Os clubes goianos concluíram mais uma rodada na Série B, mas pouca coisa mudou nas probabilidades das equipes na busca, principalmente, pelo acesso à elite nacional. Atlético-GO, Goiás e Vila Nova iniciam a partir deste final de semana as dez rodadas finais da Segundona.

O Goiás perdeu a liderança da Série B, é o 2º colocado com 49 pontos, mas a chance de voltar à Série A ainda é a maior entre os 20 participantes. O atual índice, de acordo com dados do departamento de Matemática da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), é de 76,3% - era de 82,5% antes do empate com a Ferroviária.

A equipe esmeraldina também quer o título da Série B e tem, após 28 jogos, probabilidade de 27,5% de conquistar o troféu da Segundona. Também é o maior registro entre todos os clubes da atual edição da competição.

Em crescente na Série B, o Atlético-GO está a cinco pontos da faixa do acesso, mas ainda possui chances menores. O Dragão, que defende uma invencibilidade de seis rodadas, tem chance de 5,2% de subir à Série A. Já as probabilidades de título (0,34%) e rebaixamento (0,88%) são remotas. 
O Vila Nova é o clube goiano com maior probabilidade de queda à Série A. O Tigre, que não vence há seis rodadas e trocou de treinador pela terceira vez na temporada, tem 3% de chance de rebaixamento.

O time colorado estagnou nas outras probabilidades e possui chances remotas, as menores entre os clubes goianos, de acesso (1,2%) e título (0,035%) da Série B.

A 29ª rodada começa no domingo (28) para os goianos. O Vila Nova enfrenta o Novorizontino, fora de casa, a partir das 16 horas.

Na terça-feira (30), Goiás e Atlético-GO fazem o clássico da rodada. As equipes vão se enfrentar na Serrinha, a partir das 21h35.

Confira as probabilidades de acesso, título e rebaixamento dos goianos na Série B

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Números

O Atlético-GO segue o processo de reformulação no clube e demitiu o auxiliar Anderson Gomes. Depois de alterações no elenco, a diretoria atleticana fez ajustes na comissão técnica e permanecem na comissão os auxiliares Luciano Deitos e João Antônio.

Anderson Gomes, foi desligado após cerca de quatro anos em sua segunda passagem pelo Dragão. “Mudança de filosofia”, justificou o presidente do Atlético-GO, Adson Batista, sobre a saída do funcionário.

&nbsp;A rescisão de contrato dele foi publicada no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF na quinta-feira (25), antes do jogo com o América-MG.&nbsp;

Anderson Gomes, de 53 anos, teve duas passagens pelo Atlético-GO, e assumiu o time como interino algumas vezes, durante as transições de treinadores. Auxiliar do técnico Eduardo Barroca, Anderson trabalhou pela primeira vez na Série B 2019, nas rodadas finais da competição em que o Atlético-GO conquistou o acesso à Série A.&nbsp;

Depois, retornou com Eduardo Barroca, em 2021. O treinador saiu, mas o bom trabalho de Anderson Gomes fez com que recebesse uma proposta para continuar no CT do Dragão.

Anderson Gomes assumiu o time na 1ª fase da Copa Sul-Americana 2022, em que o Atlético-GO bateu o Antofagasta (Chile) por 1 a 0, após a demissão de Umberto Louzer.&nbsp;

No total, contabilizou oito situações nas quais assumiu a equipe interinamente. As últimas foram no Goianão 2025, depois da demissão de Rafael Guanaes – o interino dirigiu o time na vitória sobre o Inhumas (2 a 0) e no empate (2 a 2) com o Anápolis, pela semifinal, antes da chegada do segundo treinador do clube na temporada, Cláudio Tencati.&nbsp;

Recentemente, depois que Cláudio Tencati trocou o Atlético-GO pelo Juventude, Anderson Gomes preparou e dirigiu a equipe no empate (1 a 1), diante do Remo, no Estádio Antônio Accioly.

Anderson Gomes é um dos auxiliares que ficaram mais tempo no departamento de futebol do Atlético-GO. Outro deles é Eduardo Souza, agora técnico do Barra, que vai decidir a Série D do Brasileiro contra o Santa Cruz, do treinador Marcelo Cabo (ex-Atlético-GO). Outro profissional ligado ao futebol do clube foi João Paulo Sanches, que trabalhou no Ceará e no Bahia.

Atlético-GO segue reformulação e demite auxiliar Anderson Gomes

Mudança

O atacante Lelê disse que o clássico contra o Goiás é um “campeonato à parte” na corrida do Atlético-GO pelo acesso à Série A. O centroavante foi o autor do gol chorado na vitória de 1 a 0 sobre o América-MG, na quinta-feira (25), e tem sido decisivo para o Dragão na arrancada do clube na busca pelo acesso à elite nacional.

"Tratamos com respeito o time deles (Goiás). Sabemos que é difícil. É um campeonato à parte", definiu Lelê, que tem quatro gols marcados em oito jogos pelo Atlético-GO.

Como uma coincidência, os quatros gols foram no estádio Antônio Accioly: um sobre a Ferroviária-SP,&nbsp; dois contra o Avaí&nbsp; e um diante do América-MG. Ou seja: o goleador ainda não balançou as redes fora de casa.

Por isso, o clássico na Serrinha é uma possibilidade que se apresenta ao atacante do Dragão na reta final da Série B. “Vamos trabalhar bastante, treinar muito. O time deles (Goiás) está à frente na tabela (49 pontos). Então, será um jogo bem difícil ", previu.

Sobre o gol marcado sobre o América-MG, aos 48 minutos do segundo tempo e que gerou polêmica porque o goleiro Gustavo fez a defesa, mas a bola ultrapassou em alguns centímetros a linha da meta, Lelê disse que ele teve a intuição de que a bola havia entrado, mas o jogo continuou.&nbsp;

"Pensei que tinha sido gol, mas o juiz não deu e fiquei esperando. O Maranhão (atacante) estava muito próximo do lance e disse que foi gol naquele momento”, lembrou o jogador atleticano.&nbsp;

Ele ressaltou o empenho do elenco nos treinos, pois percebe que há evolução técnica e tática do time. O goleador se lembrou do trabalho de resgate feito pela comissão técnica com o criticado atacante Talisson.

Reserva e fora dos planos, Talisson entrou nos dois últimos jogos e fez os cruzamentos para os gols do Dragão.

Na vitória (1 a 0) sobre o Remo, o jogador cruzou na área, Lelê subiu mais alto, cabeceou e a bola tocou na trave. No rebote, Guilherme Romão cabeceou e fez o gol. No triunfo contra o América-MG, Talisson fez o cruzamento à meia altura, Lelê se antecipou e tocou para a meta. O goleiro Gustavo fez a defesa, mas o lance foi validado com auxílio do VAR após a bola ultrapassar a linha.

Artilheiro do Atlético-GO, Lelê diz que clássico contra o Goiás é "campeonato à parte"

Próximo jogo

O goleiro Tadeu atribuiu a queda de desempenho do Goiás no 2º turno do Campeonato Brasileiro Série B ao maior equilíbrio dos clubes na reta final, como o Athletico-PR, que vem de seis vitórias seguidas e está apenas um ponto atrás do 4º colocado, Novorizontino, e o Criciúma, que assumiu a liderança da competição após vencer o Coritiba na última rodada, vivendo uma sequência de oito jogos invictos.

“Equilíbrio da competição. Se você pegar a tabela, vê que nenhuma equipe consegue disparar, ninguém abre uma vantagem muito grande em relação às demais. Apesar disso, temos uma vantagem considerável (quatro pontos) sobre o quinto colocado, e isso precisa ser valorizado. O equilíbrio é visível em todas as equipes. O Criciúma e o Athletico-PR, por exemplo, vivem um segundo turno muito bom. O mais importante é olharmos para o nosso lado, para o que precisamos fazer. Sempre há espaço para melhorar. Temos, agora, a chance de dar uma arrancada. Terça-feira (30) é uma oportunidade para emplacarmos uma sequência de vitórias e nos aproximarmos do nosso objetivo”, disse o goleiro Tadeu.

O Goiás vive uma semana de preparação para o último clássico do ano, contra o Atlético-GO, no estádio da Serrinha, na próxima terça-feira (30). Para o capitão, a semana pré-clássico é diferente, e exige alto nível de concentração. O goleiro afirma quer a vitória "a todo custo" contra o embalado rival, que venceu as suas últimas três partidas na Série B e se aproximou do G4.

“O clássico precisa ser tratado como tal. Desde a reapresentação já estamos batendo na tecla: será uma semana diferente, com nível máximo de concentração e competitividade. Sabemos que a Serrinha vai estar lotada, a torcida está preparando uma grande festa, e temos a obrigação de dar o nosso melhor em campo. Vamos buscar a vitória a todo custo”, disse Tadeu.

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Sobre a pressão da torcida, o goleiro se mostra tranquilo e vê também no clássico uma oportunidade de reforçar a confiança no grande objetivo de voltar à Série A.

“A pressão sempre existiu, não apenas agora. Mesmo sem conseguir vitórias consecutivas neste segundo turno, seguimos dentro do G-4. Isso mostra consistência. Claro que há cobrança e ansiedade pelo acesso, mas também existe confiança. Pode ser que parte da torcida ainda tenha dúvidas, mas terça-feira é uma chance de vencer, convencer e reforçar essa confiança”, comentou.

O time goiano vem de apenas uma vitória, contra o Paysandu, lanterna da competição,nos últimos cinco jogos. O jogador acredita que o Goiás não piorou e voltou a citar que o campeonato se equilibrou, e agora trata as últimas dez rodadas como finais.

“No primeiro turno também passamos por oscilações. O campeonato se equilibrou, os adversários melhoraram, mas isso não significa que nós pioramos. Pelo contrário, seguimos na mesma posição. Se analisarmos bem, em alguns jogos poderíamos estar melhores, mas também vencemos partidas em que, teoricamente, não tínhamos tanta chance. Essa Série B é uma das mais equilibradas dos últimos anos", analisou Tadeu.

Confira outros trechos da coletiva 
Sobre bater pênaltis&nbsp; 
“Eu não tenho vaidade. Se o professor escolher outro jogador para cobrar pênalti, é porque ele está preparado. Eu também preciso estar pronto, concentrado e disponível, caso seja escolhido. Erros e acertos fazem parte. Não dá para viver do passado, seja de um erro ou de uma grande atuação. O importante é ter maturidade, seguir trabalhando e evoluindo”.

Aprendizado contra o Vila Nova&nbsp; 
“No clássico anterior, deixamos a desejar, e aprendemos com isso. Agora não podemos repetir os erros. Cada jogo é uma final. Nada melhor do que iniciar essa reta final com um clássico em casa, diante do torcedor, para buscar uma vitória que dê ainda mais força rumo ao nosso objetivo”.

Últimos jogos e oportunidade de arrancar&nbsp; 
“No último jogo, faltou um pouco mais de ímpeto para segurar o resultado. Já avaliamos, já aprendemos com os erros. Agora é focar no clássico. Precisamos trazer a entrega e a disposição que tivemos no primeiro turno, porque qualidade o time tem. Terça-feira, com a Serrinha lotada, temos que entrar e sair com essa vitória e dar início à arrancada nessa reta final”.

(Augusto Nunes é estagiário do Grupo Jaime Câmara em convênio com a Universidade Federal de Goiás)

Goleiro do Goiás destaca equilíbrio da Série B e projeta clássico: "Buscar a vitória a todo custo"

Confiança

O presidente Adson Batista citou a reformulação feita por ele no elenco do Atlético-GO com um dos principais fatores que explicam a arrancada que o Dragão construiu na Série B. O time rubro-negro venceu o América-MG, por 1 a 0, na noite de quinta-feira (25), chegou a 18 pontos (em 27) no returno da competição e está a cinco pontos da faixa do acesso (G4) à Série A.

"Eu baratei (reduzi) o time em RS 500 mil. Trouxe jogadores com o nosso perfil. Jogador quando está&nbsp; de barriga cheia e sem motivação para vestir a camisa, você tem de trocar", destacou o dirigente do clube rubro-negro, para dar a noção de causa e efeito das trocas no elenco.&nbsp;

Para Adson Batista, tirar atletas do elenco e reforçar com outros nomes e perfis fez efeito nos últimos jogos do Dragão na Série B. Quem chegou, briga por espaço no time e corresponde na média do possível.&nbsp;&nbsp;

Agora, o desafio do Atlético-GO é se manter competitivo para manter a arrancada na Série B. "Para criar a casca, temos dois grandes jogos, contra o Athletico PR, que cresceu na hora certa, e o Goiás, que está brigando pela liderança. Estes jogos vão ser desafios para testar o nosso time. Agora, é erro zero", frisou Adson Batista.&nbsp;

O dirigente lembrou que o Dragão teve dificuldades durante o primeiro tempo contra o América-MG e houve a necessidade do técnico Rafael Lacerda mudar os jogadores para conseguir a vitória. Um deles foi o zagueiro Heron, que vem num processo de trabalho para recuperar a condição física. "O Heron entrou muito bem. Tínhamos dúvidas, porque ele (Heron) vinha de lesão", comentou o presidente rubro-negro.

Adson Batista vê o time pressionado por mais resultados bons nas rodadas seguintes da Série B&nbsp; começando pelo clássico com o Goiás. O Dragão tem 41 pontos e precisa pontuar para que a diferença para os rivais, como o alviverde, possa cair e deixar o Atlético-GO em condições de concorrer ao acesso à Série A.