Atlético-GO, Goiás e Vila Nova têm a intenção de solidificar cada vez mais a marca de suas respectivas corridas de rua. Por meio da organização e da presença de torcedores, os times buscam fortalecer a marca e retribuir a paixão de quem apoia as equipes, faça chuva ou faça sol. Os três clubes buscam empresas especializadas em organização de corridas de rua para formatar seus eventos.Ewerton Murtosa, gerente executivo do Atlético-GO, revelou que a ideia da Corrida do Dragão vem maturando. Em 2019, o clube fez uma corrida comemorativa, do Antônio Accioly até o CT do Urias Magalhães, com funcionários, comissão técnica e parentes. De lá para cá, os dirigentes foram amadurecendo a ideia.“Sempre fui uma pessoa que gosta muito de correr. Desde a minha adolescência, eu corria. Me veio à cabeça, há muitos anos, fazer uma corrida de rua do Atlético-GO, na comemoração de aniversário. Eu vinha há algum tempo tentando convencer o Adson (Batista, presidente). O Atlético-GO não visava lucro financeiro, mas dar um presente para a torcida”, contou.Na 1ª edição da Corrida do Dragão, em 2023, foram pouco mais de mil pessoas inscritas. Em 2024, 1,5 mil. Em 2025, 2 mil. O projeto para o ano que vem é estender o número de inscrições para 3 mil, pois o público está se interessando e o evento virou tradição no aniversário do clube, em 2 de abril. Tudo é feito com expertise, segundo o dirigente.O gerente executivo do Atlético-GO explicou que a Corrida do Dragão procura oferecer brindes de parceiros, bandas com show ao vivo, tendas, tudo para potencializar a experiência. Quanto ao trajeto, sempre esteve nos planos um percurso dentro do Bairro de Campinas, por causa das origens do clube. “A estratégia para atrair cada dia mais público é sempre organização e oferecer um produto de qualidade”, complementou.A Corrida do Verdão, segundo a diretora de marketing e comunicação do Goiás, Jéssica Rezende, nasceu como resposta direta a um desejo antigo da torcida esmeraldina. Durante anos, o clube recebeu inúmeros pedidos em jogos, redes sociais e conversas com sócios para realizar uma corrida oficial com a marca do Goiás.Além de atender esse apelo, o clube viu na corrida uma oportunidade de fortalecer o vínculo com a torcida, promovendo um evento que vai além do futebol, estimula práticas saudáveis e o bem-estar, associa a imagem do clube ao incentivo ao esporte e gera receita com inscrições, patrocínios e ativações, com possibilidade de reinvestir na estrutura e no relacionamento com os torcedores.“Essa é a primeira corrida de rua oficial promovida pelo clube, e foi pensada com todo cuidado para se tornar um evento anual no calendário esmeraldino. O Goiás atua como promotor e idealizador, mas conta com empresa especializada em provas de rua para cuidar da parte técnica e logística, garantindo segurança, qualidade e experiência positiva para os participantes”, explicou Jéssica Rezende.Assim como o Vila Nova, há uma corrida infantil com percursos adaptados por faixa etária (de 40 a 200 metros).“A Corrida do Verdão já nasce com força por ser um evento pedido pela torcida, mas o clube aposta em outras frentes para ampliar sua adesão, como ações de comunicação nas redes sociais e fortalecimento das parcerias com marcas, garantindo brindes atrativos e experiências no dia da prova”, concluiu Jéssica Rezende.Na Vila Run, o diretor de esportes olímpicos do Vila Nova, Willian Mendes, disse que o evento é tratado de maneira profissional pelo departamento de comunicação, marketing e esportes olímpicos. Todos se reúnem para entregar a melhor corrida possível.“A criação da corrida de rua surge a partir do momento em que o Vila recria o departamento de esportes olímpicos, já que tinha nos anos 70. Consequentemente, isso causa crescimento da marca, leva o esporte para o povo e movimenta a nossa torcida. Nós entendemos que futebol vai além das quatro linhas, e a corrida de rua tem todo um propósito. As corridas não visam retorno financeiro, mas uma festa bonita e bem organizada”, descreveu.Neste ano, o número de inscritos chegou a 3 mil pessoas e o Vila Nova já projeta 2026, com a missão de trazer o melhor para a torcida. “A estratégia para atrair é a organização, compromisso, sentimento de pertencimento que só o nosso clube tem, relacionado à questão da torcida, que movimenta a comunidade. Nós procuramos ouvir do mais simples ao mais capacitado, responder a todos”, acrescentou Willian Mendes.O Vila Nova pensa em dobrar o número de participantes e isso só aumenta a responsabilidade de quem organiza o evento. Cada funcionário vai trabalhar para alcançar o objetivo, pois Willian Mendes reitera que é satisfatório ver os torcedores se emocionando ao ultrapassar a linha de chegada e diz que isso cria identidade.“Um detalhe importante é que nosso trajeto foi criado onde surgiu o Vila Nova. Nós passamos nos pontos do Setor Vila Nova onde teve o primeiro campo, a primeira reunião para montagem do time, sair e terminar no OBA. Outro detalhe importante é a participação das crianças, pois, a partir daí, oxigenamos todo o processo de torcida porque nem todo mundo é obrigado a gostar de futebol.”