória (1 a 0) sobre o Novorizontino.Dos times que estão entre os quatro melhores (G4) da Série B, o Remo-PA chama a atenção, pois também não conquistou nenhuma vitória fora - porém, tem 100% de aproveitamento (três vitórias) quando joga em Belém-PA. Os rivais goianos do time atleticano na Segundona (Vila Nova e Goiás, líder e vice-líder, respectivamente, com 13 pontos) venceram fora de Goiânia e também se distanciaram do Dragão. As dificuldades para o Atlético-GO obter melhores resultados como visitante, nesta temporada, começaram no Estadual, em que foi derrotado na última rodada da 1ª fase pela Aparecidense (1 a 0) e na semifinal (perdeu do Anápolis por 3 a 2 e ficou fora da decisão).Na Copa do Brasil, o Dragão passou apertado nos pênaltis (após o empate de 1 a 1) em Arapiraca-AL, diante da ASA-AL. Como visitante, o resultado mais destacado do time rubro-negro foi no clássico com o Goiás, pelo Goianão, em que ganhou de 2 a 1 no Estádio da Serrinha.Para buscar a primeira vitória como visitante, sobre o Avaí, dirigido pelo técnico Jair Ventura (ex-Atlético-GO e Goiás), o Dragão novamente terá mudanças.No gol, o titular será Anderson, na vaga de Vladimir (suspenso). No ataque, Marcelinho (autor de dois gols) foi expulso na vitória sobre o Novorizontino e cumpre suspensão. O técnico Cláudio Tencati testou duas opções: o atacante uruguaio Federico Martínez e o meia Robert aberto pelos lados do campo. Isso porque outro titular, o volante Rhaldney, cumpriu suspensão e deve voltar.A formação deve ter Anderson; Raí Ramos, Alix Vinícius, Matheus Felipe e Conrado; Willian Maranhão, Luizão (Federico Martínez) e Rhaldney; William Pottker, Sandro Lima e Robert.Outro jogador que também está assegurando a vaga é o lateral esquerdo Conrado, de 28 anos e que vai para a terceira atuação seguida na posição. Guilherme Romão teve atrito com a comissão técnica, treina fisicamente com o elenco, mas deve deixar o clube ou ser emprestado.Conrado está conseguindo se readaptar ao ritmo do futebol brasileiro e ao calor do País após passagem de cinco temporadas pelo futebol polonês, em que enfrentou o frio e a neve em algumas partidas.

Forte em casa, Atlético-GO busca primeira vitória fora na Série B

Segundona

O lateral direito Ruan Teixeira, repatriado pelo Atlético-GO nesta temporada, tem se readaptado ao futebol brasileiro após passar seis temporadas nos Estados Unidos. A readaptação inclui voltar a se concentrar com o elenco, o que não ocorre na liga norte-americana.

O último clube do jogador no Brasil havia sido a Ponte Preta, de Campinas. Em 2019, o jogador foi para os Estados Unidos. Jogou no Orlando City, depois teve passagens pelo D.C. United, Montreal e FC Dallas todos times da MLS. Agora, em 2025, chegou ao Atlético-GO e comentou sobre o que o torcedor pode esperar em campo.

“Eu fui muito novo para os Estados Unidos, tive seis anos da minha carreira lá. Então, no Brasil, joguei muito pouco e agora retorno depois de um longo período. O torcedor pode esperar muita garra, desempenho, vontade, determinação em todas as oportunidades que eu tiver em poder jogar”, reforçou Ruan.

Depois de um longo período no exterior, o atleta falou sobre seu processo de adaptação e seus primeiros dias no clube goiano.

“O começo foi bem diferente, depois de muitos anos, até me adaptar às logísticas, tudo, as viagens, totalmente diferente dos Estados Unidos. A concentração também, que nos Estados Unidos a gente não tem. Então, são coisas que no dia a dia eu fui me adaptando, buscando fazer o melhor”, disse o jogador.

A disputa pela titularidade da lateral direita do Dragão está acirrada, após boas atuações de Ruan e também de Raí Ramos. Sobre essa corrida pela posição, Ruan destacou a importância da disputa para o time.

“O convívio é muito bom (com o Raí Ramos) e isso é importante também para o clube, ter dois bons jogadores disputando a mesma posição. A gente procura sempre fazer o melhor nos treinamentos. A decisão é do treinador, mas eu creio que quem ganha é o clube. O Atlético-GO está bem servido de laterais direitos”, destacou Ruan.

Normalmente, os jogadores vão para os Estados Unidos mais veteranos, quase em fim de carreira, mas o lateral fez o caminho inverso e falou um pouco sobre isso.

“O meu caminho foi um pouco diferente. Em 2019, tive a oportunidade de ir para os Estados Unidos (jogar no Orlando City), aceitei esse desafio que seria uma oportunidade nova, em uma cultura diferente. Chegando lá, fui com um pensamento, mas as coisas foram totalmente diferentes. Acabei ficando quatro anos no mesmo clube, fazendo mais de 100 jogos e eu não esperava isso, aconteceu naturalmente. Foi uma experiência muito boa, um país onde eu aprendi várias coisas, aprendi a cultura americana, a ser mais leal como eles são. Poder trazer para cá essa experiência, compartilhar essa experiência com meus companheiros, são coisas muito boas”, relatou o lateral do Atlético-GO.

O time rubro-negro viaja para encarar o Avai, pela 7ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, na Ressacada e busca manter a sequência positiva, após a boa vitória em casa, contra o Novorizontino.

(Augusto Nunes é estagiário do Grupo Jaime Câmara em convênio com a Universidade Federal de Goiás)