O anúncio de Beatriz Haddad Maia, de 29 anos, de encerrar a temporada de forma antecipada e colocar a raquete de lado - ao menos por um tempo - foi recebido com compreensão e apoio por ex-atletas, técnicos e especialistas. A decisão, embora implique queda no ranking da WTA (Associação das Tenistas Profissionais), é vista como necessária para que a brasileira possa recuperar o equilíbrio físico e mental. "Ela fez bem. O tênis é um estilo de vida que exige muito do lado mental. Se o momento é conturbado, fica difícil ter resultados expressivos. A parte emocional é tão importante quanto a física. Essas pausas, esse afastamento da rotina de tenista, podem fazer com que ela volte ainda mais forte. O ranking é secundário agora", disse à Folha, Thomaz Bellucci, ex-número 21 do mundo em simples. Atualmente técnico de jovens promessas, Bellucci deixou oficialmente as quadras em fevereiro de 2023, no Rio Open, e já falou abertamente sobre a depressão enfrentada na reta final da carreira. Segundo ele, o momento durou cerca de cinco anos, tendo o seu auge em 2020.