O Atlético-GO foi o único clube goiano que venceu na 26ª rodada da Série B e o objetivo da permanência ficou um pouco mais próximo. O Dragão bateu o Avaí, de virada, por 2 a 1, no Accioly, e chegou aos 35 pontos após 26 partidas.

A probabilidade de rebaixamento do Atlético-GO caiu de 10,9% para 9,1% após a vitória sobre o Avaí. A equipe atleticana segue com chances remotas de acesso (1,9%) e título (0,081%). Os dados são do departamento de Matemática da Universidade Federal de Minas Gerais.

A dupla Goiás e Vila Nova empatou, mas os clubes tiveram avaliações diferentes. O time esmeraldino celebrou o ponto conquistado no empate sem gols com o Coritiba, enquanto o Tigre lamentou novo tropeço em casa, após 1 a 1 com o Remo.

O Goiás segue com boas chances de acesso. O time esmeraldino teve leve queda na probabilidade: era de 72,5% antes do empate, agora é de 72,2%. O clube goiano tem 21% de chance de conquistar o título da Série B e não possui mais chance de rebaixamento.

Já o Vila Nova estagnou probabilidades. O Tigre faz campanha de meio de tabela e, com 36 pontos, tem chances mínimas de rebaixamento (1,3%) e título (0,39%).

A probabilidade do Vila Nova de subir à Série A também diminuiu em relação ao dado após a 25ª rodada: era de 9,9% e agora é de 7,2%.

Os clubes goianos voltam a campo no final de semana. No sábado (20), o Goiás encara o Paysandu na Serrinha e o Atlético-GO duela com o Remo, fora de casa. No domingo (21), o Vila Nova desafia o Athletico-PR, como visitante.

Confira as chances de acesso, título e rebaixamento dos goianos após a 26ª rodada da Série B

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Probabilidades

Aos poucos, o técnico Rafael Lacerda faz ajustes pontuais e coletivos no Atlético-GO. O treinador chegou à sua melhor sequência no Dragão, e refutou o rótulo de retranqueiro. A equipe rubro-negra não perdeu nas últimas quatro rodadas (duas vitórias e dois empates) e abriu distância para a zona de rebaixamento com a vitória de 2 a 1 sobre o Avaí.

O treinador tem procurado usar as peças disponíveis no elenco e justifica que não é um técnico retranqueiro ou adepto de um estilo de jogo só de marcação.&nbsp;

Para Rafael Lacerda, o trabalho e as mudanças se dão conforme o que tem disponível no elenco oferecido pelos clubes. Mas, para ele, as metas no futebol são alcançadas quando um time é bom defensivamente.

"Esta questão de ser defensivo ou de ofensivo, atrelo muito a time que toma poucos gols. Time que toma muito gol não vai subir, time que toma muito gol, não vai ser o campeão. Pode olhar o histórico dos times que sobem ou que são campeões. Eles tomam pouco gol. Eu não me incomodo com as críticas", justificou o treinador.

"Questão de ofensividade, eu tenho de saber o que tenho na mão. Se fiz alguns trabalhos em outras equipes, não vou falar só da última (Vila Nova, em que foi campeão do Estadual), mas de todas as que trabalhei como Caxias, Aymoré-RS, Amazonas, eu tenho de ver o que tenho na mão. Por que o Atlético-GO hoje foi extremamente ofensivo? É porque tinha peças para ser ofensivo", disse o técnico.

Rafael Lacerda também explicou a alteração no segundo tempo, quando tirou o prata da casa Yuri Alves e colocou no lugar dele o atacante Jean Dias.&nbsp;

Segundo o técnico, Yuri Alves teve queda de rendimento físico, mas que tecnicamente foi muito bem e tem muita técnica para colocar à disposição do Atlético-GO.

"Sobre a questão do Yuri (Alves), quando surge um menino com a qualidade do Yuri e com o crescimento gradativo que vem tendo, nem gosto de comentar muito. A situação do Yuri é bem simples, era o primeiro jogo dele em casa. Ele entra e, na minha opinião, faz um grande primeiro tempo, de um jogador pronto. Parecia um veterano no primeiro tempo", descreveu o técnico.&nbsp;&nbsp;

"Ele (Yuri Alves) conseguiu melhorar a nossa bola parada. A saída dele é porque entendi, e não tomo a decisão sozinho , que ele baixou na questão física. Não é que caiu de rendimento, é que caiu fisicamente", acrescentou Rafael Lacerda.

Segundo o técnico, não dá para falar em brigar pelo acesso neste momento. A filosofia é o "jogo a jogo" e será assim que conduzirá o trabalho. "Tenho de pensar jogo a jogo. Nossos números estão melhorando. Teve apenas uma derrota nos últimos oito jogos, nos últimos quatro jogos nós tivemos duas vitórias e dois empates contra duas equipes fortes, fora de casa", apontou.

Técnico do Atlético-GO refuta rótulo de retranqueiro: "Tenho de ver o que tenho na mão"

Série B

O zagueiro Messias minimizou os desfalques do Goiás para a próxima partida, diante do Paysandu, e afirmou que os jogadores têm a obrigação de ganhar sempre com a camisa esmeraldina, seja no confronto contra um time que lidera o campeonato ou contra uma equipe que briga contra o rebaixamento.

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No 1º turno da Série B de 2025, o Goiás terminou como o melhor time da competição. Agora, no returno, possui o 6º pior desempenho em pontos somados. A equipe somou apenas um dos nove últimos pontos disputados, e Messias comentou que os atletas sabem da responsabilidade de voltar a ganhar, apesar de considerar a instabilidade como algo normal.

“Jogar no Goiás é obrigação de ganhar sempre, por vestir essa camisa tão pesada e respeitada. Jogador que joga aqui tem que saber (disso). É claro que o futebol é imprevisível e não conseguimos vencer sempre, mas a obrigação é essa. Estamos tristes pelo aproveitamento ser menor do que no 1º turno, mas sabemos que é uma competição muito difícil. O 2º turno, tanto da Série A quanto da Série B, normalmente é mais difícil”, disse Messias, em entrevista coletiva nesta quarta-feira (17).

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+ <a href="http://Link de áudio tandera https://audios.ojc.com.br/2025/09/16/1.3313092.mp3 Publicado Desmarcado para tornar offline Acesso restrito Preview da matéria https://opopular.com.br/esporte/goias-vive-instabilidade-em-meio-a-escalac-es-diferentes-na-serie-b-1.3313092 Preview Matéria URL da matéria https://opopular.com.br/esporte/goias-vive-instabilidade-em-meio-a-escalac-es-diferentes-na-serie-b-1.3313092">Goiás vive instabilidade em meio a escalações diferentes na Série B</a>

O Goiás não poderá contar com o goleiro Thiago Rodrigues, o lateral esquerdo Lucas Lovat, os volantes Gonzalo Freitas e Marcão, os meias Benítez e Wellington Rato e o atacante Anselmo Ramon, suspensos, além do atacante Pedrinho, machucado. Apesar disso, Messias acredita em um bom jogo do alviverde diante do lanterna.

“São oito desfalques, mas é o que a gente está conversando durante a semana: o Goiás vai entrar em campo com o melhor que tem disponível. Não nos preocupamos com desfalques. Tadeu foi desfalque, eu fui desfalque, muitos outros foram, e o Goiás entrou em campo com o seu melhor. Tenho certeza que o professor Mancini vai montar a melhor equipe para entrar no jogo, competir e buscar a vitória”, concluiu.

Zagueiro minimiza desfalques e afirma: "Jogar no Goiás é obrigação de ganhar sempre"

Confiança

O presidente Adson Batista tem elogiado repetidamente o jovem Yuri Alves, de 19 anos, e comparou a revelação do Atlético-GO ao atacante Neymar. Para o dirigente, o meia atleticano se assemelha ao atacante do Peixe, quando ele foi revelado pelo clube paulista.

Nesta terça-feira (16), Yuri Alves iniciou pela primeira vez uma partida oficial pelo Dragão. Contra o Avaí, o jogador se destacou no primeiro tempo com dribles insinuantes e facilidade para começar algumas jogadas.&nbsp;

"O povo vai rir. Depois, vem uma lesão, não quero mal para ninguém. Ele (Yuri Alves) parece o perfil do Neymar quando começou. O Neymar é consagradíssimo. O Yuri Alves tem de ouvir os elogios, porque quando errar, vou criticar, vou cobrá-lo para poder buscar uma evolução. Mas ele tem muito talento. Na verdade, não gosto de jogador ruim", comparou Adson Batista.

"O Yuri (Alves) é um jogador diferente. Não vou falar aqui uma grande besteira, mas ele se parece com um dos maiores jogadores do Brasil recentemente quando começou. Leve, ninguém acha, consciente, muito técnico. Jogo a jogo está evoluindo, tem muita personalidade. Isso me traz muita confiança no nosso trabalho que estamos desenvolvendo. Temos uma metodologia na base, temos de 12 a 15 jogadores que estão fazendo um trabalho diferente", acrescentou o dirigente.

Yuri Alves renovou contrato com o Atlético-GO, com novo vínculo até o fim de 2029, e multa rescisória de R$ 30 milhões. O presidente Adson Batista exigiu da comissão técnica e de outros departamentos do clube, como o de fisiologia, um plano de evolução técnica e física para o jogador.&nbsp;

A projeção é semelhante ao que o clube fez para Luiz Fernando, a partir de janeiro de 2015, depois dele ter se destacado na Copa São Paulo de Futebol Júnior.&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;

Adson Batista entendeu que Yuri Alves e Federico Martínez não deveriam ter saído no segundo tempo, mas considerou a alteração válida e aproveitou para distribuir os elogios para o técnico Rafael Lacerda. "O Atlético-GO fez uma partida com o estilo do (Rafael) Lacerda. Ele merece, porque é muito trabalhador", destacou Adson Batista.

Apesar do bom resultado, o dirigente evita se empolgar com as chances de acesso do clube, pois o Atlético-GO soma 35 pontos, ainda está na segunda página da tabela de classificação - é o 13º colocado. Porém, vive um momento de crescimento técnico e tático depois de profunda reformulação feita no elenco.&nbsp;

Para o dirigente, o Dragão tem foco de chegar aos 45 pontos para se garantir na Série B e aproveitou para ressaltar o bom futebol que os outros jogadores têm mostrado, como Adriano Martins, Robert, Guilherme Romão e o novato Ronald, que veio do Grêmio.&nbsp;

Presidente do Atlético-GO compara revelação da base a Neymar: "O povo vai rir, mas parece o perfil"

Pós-jogo

A Rua 256, no Setor Leste Universitário, que liga a Avenida Anhanguera, no Terminal Praça da Bíblia, à Avenida Universitária, na Praça Tenente Veríssimo de Souza e Silva, deve se tornar um calçadão onde hoje é a pista no sentido Anhanguera-Universitária. A ideia partiu de iniciativa do Vila Nova Futebol Clube, cuja sede é na avenida, e tem como principal incentivador seu diretor de comunicação, Romário Policarpo (PRD), que também é vereador e presidente da Câmara de Goiânia e participou de reunião na Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra).

Não há definição sobre a realização do projeto, seu custo ou quando ocorrerá, mas a proposta é fazer o calçadão, que seria uma via só para pedestres, em um sentido da avenida e, no outro, fazer uma pista de mão dupla, com aumento da caixa viária a partir da supressão do canteiro central. Houve, inicialmente, um pedido para a Prefeitura realizar um projeto para o local, na tentativa de resolver o problema da avenida, que quando há jogos no Estádio Onésio Brasileiro Alvarenga é fechada por até seis horas.

Em razão desse fechamento para eventos esportivos, pelo menos uma vez por semana na maior parte do ano, há problemas com a vizinhança, para entrada nas residências, falta de estacionamento e outros. Há também uma feira livre na via que também deixa de ocorrer em dia de jogo. Outro problema é com ambulantes perto da praça no final da via. O interesse do Vila, segundo Policarpo, é que o projeto não prejudique nem feirantes nem ambulantes.

Também quer manter o tráfego dos ônibus pela via, o que é necessário até por sua importância, de acesso e ligação ao Terminal Praça da Bíblia. O espaço de embarque e desembarque passa por uma reforma iniciada ainda em setembro do ano passado e tem a previsão de ser entregue até o fim do mês. A Rua 256 é tradicionalmente usada como estacionamento para ônibus fora de operação no terminal.

Esse fato causa queixas de moradores, pela dificuldade de trafegar entre veículos de grande porte e de achar vagas. Agropecuarista, José Gonçalves, de 56 anos, afirma que muitas vezes, ao visitar a região, gasta minutos procurando estacionamento, o que só consegue perto da Avenida Universitária, sendo que seu interesse se dá nas proximidades da Avenida Anhanguera e que, de fato, em dias de jogos, é impossível passar pela via.

O problema do estacionamento, porém, deve piorar com a proposta que está sendo discutida entre Paço Municipal e Romário Policarpo, representante do Vila Nova. Isso porque a ideia é que seja proibido estacionar na Rua 256 com a instalação do calçadão em uma via e a mão dupla do outro lado. A outra questão é que, para fazer a mão dupla, será necessário o aumento da caixa viária e a solução de engenharia para isso seria a supressão do canteiro central, o que ocorre com a retirada das árvores presentes no local.

Inspiração

A Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma) informou que ainda não há qualquer pedido para retirada de árvores ao longo da Rua 256 e, logo, não é possível estabelecer qual seria a compensação ambiental. Por outro lado, segundo informações de Policarpo, com a construção do calçadão seria possível manter a feira livre e o trabalho dos ambulantes mesmo durante os jogos do Vila Nova, além de não ser mais necessário o fechamento da via, com a criação de rotas alternativas para o tráfego dos ônibus e dos demais veículos.

Também não há definição sobre como serão custeadas as obras no local, mas o Vila Nova se dispõe a participar, especialmente no que se refere à manutenção da via para pedestre. A inspiração da proposta é a Rua 8, do Setor Central, a chamada Rua do Lazer, que já possui um trecho totalmente para pedestres e, desde meados de agosto, recebe um projeto de fechamento da via entre a Rua 4 e a Avenida Anhanguera, no projeto denominado Ocupa o Centro, que se tornou lei municipal.

A proposta foi vista positivamente pela Prefeitura por ter conseguido manter a movimentação no local, com o funcionamento de bares e restaurantes. A vereadora Aava Santiago (PSDB), que propôs o projeto, pretende elaborar proposta para o fechamento permanente da Rua do Lazer aos veículos particulares, mantendo só a passagem do Eixo Anhanguera, semelhante ao que ocorre no VLT do Rio de Janeiro.

A ideia inicial do projeto na Rua 256 é que o calçadão a ser criado possa receber comércios, tal qual a Rua do Lazer, em que o movimento teria como principal incentivo os dias de jogos do Vila Nova. O POPULAR tentou contato com a Prefeitura de Goiânia, na tarde desta terça-feira (16), mas até o fechamento desta reportagem não recebeu respostas sobre o interesse do Paço nem como seria o andamento do projeto, se há previsão para ele ser realizado, quando ocorreria e em qual prazo, além dos custos para finalização ou participação de outros interessados.

A reportagem, porém, confirmou uma reunião na segunda-feira (15) entre Romário Policarpo e o secretário da Seinfra, Francisco Elísio Lacerda. No encontro, foi apresentado o projeto inicial com as soluções dadas por técnicos da Seinfra diante das demandas do presidente da Câmara e representante do Vila Nova. O entendimento é de que a proposta deve ser encaminhada até o fim do ano.