O Conselho Deliberativo do Goiás se reuniu na noite de terça-feira (27) e reprovou as contas de 2020 da gestão do ex-presidente Marcelo Almeida. Na mesma assembleia, as contas de 2019 do mesmo gestor foram aprovadas sem ressalvas, assim como as contas do exercício de 2021 do clube, liderado no período pelo atual presidente Paulo Rogério Pinheiro.A reunião foi presidida pelo vice-presidente do Conselho Deliberativo Edminho Pinheiro, que explicou que as contas do exercício de 2020 foram reprovadas por problemas de gestão temerária, uma vez que houve atrasos de pagamentos de salários e recolhimento de impostos retidos sobre esses pagamentos não realizados. Na ocasião, o Goiás foi desenquadrado do Profut (Programa de Refinanciamento Fiscal do Futebol Brasileiro).Edminho Pinheiro revelou que o clube esmeraldino conseguiu legalizar a situação e está novamente enquadrado no Profut. Para ele, a decisão do Conselho Deliberativo não tem tom de "caça às bruxas" e que a reprovação foi apenas pelo problema que existiu em 2020. Ex-presidente do Goiás, Marcelo Almeida, disse que respeita a decisão tomada pelo Conselho Deliberativo do clube, após a reunião desta terça-feira (26), mas que não concorda com ela. Para ele, não houve consideração com o ano de exceção vivido em função da pandemia da Covid-19 que atingiu em cheio as receitas do clube."Ninguém levou em consideração o ano da pandemia, perdemos a receita com bilheterias, houve queda substancial nas cotas de televisionamento, os patrocinadores foram embora. Além disso, os atletas não ajudaram e sofremos muito para conseguir uma redução de 10% nos salários", frisou Marcelo Almeida, que acredita que essa reprovação tenha cunho político.Um ano e quatro meses após sua saída do clube, Marcelo Almeida se vê como mais um ex-presidente que deixa o Goiás execrado, assim como o antecessor Sergio Rassi, que chegou a renunciar ao cargo.